50- Um risco a se correr

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Havia uma enorme aflição dentro daquele cômodo. Apesar de conhecerem Sophia e a sua capacidade de cometer loucuras, não imaginavam que ela pudesse chegar tão longe.

O que piorava ainda mais a situação, era o sumiço total da garota. Eles não conseguiam a contatar de maneira nenhuma, gerando ainda mais preocupações. Já era quase fim do dia e nenhum sinal de sua volta.

 Porém, havia um pequeno sentimento de tranquilidade em Nakime, tanto por sua conversa com Mayra e principalmente, por saber que Sophia era uma bruxa muito inteligente e poderosa, podendo muito bem se virar sozinha em suas adversidades...

Era o que Nakime dizia a si mesma, para que continuasse tranquila...

...

A mulher guiava Sophia para os fundos da loja, onde havia o local de pagamento e mais uma estante de objetos, com uma placa que indicava a proibição da venda daqueles itens e um aviso de exclusividade total da loja. Passando pelo balcão e se direcinando para a prateleira, ela deu uma última olhada para a vitrine. A senhora havia cobrido a vidraça do estabelecimento com as cortinas e ao terminar, acenou positivamente para a mulher de óculos.

Sophia estava todo aquele tempo com a sua katana embutida e escondida na sua roupa. Ela observava minuciosamente cada movimento de ambas as mulheres, esperando os seguintes passos, preparada para qualquer coisa que estivesse por vir.

Na sequência, a senhora começou a caminhar em direção aos fundos da loja, enquanto a outra mulher havia se virado novamente para prateleira. Ela passava o dedo indicador em cada um dos objetos, até que sua mão repousou sob um deles. Era um tubo de poção transparente, com detalhes em ouro e diamantes. O líquido que estava por dentro, era na cor roxa com um aspecto néon. A mulher o pegou da prateleira, retirou a sua tampa e inclinou o objeto para despejar o líquido na sua mão.

Sophia não estava entendendo qual era o propósito de tudo aquilo. Enquanto ela observava a mulher despejar o conteúdo do tubo em sua mão, notava-se também que a espessura de tal líquido, era na verdade, uma coisa plasmática. Foi então que Sophia se fascinou com oque aconteceu na sequência: o plasma começou a brilhar nas mãos daquela mulher, até tomar a forma de uma chave.

A garota estava perplexa. Nunca havia visto tal coisa, achando simplesmente genial o jeito de se esconder um objeto daquela maneira:

— Que incrível... — Sophia sussurou as palavras.

Com a chave em mãos, a cacheada se abaixou em frente a parede ao lado da prateleira e recitou alguma coisa inaudível para Sophia. Mais uma vez sendo surpreendida, uma pequena porta começou a aparecer. A mulher direcionou a chave para a fechadura e a abriu. Havia uma escada do outro lado, que descia para a escuridão:

— Bom... precisamos descer por aqui. — Acordando Sophia de todo o transe que aquilo havia lhe causado, ela se deu conta do que estava acontecendo.

— Você realmente acha que eu vou descer aí? Me convença de que é seguro! — Por dentro, Sophia estava morrendo com a curiosidade, mas não seria fácil lhe convencer.

As três ficaram paradas, olhando umas para as outras. Foi então, que Sophia percebeu que também não sabia os nomes de nenhuma das duas:

— A propósito, vocês nem disseram os nomes de vocês! — A cacheada olhou para sua companheira e em seguida deu um passo a frente.

— Meu nome é Diana. Mas aqui, sou chamada de Mia. — Houve uma confusão na mente de Sophia.

— E eu sou a Vera. — A garota ficou a espera de um segundo nome, mas aparentemente, apenas Diana o possuia.

Fragmentos do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora