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|Julia|

A luz do sol invadia a sala de TV; eu abri os olhos com dificuldade. Geralmente quando eu acordo demoro algumas horas pra minha alma voltar pro corpo, meu rendimento pela manhã é terrível. Olhei pros lados e não vi o Gabriel, o relógio na parede marcava 07:30. Levantei e organizei as cobertas e os travesseiros em cima do sofá de canto pra depois a tia rose ter menos serviço.

Subi em busca do Gabi ainda meio desnorteada; não sei porque esse homem escolheu uma casa com três andares e o quarto dele lá no último andar, quanta dificuldade. Cheguei na porta do quarto e ele ouvia Leal no último volume, entrei e ele tava no banho; tirei o pijama que eu vestia e fiquei só com a parte de baixo - calcinha e sutiã de renda.

Parei na porta e fiquei ali o observando parado com as mãos na parede e a água correndo nas suas costas e a cabeça balançando junto com a música:

- leal, leal, eu quero ser leal, enquanto nosso lance for real - cantarolei chamando sua atenção pra mim

- ela de pé é estátua da liberdade, me faz crer que eu posso tudo, Deus me testando - ele cantou enquanto abriu um sorriso ao me ver e se aproximou - te quero nua, no meu lar ce me diz: sou toda sua - me agarrou pela cintura

- Bom dia Gabi - sorri

- Bom dia Julinha - juntou nossos lábios - que visão linda pra se ver essas horas, toma banho comigo?

- Depende, se você tá gelado por tá tomando banho na água fria não entro aí uma hora dessas por nada nessa terra - ela me encarou divertido

- É pra acordar, vem, vai te fazer bem é como se renovasse a gente Ju - fez beicinho

- Gabi, são 7 da manhã, única coisa que me renovaria agora é voltar a dormir - revirei os olhos

- Bom eu chamei, não quer vir por bem, então vem por mal - me arrastou pra baixo do chuveiro enquanto gargalhava e eu gritava pra não ir

- Gabriel tá frio Gabriel - eu fechei os olhos irritada enquanto sentia a água me molhar

- Linda - pousou uma das mãos na minha cintura e a outra segurou meu cabelo juntando nossos lábios.

Nossos corpos em perfeita sintonia, logo a lingerie que eu vestia já não estava mais no meu corpo; enquanto nos beijávamos ele apertava a minha cintura e em um rápido movimento ele me pressionou contra a parede fazendo com que eu cruzasse as minhas pernas na sua cintura. O beijo foi aumentando o ritmo e nossas línguas eram como se dançassem em perfeita sincronia. Logo eu pude sentir sua intimidade sobre a minha e ele sussurrou -eu quero você Júlia - me causando arrepios. Minha resposta com um beijo foi suficiente pra que ele adentrasse minha intimidade rápido e com força, alternando o ritmo das estocadas e me fazendo ir a loucura.

Enquanto metia ele observava e beijava cada parte que era possível do meu corpo; a cada gemido meu que ecoava por todo banheiro era como se eu jogasse gasolina no fogo; o ritmo aumentava e chegamos ao nosso clímax ali: eu escorada na parede chamando pelo seu nome e com as pernas tão trêmulas que mal conseguiam parar cruzadas no seu quadril e ele beijando cada centímetro do meu pescoço deixando sua marca ali.

Desci e ficamos ali abraçados; a água caindo sob nossas cabeças. Eu podia ouvir seus batimentos acelerados acalmarem aos poucos:

- Gabi, não me solta tá? - falei baixinho

- O que houve? - perguntou preocupado

- Minhas pernas - sorri de canto - me ajuda

- Tá tremendo fia? - ele gargalhou

- Só um pouquinho de nada - passei as mãos pelo seu pescoço e dei um selinho rápido

- Eu poderia acordar assim pelo resto da minha vida sabia?

- Eu também jogador  - sorri

Terminamos o banho e enquanto vestíamos roupa eu questionei o Gabriel:

- Tem mais alguém em casa? - ele me olhou de canto e sorriu

- A tia Rose

- Próxima vez tampa minha boca pra eu não ficar gritando teu nome pela casa, com que cara eu vou olhar pra ela agora Gabriel - resmunguei

- Finge que nada aconteceu princesa - se aproximou me dando um beijo - relaxa

Concordei e terminei de me arrumar. Gabriel e eu descemos de mãos dadas, o que me deixava um pouco desconfortável já que isso não era rotina é muito menos costume. Ele é sempre muito carinhoso e com certeza a linguagem do amor dele é toque físico e palavras de afirmação. Enquanto tomávamos café ele disse:

- Ju hoje eu concentro, vai com meu carro pra tua casa ta? - segurou uma das minhas mãos

- A Porsche? - arregalei os olhos

- O que você quiser - ele sorriu

- Tá maluco, meu pezinho é pesado tenho maturidade pra aquele carro não Gabi, fico com a Velar mesmo - sorri

- Ahhhhh falou a bonita que anda de Jaguar - eu revirei os olhos - mas falando sério mesmo, vai com um dos carros e deixa o teu aí tá?

- Sim senhor - concordei dando um sorrisinho - tenho que buscar a Dhiô a noite

- Já falei pra essa maluca arrumar uns voos mais cedo, uma hora dessas vou deixar ela plantada no aeroporto até o outro dia - disse indignado

- Tadinha Gabi, eu busco ela relaxa

- Queria te pedir outra coisa - eu concordei dando sinal pra que ele continuasse a falar - vi que você levou suas coisas pra casa, se quiser trazer pra cá umas coisinhas

- Tipo o que?

- Ah Ju, sei lá, teus shampoo, aquelas coisas de passar no rosto, umas roupas e uns saltos - ele sorriu - pra tu parar de gastar as minhas

- Tu tá querendo que eu passe mais tempo aqui e essa é a forma carinhosa que você encontrou de pedir é? - disse enquanto ria da cara dele

- Adivinhou Julinha. Tia rose vai deixar um espaço pra você lá no meu closet, quando tiver pronta pra ter suas coisinhas aqui já sabe - puxou minha mão e deu um beijo

- Tá bom Gabi, eu vou pensar tá? Com carinho. Agora vamos? Preciso ir em casa.

Hoje quem dirigiu foi ele; dormi o caminho todo enquanto ele fazia uma carinho na parte superior da minha cocha. Assim que chegamos na entrada do CT ele me chamou:

- Ju, princesa? Acorda - me chamou em um tom doce - a gente chegou

- Nossa eu apaguei - disse enquanto entrelaçava nossos dedos e ele parava na porta - eu preciso ir já tá? Tenho umas coisas pra resolver hoje

- Eu amei passar esse tempo com você Ju - juntou nossos lábios pra um beijo - você é preciosa demais, não se afasta tá bom?

- Você é incrível Gabriel, obrigada por ser tão bom e gentil comigo - sorri

- Vou sentir saudades... não é pra vocês teimarem e virem no jogo ok? - advertiu

- Tá bom jogador, tá bom...

Descemos do carro pra eu poder dirigir, ele se despediu dando um beijo da minha testa e dizendo um "te ligo a noite pra você não morrer de saudade" e entrou sorrindo. Olhando ali aquele estacionamento me lembrei do dia em que ele me acalmou aqui nesse exato lugar... não sei se eu mereço tanto.

Segui pro meu apartamento; preciso abrir alguns e-mails pra ver umas parcerias e a data da cerimônia de formatura. Ainda preciso ir a SP participar do podcast, tudo uma loucura.

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Oi gente, como vocês estão?

Escrevi esse capítulo pelas metades mkkkk talvez mais tarde eu venha com outro ❤️

Temos uma conta no TikTok viu kkkkkk @gabificcs, lá solto alguns spoilers e algumas coisas sobre os dois ❤️❤️❤️

Minha Cura | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora