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Estou grávido, não retardado! Eu sei muito bem subir uma escada sem cair.
── HAN JISUNG.

👾

Casa, eu nunca imaginei chamar o lugar que eu nem queria botar os pés de casa ── mais especificamente a residência de Lee Minho. Eu finalmente ganhei alta do hospital, com exatos dois dias para completar o quinto mês de gestação ── pois é o tempo está passando rápido, tanto que vou entrar no sexto mês de vida dos meus filhotes. Voltando ao assunto da casa, enquanto eu estive no hospital os meninos se juntaram para levar as minhas coisas para casa do Minho, para moramos juntos.

As coisas estão indo um tanto quanto rápido, e é isso que está me deixando paranóico. Sabe quando você tem medo de alguma coisa inesperadamente dar errado? Então, estou exatamente assim.

── Quer que eu te carregue para dentro amor?

── Eu sei me virar. ── reviro os olhos vendo ele abrir a porta da frente para mim, fazendo uma pose típica daqueles mordomos de filme indicando que eu poderia entrar.

── Eu sei que você sabe, mas como eu disse antes. ── o garoto para de falar do nada me puxando com delicadeza para dentro de casa. ── Vou te mimar muito, durante e depois da sua gravidez Hannie-ah!

── Não precisa, eu vou acabar virando um beta molenga. ── me sento no sofá de maneira desajeitada, fazendo com que minha blusa se levantasse um pouco mostrando minha barriga.

Os olhos de Minho brilharam como os de uma criança, quando ele encarou minha barriga descoberta ── foi ali que eu percebi uma coisa, somos muito jovens, muito jovens mesmo! Puta que pariu...

── Cresce Minho, você tem que crescer. ── falo desesperadamente, já tendo uma das minhas crises existenciais de grávido e começando de novo com as minhas paranóias diárias. ── Vamos saber cuidar deles? Porra, eu não sei cuidar nem de mim mesmo. Bebês podiam vir com um manual de instruções, se bem que eu não tenho paciência pra ler manuais, então não adiantaria.

── Nossos instintos vão nos dizer o que fazer, até lá aproveite meus mimos. ── o Lee se aproximou de mim, se ajoelhando na minha frente e dando um selar na minha barriga. ── O médico vai ligar para dizer o sexo dos bebês, que tal tomar um banho e ver um filme até lá?

── Pode ser. ── sorrio para ele.

( ... )

A água morna dessa banheira é como uma prisão. Quanto mais eu fico, mais difícil fica para sair ── acho que vou morar aqui mesmo, tá tão gostosinho.

── As faculdades ainda não mandaram uma resposta, isso tá me deixando ansioso. ── o mais velho suspirou enquanto tomava banho no chuveiro mesmo, com a porta do box aberta para podermos conversar.

── Se eu não passar nas universidades, já criei um plano B. ── brinco com a espuma, voltando meu olhar para o acastanhado que estava se ensaboando despreocupado.

Parando pra olhar ele assim, Lee Minho é um puta pecado.

── Qual seria esse plano, hum? ── ele fecha os olhos para lavar o rosto, me fazendo apenas jogar a cabeça para trás ficando mais relaxado.

── Vou trabalhar na cafeteria do Felix, os pais dele estão reformando um antigo restaurante para os negócios do ômega, fora que os alfas dele estão ajudando. ── sorrio involuntariamente, parece que eles se importam mesmo com meu bebê ômega. ── Ainda não acredito que eles arranjaram empregos, só pra ajudarem o Lix com as finanças da cafeteria.

── Nem eu acreditei! E olha que eu sou amigo de infância daqueles dois. ── o maior enrola uma toalha branca na cintura, após terminar seu banho. ── Ver Seo Changbin e Christopher Bang trabalhando é impagável, parece que eles estão sofrendo só de lavarem pratos e serem garçons.

Ficamos mais um tempo naquela enrolação para acabar de se arrumar, logo em trinta minutos estavamos de banho tomado, dentes escovados e deitados com roupas quentes na cama de casal ── não fiquei mexendo no meu cabelo por pura preguiça, só arrumei o desembaraçado. Agora estamos vendo um dorama sobre mafiosos, esperando o médico ligar.

── Aposto um beijo que ele vai sobreviver. ── olho de canto para o meu namorado, que me olha com uma cara boba.

── Aposto uma pizza que ele morre. ── retruco o garoto, ainda observando a tela da televisão. ── Minho, você já pode ir ligando pra pizzaria.

── Jisung você já pode ir preparando a boca. ── ele se aproximou me abraçando de lado enquanto olhava para a televisão.

Ficamos vendo os últimos dez minutos da série em completo silêncio, no final o filho de uma égua sobreviveu e ainda salvou o irmão dele. Bom parece que eu perdi a aposta, junto com a pizza grátis ── fazer o que, não tenho culpa se o roteirista do dorama acredita em finais felizes.

── Dá meu beijinho aqui. ── Minho se apoiou no cotovelo esquerdo, se inclinando com cuidando sobre mim.

Seguro um sorriso por ser orgulhoso demais, logo aproximo meus lábios dos lábios dele sentindo sua boca macia pressionada contra a minha.

── Agora sim! Você vai ganhar sua pizza pela boa vontade. ── ele rouba mais três selinhos antes de ir caçar o celular.

── Se eu for ganhar comida assim, vou ficar comportado sempre.

𝐂𝐎𝐌𝐎 𝐒𝐄𝐑 𝐎 𝐏𝐈𝐎𝐑 𝐁𝐄𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐄𝐒𝐂𝐎𝐋𝐀, minsung Onde histórias criam vida. Descubra agora