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— É filme né? Não acredito Julia — Rose disse espantada quando me viu na cozinha passando café.

— Vou falar pra você saber que é real, bom dia Rose — abri um sorrisão e ela ainda paralisada.

— Dona Lindalva — gritou — olha quem tá aqui mulher desce ver isso aqui logo.

— Que foi Rose, que gritaria — ela paralisou na porta toda descabelada e coçando os olhos tentando acreditar no que via.

— Bom dia tia Linda — sorri.

— Aí minha filha, não acredito — ela correu e me abraçou, me enchendo de beijos — Jeová ouviu minhas preces, que saudade de você aqui.

— Graças a Deus seu Gabriel tomou juízo — a rose completou.

— Senti saudade de vocês.

— A gente também filha, agora posso voltar pra casa em paz — tia me abraçou mais uma vez.

— Bom dia, minha casa cheia com as minhas mulheres favoritas desse mundo — Gabriel saiu na porta todo arrumadinho, sorriso de orelha a orelha.

— Bom dia mãe, bom dia tia rose — beijou a bochecha das duas que estavam já sentadas na mesa — e bom dia pro amor da minha vida — me abraçou por trás apertado e beijou meu pescoço.

— Bom dia Bi — sorri — dormiu bem?

— Deve ter dormido como um anjo né seu Gabriel, depois de chorar quase todos esses dias — eu soltei uma risada sincera.

— Nossa que mentira — Gabriel tentou desmentir semicerrando os olhos pra ela e se sentando.

— É verdade sim filha, inclusive essas olheiras todas dele aí é de sofrer. Todo dia uma ladainha aqui em casa por conta de você ter ido embora — sorriu.

— Hmmm dessa eu não sabia não em, chorou? — coloquei o café na mesa e abracei o Gabriel por trás que estava sentado — chorando por mim Gabigol?

— Eu estava cansado, só isso — tentou se explicar.

— Cansado de ficar sozinho aqui — tia linda rebateu.

— Essa casa é tão ruim sem ela, ela podia voltar, o que eu faço rose... — ela imitou a voz dele — dona Julia quando ele viu sua parte vazia no closet foi o fim do mundo.

— Até o Fabinho tava triste, parou de vir aqui e disse que não era a mesma coisa — dona Lindalva completou.

— A minha própria família fazendo complô pra mim, não tô valendo nada mesmo!

— Que bonitinho amor. Se a gente ficasse mais um mês separados você tinha entrado em depressão — o abracei mais forte e beijei sua bochecha — tô de volta eu acho.

— Agora que vocês se acertaram, parem com essa infantilidade os dois. Dois adultos brigando igual duas crianças, que coisa mais chata e feia; vocês tem noção que isso afetou até o Fabinho? — a gente sorriu — próxima vez que eu ter que despencar de Santos aqui pra convencer os dois de voltarem a se falar eu vou tirar minha cinta de dentro da mala.

— No que depender de mim, eu vou mudar — Gabriel disse tímido.

— Por mim, a senhora sabe né. Bi você vai comigo?

— Claro né!

— Então toma café logo que tenho que passar lá em casa ainda.

— Tudo normal na Barra da Tijuca, Ju tá de volta pra por ordem nessa casa — Rose riu.

— Filha, depois vou te mandar mensagem queria que você fosse pra Santos ficar uns dias com a gente.

— Nossa mas vão me deixar sozinho de novo gente? Que isso — disse o dramático.

Minha Cura | Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora