Minha Cura | Gabriel Barbosa

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- Então dona Julia quais são os seus planos, você e o seu Gabriel querem fazer o que aqui exatamente? - a arquiteta questiona enquanto subimos as escadas

- Olha, precisamos de espaço... nossa única exigência é que ele tenha armários que deixem os tênis expostos - abri a porta do nosso quarto - fica a vontade, e aqui no meio eu queria uma ilha pra gente poder por joias e essas coisas sabe? - parei no meio do closet e ela anotava tudo em um caderninho preto. Meus sapatos e bolsas não faço questão de exposição não e queria uma penteadeira de resto, tudo nas suas mãos

- Certo, o Gabriel comentou também que queria fazer alguma coisa lá no banheiro - questionou e eu fiquei confusa

- Disse é? A hidro? Meu Deus o que esse homem vai enfiar uma hidro aqui, a gente podia fazer isso lá em baixo, vem cá - a guiei até o banheiro - não era mais simples uma banheira? E lá em baixo a gente coloca uma hidro?

- Olha seria muito mais fácil - ela sorriu

- Então vai ser assim - sorri de volta

- A gente precisaria quebrar julia o closet pra espaço, o que tem naquele parede lá de trás? - voltamos pra dentro do cômodo

- Outro quarto, na verdade essa outra parede aqui é do outro closet - expliquei

- Perfeito, é só quebrar então..  a gente consegue ampliar, aumentar esses armários aqui e deixar tudo com portas de vidro pra deixar um aspecto mais limpo, investir na iluminação pra dar uma sensação de mais espaço, levantar uma ilha aqui com mostruário de vidro em cima e nessa parede aqui eu posso colocar várias divisórias pra por os tênis e também encaixar algumas coisas suas

- Tudo de vidro não vai ficar com aspecto de loja de roupas não?

- Vai ficar lindo Julia - ela sorriu - eu vou tirar as medidas aqui e fazer o projeto e enviar pra vocês aprovarem

- Pode ficar a vontade - fiquei observando ela medir e pensando onde foi que eu e o Gabriel chegamos.

Meses atrás eu não queria nem saber de relacionamento e hoje eu estou aqui redecorando o closet pra me mudar. É um misto de sensações estranhas em pensar que antes ele nunca teve esse tipo de relação com ninguém, as mulheres não dormiam com ele aqui e muito menos foram chamadas pra vir morar.

- Tá pensando na morte da Bezerra é? - ele me abraçou por trás e beijou meu pescoço me fazendo arrepiar - te chamei umas três vezes amor

- Oi Bi, nem ouvi... tava aqui distraída vendo ela medir tudo - me virei e o abracei apertado

- E aí? Vai dar certo? - perguntou animado

- Vai sim amor, ela vai fazer um projeto pra gente e que rolê é esse da hidro? Vai dar muita quebradeira aqui amor - ele sorriu - que tal uma banheira e a hidro lá em baixo?

- A gente vai poder transar dentro dos dois? Se sim tá mais que aprovado - ele sorriu malicioso

- GABRIEL a mulher ali - sorri envergonhada, fiquei na ponta dos pés e falei no ouvido - mas vamos sim

- nossa já pode começar a obra amanhã então - ele me encarou malicioso e me beijou

- Outra coisa, a gente precisa ver roupa pra festa da Rafaney

- Rafaney - ele gargalhou e ouvi a arquiteta rindo também

- Aí foi mais forte que eu, desculpa - sorri - voltando ao assunto, o senhor vai vestir o que?

- Amor vou deixar pra você essa - ele piscou

- Gabriel, tudo eu agora? - falei com certo tom de indignação