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Gabriel Barbosa

A gente ainda não foi pra casa, o amor da minha vida tá aqui dormindo abraçada com meu braço e me segurando tão forte que se ela apertar mais um pouco corta a circulação. Tem sido assim desde o dia do ataque ao carro dela; as vezes ela acorda a noite assustada ou gritando, depois chora se culpando por ter me acordado; fica assustada se eu levanto a noite pra ir ao banheiro e ela não me acha na cama.

Mais do que nunca eu quero estar ao lado dela agora, me dói ver ela mal por uma coisa que não deveria acontecer com ninguém. Eu a amo, e amo muito... tudo o que tiver ao meu alcance pra protegê-la eu vou fazer. Ela começou as sessões com a psicóloga, como sempre não comenta muito com a gente mas a comunicação dela tem melhorado milhões.

O dia de ontem eu já tinha planejado a uma cota atrás, mas várias coisas aconteceram desde então e eu adiei; confesso que fiquei meio receoso dela não aceitar mesmo sabendo que ela aceitaria e foi tudo muito mais que perfeito, na verdade com ela ao meu lado tudo se torna incrível. Eu tô bobo, tô besta, tô caidinho, apaixonado, nocauteado, estou amando...

Vou chamar ela mesmo que aqui está muito gostoso, preciso treinar hoje a tarde e ela tem que me deixar lá:

- Ju, meu amor, bom dia - a abracei e acariciei seu cabelo - vamos?

- Oi amor, aqui tá tão gostoso - ela se aconchegou no meu abraço

- Eu sei, queria que a gente ficasse assim o resto do dia mas eu preciso ir pro Ninho

- A gente ainda tem que ir em casa né? Vai querer que eu te leve lá? - ela questionou me encarando ainda tentando abrir os olhos e a voz rouca

- Você se sente bem pra ir lá e voltar dirigindo sozinha? Se não não tem problema amor, seu sombra acompanha a gente - arrumei o seu cabelo que tava todo bagunçado atrás da orelha

- Me sinto bem sim amor, preciso passar lá no meu ap começar a organizar minhas coisas pra levar pra sua - eu automaticamente abri um sorriso enorme e vi os olhos dela brilhando

- Aí que felicidade você se mudando amor, vai uma arquiteta mostrar uns projetos pra você mais tarde tá, pra aumentar o closet lá e a gente conseguir guardar tudo - sorri animado

- Ah não Bi, queria que você escolhesse comigo - ela fez bico e eu a beijei

- Amor, o que você decidir tá assinado em baixo por mim, sério

- Então vamos fazer assim, ela vai lá, mostro pra ela e ela pensa no que fazer e a gente decide juntos pode ser? - ela sorriu quando eu acenei com a cabeça concordando e beijando sua testa.

A gente se arrumou e desceu pra ir embora. Iríamos tomar café da manhã lá em casa, meu celular tava explodindo com tanta mensagem da Dhiovanna querendo saber como tinha sido e eu só ignorei ela; quando eu chegar lá quero só ver a festa que vai ser. Tudo que minha família mais quer é a Julia junto da gente e eu amo isso mais do que ninguém; já tive outro relacionamento que eles não eram tão a favor e era um inferno ter que ficar dividido.

[...] estacionei na garagem e entramos pela sala:

- nossa amor quanto silêncio, será que saíram? - ela perguntou enquanto colocava a bolsa em cima do sofá da entrada e tirava a rasteirinha e caminhava pros fundos

Minha Cura | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora