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Aqui é tipo o filme da casa monstro, depois que entra você percebe que se fudeu em uns 300%.

── HAN JISUNG.

👾

Se eu botar o pé dentro desse manicômio não vai ter mais volta, eu vou ter que lutar pra sobreviver. Quando se entra num habitat onde o predador está familiarizado, você tem que ser no mínimo um caçador para sair inteiro.

── Vai entrar ou quer que eu te carregue para dentro no estilo noiva? ── Lee ergue os braços como se quisesse um abraço, até parece garoto.

── Tô me preparando. ── fecho os olhos respirando fundo.

── Preparando? ── ele abaixa os braços com uma cara confusa, se eu fosse doente diria que isso foi fofo. ── Se preparando pra que?

── Me preparando pra arrebentar sua cara, não me apressa. ── cerro os dentes, já ele apenas solta um riso. ── Eu estou prestes a entrar no território inimigo garoto, me sinto como se estivesse em Marte com um foguete quebrado, ou no fundo do oceano com o tanque de oxigênio pela metade.

── Deixa de ser fresco, minha casa é bonitinha. ── ele segura meu pulso com força me puxando de uma só vez para dentro, fazendo com que os nossos troncos se colassem. ── Quando casarmos você pode escolher outra casa se não gostar daqui, maridinho.

── Toma vergonha na sua cara, antes que tome noutra coisa. ── empurro o garoto vendo ele fazer beicinho.

── Tomar o que? ── ele faz uma carinha safada deixando o beiço de lado, a dualidade desse garoto me impressiona num nível absurdo.

── Porrada. ── reviro os olhos tirando a mochila da costa, caramba eu sou flexível mas com o peso dessa mochila sinto como se tivesse uma coluna de velho. ── Deixa de ser iludido, vamos acabar isso logo! Quanto mais rápido fazermos essa merda, mais rápido eu posso ir embora.

── Vou pegar algo para comer, sei que você já deve estar com fome de novo. ── ele ri, mas eu apenas fico em silêncio. Porra eu até iria descordar, mas é verdade. ── Pode sentar no sofá, ou me espera pra sentar no meu colo.

── O sofá é mais atraente que você querido. ── me jogo no objeto relaxando por inteiro, as boas maneiras morreram quando fui arrastado pra esse lugar.

── Mais atraente que isso aqui? ── ele faz uma pose esquisita, que deixou um riso maldito escapar do fundo da minha garganta. ── Espera, eu ouvi você rindo de algo que eu fiz?! Ou eu tô só sonhando?

── Você deve estar sonhando, ou melhor, escutando coisas. ── me apoio com o cotovelo no sofá ainda deitado, logo encaro o garoto. ── Se eu fosse você procurava um psiquiatra.

── Ambos temos que ir no psiquiatra. ── ele da seu típico sorriso indo pra outro lugar, onde eu suponho ser a cozinha.

( ... )

Finalmente terminamos! Está escurecendo, mas pelo menos conseguimos concluir tudo de uma vez só ── o que é um milagre. Claro que aconteceu umas coisas entre nós dois, caímos na porrada umas duas vezes, discutimos por causa de um marca texto neon e eu quase quebrei o abajur na cabeça do garoto.

Fora todas as doze vezes que ele tentou me beijar, como eu disse antes: isso não é um clichê aonde os dois se pegam por causa da porra de um trabalho, minha professora não é cupido!

── Só um selinho. ── ele faz um sinal de pequeno com a mão ao mesmo tempo que faz seus lábios se transformarem em um biquinho, o garotinho insistente viu.

── Para de barrar minha passagem Minho, eu tô te avisando. ── fecho a cara mas ele apenas nega freneticamente com a cabeça.

── Não te deixo ir enquanto não ganhar meu beijo, por livre e expontânea vontade de sua parte. ── disse o garoto convicto.

Expontânea vontade ou pressão psicológica?

── Vou ligar pra polícia. ── cruzo os braços vendo ele revirar os olhos, quem olha de longe acha que somos duas crianças brigando.

── A polícia não iria vir aqui por causa disso, eles vão achar que é um trote. ── Lee passa a língua pelos lábios afim de umidece-los, bem lentamente. ── Anda Hannie-ah, só um selinho!

── Puta que pariu, eu vou ter que acabar fugindo pela janela. ── sussurro olhando para a janela da sala, se bem que está trancada então teria que quebrar pra fugir. Eu tentei destrancar mais cedo pra pegar um ar, mas a tranca é difícil pra caralho de abrir. ── Você vai me deixar em paz?

── Te dou toda a paz do mundo depois disso... pelo menos por enquanto. ── ele sorri inclinando seu rosto para perto do meu. ── Agora vêm dar o meu beijinho, de pelo menos dez segundos! Nada menos que isso.

── Você quis dizer nada mais do que isso, esse é o meu máximo quando se trata de você garoto.

Arrumo a alça da minha mochila no ombro direito me aproximando, fecho os olhos ao mesmo tempo que ele e então me inclino. Nossos narizes se tocam levemente antes dos meus lábios encontrarem os seus, em um maldito selinho. Depois de exatos dez segundos contados mentalmente eu começo a me afastar, porém sinto nossas bocas colidindo novamente ── ele tinha agarrado minha nuca, me beijando dessa vez de verdade.

𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐒𝐄𝐑 𝐎 𝐏𝐈𝐎𝐑 𝐁𝐄𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐀, minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora