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- Nossa Julia que demora do caralho meu, você não atende celular porque - Fabinho me olhou descontente assim que eu sai do elevador.

- Quando eu vi que era você eu decidi ignorar - revirei os olhos - eu tava presa lá na entrada que não queriam me deixar entrar de carro.

- Mas tu tá achando que é quem também né, mulher do Zico? - debochou.

- Não, do Gabigol e a médica da equipe - beijei meu ombro e ele sorriu - com direito a escolta e tudo.

- Convencida pra caralho né. Seguinte tem uns caras posicionados lá dentro, hora que tu começar chamar atenção eles vão te tirar de lá. Não nem começa - me interrompeu antes que eu pudesse abrir a boca - vai sair, vai dar tumulto e Gabriel pode ser multado tá entendendo?

- Aí tá - revirei os olhos.

- Outra coisa, aproveita, grita, canta e se emociona Ju... é a sensação mais incrível que tu vai sentir na tua vida. Quando tiver um jogo maior eu vou nessa loucura contigo - me deu um abraço carinhoso - se cuida Jujuba, põe esse boné aqui pra dar uma disfarçada.

- Tá parecendo um pai Fábio - sorri - obrigada pelo cuidado, vai dar certo... eu falei com um pessoal da bateria antes, to avisando que tô descendo.

- Tá bom - tomou o celular da minha mão que tava desbloqueado - mandando sua localização em tempo real pra mim, se tu sumir pelo menos posso dizer que fiz alguma coisa.

- Nossa olha ali Fabio, descendo do elevador a graça - revirei os olhos - eu até tava gostando de você.

- Vocês dois, espertos, não perde de vista nenhum segundo. Ela é ligeira - falou enquanto eu sai andando.

Atravessar esse estádio é osso, eu devia ter descido e ido pelo lado da imprensa dentro do gramado. Amanhã com certeza eu estaria em todas as manchetes.

- Eu não acredito que você veio - a Mari da bateria veio na minha direção.

- Eu disse que viria Ma - a abracei apertado.

- Linda e cheirosa como eu imaginava - sorriu - teus seguranças tão tudo espalhados ai, eu vi assim que eles chegaram. Tem um ali, outro ali, outros dois ali em baixo - olhou sutilmente pra onde eles estavam.

- É uma loucura eu estar aqui Mari, pessoal sonhar eu tô morta.

- Tá nada, já vieram outros antes - deu um tapinha nas minhas costas - queria te pedir duas coisas Ju

- Claro.

- Primeiro: como você se sente sendo mulher do Gabigol e realizando o sonho de 98% da nação?

- De verdade? Adorável!

- A segunda coisa é que eu reuni uma coisas do pessoal da torcida, bandeiras, camisetas sabe? Queria ver se você pode levar pros meninos autografarem - disse meio sem graça.

- Claro que eu levo, levo sim com todo prazer. Deixa separado em baixo da minha cadeira que eu vou levar sim.

- Vem, vem sentar aqui - ela me puxou pela mão até minha cadeira - bem localizada na passagem pra caso... você sabe né.

- Sei - sorri - olha o seu Denir, nosso amuleto.

- Hoje a gente ganha - sorriu - viu ele na entrada no vestiário quando os meninos chegaram? Ele e o Gabi?

- Só o vídeo... Gabriel tem um amor e respeito muito grande por ele - a encarei - na verdade por todos mas com seu Denir é bonito de se ver.

[...] e nos embalos da melodia o Marcos Brás, vai se fuder, o meu mengo não precisa de você o jogo começou, muito melhor que o jogo passado. Não é um jogo grande mas se esse eu tô assim, imagina um maior. Desde que começou a cantoria eu tô toda arrepiada, da cabeça aos pés; não existe palavras pra descrever a sensação da torcida em uma só voz mengooooo mengoooo — nunca senti nada assim.

Minha Cura | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora