Capítulo 15

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O piloto agiu com rapidez, quando percebeu que a garota ali ao seu lado estava prestes a desmoronar — literalmente. Nam Yoo-ri parecia ter perdido os sentidos e a noção. De repente ficou pálida, o brilho que antes existia nas íris castanhas desapareceu, dando lugar a um olhar marejado e cheio de perplexidade. Jung Kook impediu que os joelhos dela atingissem o chão, e com cuidado cercou a jornalista, a segurando firme nos braços, enquanto buscava rapidamente um local para apoiá-la. Com o pé, ele puxou um caixote e ajudou Yoo-ri a sentar-se no objeto.

— O que houve?

— Minha irmã... a machucaram! — Como quem tenta processar uma informação, Jung Kook piscou várias vezes seguidas, e por um segundo ficou boquiaberto.

— E onde ela está? — Perguntou com cautela, considerando o pior. Pois, sabia muito bem o que aquilo podia significar.

— No hospital.

Por um momento, o silêncio pareceu tomar conta do lugar. O único som possível de ser escutado era o choro baixo da jornalista, que se encontrava encolhida sobre o caixote. Rapidamente uma ideia surgiu na mente da garota, que levantou subitamente, assustando o piloto que não esperava que tomasse tal atitude, tanto que se prontificou ao lado dela, com um dos braços abertos pelo medo de que ela caísse.

— Aonde pensa que vai?

— Preciso ver como Yu-na está. Eu preciso, Jung Kook!

Atordoada, ela direcionou-se para a saída. Jung Kook por um instante travou no lugar. Não podia ir até o hospital, seria arriscado demais, provavelmente o reconheceriam e ele estaria ferrado. Porém, o seu senso dizia-lhe que não poderia deixar que a jornalista fosse sozinha. Não naquele estado. Seria perigoso para Yoo-ri e para os outros. Frustrado, ele soltou um palavrão e segurou Nam Yoo-ri pelo braço, com delicadeza. Ação que fez com que a jornalista se virasse de imediato para encarar o piloto.

Ele observou atentamente o desespero e preocupação presentes no olhar dela. Em silêncio, ela parecia pedir ajuda.

— Você não pode ir só. Não neste estado. No entanto, não posso ir com você, seria arriscado. Entende? Mas podemos chamar alguém para te ajudar, Namjoon, talvez.

Yoo-ri raciocinou e abriu a boca diversas vezes para pronunciar algo.

— Taehyung, meu vizinho. Ele é confiável e sempre ajuda quando pode.

Mesmo sem saber exatamente de quem se tratava, o moreno concordou, e pediu que Yoo-ri esperasse e ligasse para o tal Taehyung. Quando o rapaz aparecesse, ela enfim poderia ir até à irmã.

Demorou alguns minutos para ele atender, e logo um sorriso de agradecimento surgiu nos lábios finos da jornalista, que devia ter repetido dez vezes a palavra obrigada. Jung Kook deixou o sótão primeiro, tomando todo cuidado para não ser visto. Logo em seguida Yoo-ri saiu, e o tempo parecia ter sido prolongado para que o rapaz da casa ao lado pudesse levar Yoo-ri ao hospital.

Como um gato sorrateiro, Jung Kook observou Yoo-ri sair de encontro a irmã. Também não deixou de notar que Taehyung parecia muito próximo da Nam mais nova, e que a tratava com certo cuidado. Jung Kook sentiu-se aliviado. Não poderia estar ao lado dela, mas Yoo-ri estaria segura, com alguém que a queria bem — e que não a poria em risco, como ele faria se fossem vistos juntos.

 Não poderia estar ao lado dela, mas Yoo-ri estaria segura, com alguém que a queria bem — e que não a poria em risco, como ele faria se fossem vistos juntos

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