|Gabriel Barbosa|
Minha mãe está vindo junto com a Dhiô de carona com a Rafaney pro RJ amanhã e ainda tiveram a audácia de pedir pra Julia ir buscar elas; minha mulher não sabe dizer não pra ninguém e eu perguntei um milhão de vezes se tinha algum problema e ela negou.
Eu sei que tem.
Toquei no assunto da viagem da cabeça de vento da minha irmã com à Rafaella e ela me disse a seguinte coisa: "Bi elas são amigas, não fiquei chateada e não quero criar rivalidade entre a gente. Eu sempre vou amar sua irmã mesmo ela sendo inconsequente as vezes". Tá desenhado no céu que isso incomoda ela.
Não só incomoda ela como eu também! Minha irmã não segura a língua dentro da boca e com certeza ela tá sabendo de tudo o que vem acontecendo dentro da nossa casa. Mas também não posso cortar ela das amizades que ela tem, que inclusive vem fazendo péssima escolhas.
Júlia tem andado meio esquisita nesses últimos dias comigo... amanhã é dia da viagem pra Salvador pro jogo do Bahia e ela não vai ir com a gente dessa vez. Vai ficar observando o Pedro e ajudando pra que o Gerson retorne logo.
Ela tá em uma fase complicada da terapia e tá aprendendo a conversar mais comigo sobre algumas coisas... não que antes ela não fazia, mas era raro conseguir tirar alguma coisa dela.
Cheguei aqui em casa e tudo em silêncio, as luzes da casa todas ajustadas pra ficarem em tom amarelado fraco — Julia automatizou toda a casa e eu me sinto num paraíso tecnológico não precisando mais me levantar pra apagar a luz ou fechar as cortinas — tem um cheirinho de maçã e canela no ar, esse cheirinho é da vela que ela ama e diz que acende só em momentos especiais.
Será que o aniversário dela é hoje e eu esqueci?
Olhei no meu celular e graças a Deus não. Vou até programar um lembrete aqui pra eu não deixar passar. Subi as escadas, olhei no nosso quarto e ela não estava, uma música bem baixinha vinha lá de cima... ela tá lá no balanço com certeza.
— Ju? — entrei devagar já chamando pra não assustar ela.
Tem flores aqui por toda a parte, todo canto um arranjo de rosas vermelhas, o cheirinho da vela misturado com o perfume dela toma conta de todo o ambiente. E ela tá sentadinha em cima da mesa da sinuca, me observando com o pescoço inclinado, os olhinhos brilhando e um sorrisinho fofo no rosto.
— Oi — disse ainda sorrindo, toda meiga assim que me aproximei e passei meus braços em volta do seu corpo a envolvendo num abraço.
— Tá tudo bem aqui? — beijei sua testa e apertei mais um pouco o abraço.
— Tá sim amor, eu queria fazer uma coisinha pra você — de repente suas bochechas coraram como uma adolescente entregando uma cartinha pro primeiro namorado.
— Fazer o que amor? Fazer mais? — tentei deixar ela a vontade.
— Ah Bi, é que você sempre faz algumas coisinhas pra mim, me dá presentes — ela desviou o olhar e eu levantei seu queixo pra que ela se sentisse segura olhando nos meus olhos — e eu queria te entregar isso — Ela me deu uma caixinha, dentro tinha uma aliança
— Eu — ela colocou o dedo na minha boca antes que eu pudesse falar.
— Vou terminar se não não consigo dizer tudo o que quero — acariciou meu rosto — aí dentro tem gravado o dia 22/02/23... foi um dia triste já que perderam o 1º jogo da final da Recopa mas quando você voltou você me encontrou deitada dormindo no seu quarto, nos beijamos pela primeira vez.
— Pensei que você não lembrava disso — a olhei e vi seus olhinhos brilharem mais.
— Nunca ia esquecer. Não fui dormir lá de propósito, eu sabia que você ia chegar — sorrimos — e também aí dentro tem a data do jogo contra o sintético — ela me encarou com os olhinhos cheios de lágrimas — 07/05...
— Como assim Ju?
— Foi o dia que eu fiz um teste de gravidez e deu positivo Bi — as lágrimas desceram pelo seu rosto e eu fiquei paralisado por alguns segundos até minha ficha cair.
— Pera ... quer dizer que?
— É — ela tirou um teste de dentro do bolso casaco que ela vestia e me entregou.
— Julia — eu puxei ela pra abraçar, tão forte, mas tão forte e eu não queria soltar ela e nosso filho nunca mais.
— Eu tô com medo Bi, tô sentindo tudo ao mesmo tempo — ela enxugou as lágrimas do meu rosto — mas também estou feliz por estar fazendo isso com você.
— Amor, ei! Não precisa ter medo. Eu vou estar aqui sempre por vocês, apesar de que vai ser difícil quando eu tiver que viajar e ficar longe...
— Ah Bi, sei lá...
— Eu te amo Julia, eu te amo tanto. Nossa família tá crescendo e vem um bebê pra completar nossa felicidade Ju. Você é tudo na minha vida — coloquei minha mão por baixo do casaco que ela vestia — e aqui dentro tá crescendo um pedaço do nosso amor, da nossa história. Acho que eu não poderia ter encontrado pessoa melhor pra ser mãe dos meus filhos. Pra ser minha mulher.
— Eu te amo Gabriel — ela levantou o moletom e colocou sua mão em cima da minha — e eu também te amo filho.
— Sabe Ju, desde que você chegou aqui tudo mudou. Tudo na minha vida! Você esteve na vida da minha família por tanto tempo e acho que chegou na minha na hora certa, no momento em que eu mais precisava de uma cura sabe?
— Disse isso na terapia ontem, tá ouvindo minhas conversas? — sorrimos.
— Minha cura, Ju. Eu te amo tanto e agora o papai também tem você pra cuidar, tem você pra me ajudar a por juízo na cabeça da mamãe — me aproximei e conversei com nosso bebê enquanto ela acariciava meu cabelo — amor será que ele já escuta?
— Acho que sim Bi, apesar de estar no início. Agora teremos Gabriel na versão pai.
— Já vou pesquisar tudo no Google — sorrimos.
— Deixa disso, lá já já vai dar que tô é com câncer. Essa semana vou no médico Bi, você vai comigo e vamos saber de tudo — passou seus dedinhos fazendo o desenho da minha barba e me beijou.
— Você me faz o homem mais feliz desse mundo, vou ser o melhor marido e melhor pai desse mundo pra vocês dois. Não chora — grávida fica emotiva né? Preciso conversar com o Ribeiro.
— Não vai contar pra ninguém, ainda é muito recente e vamos ver se está tudo certo primeiro — fiz um bico enorme pra ela — nem vem. Que papel difícil vou ter que desempenhar com uma criança e você fazendo bico.
— Mas amor... eu queria falar.
— Ainda não fofoqueiro, só depois dos 3 meses pra não correr nenhum risco tá? Deixa de ser linguarudo.
— Ju, só pro Ribeiro, por favor.
— Meu Deus mas qual parte do não você não entendeu amor? — ela sorriu — é arriscado Bi. Pra gente.
E eu sei o quanto isso é perigoso, mas eu queria agora gritar pro mundo que eu vou ser pai.
Pai.
Eu, Gabriel Barbosa Almeida, vou ser pai.
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Bom dia Brasil, boa noite JapãoComo vocês estão?
Como estão após o jogo do bahia e Gabriel mandando torcedor ir tomar naquele lugar?Kkkkkkkkkkkk
Volto em breve. Beijos ❤️
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Minha Cura | Gabriel Barbosa
Fiksi PenggemarJulia acaba de sair de um relacionamento complicado e tudo o que mais quer é curtir a vida até conhecer Gabriel, que chegou cheio de si curando todos seus traumas. Sejam bem vindos a Minha Cura ❤️