𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐒𝐄𝐑 𝐎 𝐏𝐈𝐎𝐑 𝐁𝐄𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐀, minsung

2.2

Vibrando duas sintonias, nossa dança anda ganhando sincronia.
── HAN JISUNG.

👾

Eu precisei de me esforçar bastante aula de educação física, hoje o jogo foi queimada ── o professor me obrigou a jogar mesmo sabendo de meu estado, resumindo melhor: Eu aínda estou cansado, bem pior que antes, já que foram duas aulas seguidas.

Por sorte acabou meia hora antes do horário, ganhamos um tempo para tomar banho e se trocar para a próxima aula ── eu estou até agora sentado no chão da quadra esperando o banheiro esvaziar, não quero que o povo fique encarando as marcas e chupões no meu corpo.

Quando vejo que os alunos saíram do vestuário eu me levanto indo até meu tão esperado banho, preciso relaxar urgentemente. Entro no lugar indo até onde minhas coisas estão, pego produtos de higiene e minha toalha, logo ando na direção dos box's com chuveiros.

── Finalmente você chegou. ── o alfa sorri pra mim, apenas com uma toalha amarrada na cintura apoiado em uma casa cabines. ── Agora podemos tomar um banho!

── Por quê me esperou Minho? ── Entro na última cabine jogando minha toalha de qualquer jeito por cima do murinho que separa as cabines.

── Não é óbvio? Vamos tomar banho juntos. ── ele entra no mesmo box que eu, antes que eu fechasse a porta. ── Quero te deixar feliz, então vou fazer uma massagem em você! Que tal?

── Uma massagem não é má idéia, só que eu não acho que mereça isso. ── dou de ombros tirando minha blusa, se eu recusar talvez daqui alguns minutos ele vá pra outro box.

── Claro que merece, eu te deixei assim. ── ele observa eu me despindo, perdi a vergonha de ficar pelado quando aquilo aconteceu. Então não acho que precise de cerimônias para tirar a roupa, ficar nú é algo natural. ── Você não me expulsou daqui até agora, então acho que é um sim?!

── Eu não disse que era um sim. ── deixo minhas roupas do lado de fora do box, jogando de qualquer jeito mesmo.

── Mas também não disse a palavra não. ── ele tira a toalha de sua cintura, colocando-a junto com a minha. ── Não vou fazer nada que você não queira. Prometo!

Suspiro fundo dando as costas e ligando o chuveiro. Se não vai acontecer nada demais, não tenho motivos plausíveis para me preocupar ── ele é grudento, mas respeita quando eu não quero um contato muito físico.

── A próxima aula foi substituída por uma palestra no auditório, se você quiser pode dormir no meu colo. ── sinto ele passando o sabonete nas minhas costas, com todo o cuidado do mundo.

── Pode ser, eu estou precisando mesmo de dormir. ── bocejo pela milésima vez, deixando que a água morna caísse em cima de nós dois. Depois de um tempo eu me viro de frente para ele, pegando o sabonete de suas mãos. ── Se vira.

── Pra que?

── Só se vira logo. ── reviro os olhos antes dele fazer o que eu pedi, logo começo a ensaboar as costas largas dele. Uma troca de favores, já que ele me ajudou é mais do que justo que eu faça o mesmo.

Num movimento rápido, o garoto me virou de costas novamente pra ele ── dessa vez iniciando uma espécie de massagem nos meus ombros, que fez minha tensão se espairecer num piscar de olhos. Ficamos um bom tempo assim, conversando ou melhor desabafando ── no caso eu que desabafei, ele apenas me escutou. Eu precisava falar o que eu estou sentindo com alguém, parece que a briga com minha mãe ontem no celular realmente me afetou.

── Ela vai vir quando? ── ele pergunta parando a massagem e me abraçando por trás, enquanto deixava beijinhos no meu pescoço.

── Não faço idéia, por mim ela nem precisava vir. ── bufo frustrado, digamos que minha mãe seja uma egocêntrica que só pensa na empresa dela e no dinheiro. A nossa última briga foi por causa de um contrato de casamento, em que ela me ofereceu pra um alfa da empresa rival.

Porra, claro que eu discuti com ela ── não sou um objeto para ser trocado, ainda mais por mais coisas relacionadas à dinheiro. Claro que a parte do casamento eu escondi do ser que está abraçado comigo, ele teria surtado se eu contasse.

── Passa um tempo na minha casa, daí não precisa se preocupar com ela. ── Minho me vira de frente para ele sem quebrar o abraço, voltando a grudar nossos corpos molhados. ── Fora que vai ser bom para se distrair, você parece bem cansado e eu posso cuidar de ti.

── Você é muito bom pra mim. ── murmuro olhando para o azulejo do banheiro, isso me trás lembranças, bastante lembranças.

── Faço apenas o mínimo que alguém deve fazer quando está apaixonado, ou melhor amando. ── ele se afasta de mim apenas para pegar um shampoo na cestinha grudada na parede do box. ── Me ajuda a lavar o cabelo?

Concordo com a cabeça pegando o pote de sua mão, logo começo a passar as mãos pelos cabelos dele criando uma espuma branca ── ele sorriu pra mim, voltando a me abraçar pela cintura.

── Se uma pessoa tem os sentimentos destruídos por algo que aconteceu no passado, você acha que eles podem ser recuperados? ── observo a pupila dilatada dos olhos do alfa, que me encaravam carinhosamente.

── Nada que o amor da pessoa certa não resolva!