EPÍLOGO

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O noivo, onde estava o noivo? Esdras andava ao meu lado, tão sério que eu podia ver uma veia surgir em sua têmpora. Era um fato, Efraim estava atrasado.

— Se ele não aparecer, irei castrá-lo — disse Esdras, revolto.

— Ele vai aparecer, tenho certeza — falei calma, mas por dentro eu estava um caos. Se Efraim não aparecer, o transformarei num Eunuco eu mesma!

Sol não merecia um marido relapso! E agora mais do que nunca eu entendia o porquê Esdras cuidava tanto dela, a senhorita era simplesmente um amor, eu não queria que ela se machucasse, simplesmente não queria!

Devo admitir que eu me encaixei muito bem na família de Esdras, e sinceramente, adorava quando sua mãe e irmãs iam nos visitar, para o desespero de Esdras. Conheci o pai dele também, o homem se parecia muito com ele, em vários aspectos, a covinha principalmente. Ele não pareceu incomodado comigo, muito pelo contrário, quase chorou quando soube que teria um neto do seu único filho homem.

— Olá! — A voz de Efraim fez nós dois viramos para ele. Eu e Esdras estávamos do lado de fora da igreja onde a maioria dos convidados já tinham chegado faz tempo. — Desculpe o atraso, aconteceram tantas coisas que ...

Ignorei o que ele estava falando, minha visão estava nele, digo, no que ele usava. E ele usava um terno... verde. Ao menos a parte de cima era verde.

Que raios de roupa era essa?

— Que merda de... — Tapei a boca do meu marido. Alguém tem que ser a consciência dos dois. Senti um sorriso trêmulo se formar em meus lábios.

— Como estou? A cor combina com meus olhos, não acham? — perguntou Efraim dando uma volta no mesmo lugar.

— Ótimo! Você está bem... autêntico — Sorri... — Não é, Esdras?

— Não é como se minha irmã fosse ver isso de qualquer forma — resmungou Esdras baixo o suficiente para que só eu o escutasse.

Dei um beliscão nele, o fazendo dar uma entortada para o lado.

— Vamos entrar?

Me movi rapidamente, minha barriga estava pequena ainda, 5 meses. Segundo a senhora Mackenzie, eu não teria uma barriga grande, por causa do meu corpo. Mas ainda assim, Esdras me escoltava como se eu tivesse uma barriga enorme, não deixava que ninguém se aproximasse tanto, ele temia algum acidente, penso eu.

A roupa de Efraim certamente chamou atenção das pessoas. Bom, não havia regra nenhuma que não podia casar-se de verde. Combinam com os olhos, com certeza.

Quando Sol apareceu na porta, Efraim ficou boquiaberto. A mulher estava mesmo divina, quase uma princesa mitológica, e a tiara em formato de folhas e cravada com pedras das minas do papai, estava simplesmente maravilhoso naqueles cabelos negros e ondulados. Fiquei muito orgulhosa. Esdras fungou e eu o olhei.

— Você está chorando? — indaguei.

— Óbvio que não — disse ele com uma lágrima descendo pela bochecha.

— Se você diz... — Sorri, voltando-me para a noiva perfeita. Olhei para o noivo, derramando-se em lágrimas. Céus... O Visconde Mackenzie estava presente, e não diferente deles, chorava. A família dela toda chorava, seria sanguíneo?

Senti um movimento na minha barriga, tal como se o bebê quisesse interagir também.

Será que ele sentia através de mim ou estava chorando?

Eu acho que eu tenho uma questão a ser considerada...





AAAA gente eu espero mesmo que vocês tenham gostado dessa história! Saibam que eu a fiz com muito carinho e claro, boas risadas! 

Uma música que me inspirou bastante a escrever foi  Angel Baby de Troye Sivan ( gostei bastante  do ritmo hehe e alguma coisa nela me faz lembrar o casal principal)

Obrigada pelo carinho amores, e este livro é o primeiro de 2.

O segundo é a versão de Esdras, nosso amorzinho, trazendo uma nova perspectiva para a história. 

ATÉ MAIS!!!

UMA DAMA E QUATRO CAVALHEIROS Onde histórias criam vida. Descubra agora