Capítulo 8

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Eliza

Eu não deveria ter confiado na Ana, ela é uma egoísta. Eu me sinto tão idiota por ter tentado ajudar, tudo isso por seu amor obsessivo. O Rodrigo nem sequer gosta dela de verdade, só quer se aproveitar de seus sentimentos.

Ver as pessoas passeando pelo Jardim em família, crianças brincando e casais namorando me faz perceber o quanto me sinto só. Eu sinto falta de meus pais, as vezes sonho com eles e acordo esperando que tudo tenha sindo um pesadelo.

— Eliza. – diz Manuel.

Fico surpresa ao vê-lo.

— Não esperava vê-la por aqui. Está se sentindo bem? – pergunta ele.

— Na verdade, eu só estou me sentindo sozinha, lembrando de meus pais e percebendo que ninguém se importaria se algo mau acontecesse comigo. – digo com lágrimas nos olhos.

— Não é verdade, – ele acaricia meu rosto – eu me importo.

Olho nos seus olhos e o abraço.
As làgrimas caiem de meus olhos, apesar de tudo, ter ele por perto me traz tranquilidade.

— O que acha de fazer algo divertido? – sugere Manuel.

— Acho uma ótima ideia, o que sugere? – pergunto.

Ele segura minha mão e sorri.

— Vem comigo.

Saimos dali e simplesmente sigo ele.

...

— Uau! Um karaoke! – digo animada.

— Eu amo esse lugar, podemos escolher uma música para cantar juntos. – diz Manuel sorridente.

Lembro dele batendo no Rodrigo e não parecem ser a mesma pessoa. Esse Manuel é doce e gentil, o que eu vi, era agressivo.

Bom, não me importo muito com isso. Sei que sua essência é ser amável.

— Gostei da ideia, vamos cantar juntos. – digo sorridente.

Quando estavamos escolhendo a música, alguém começou a cantar yellow de Coldplay e sua voz parecia familiar. Me viro e vejo o Carlos no palco, ele também me vê e sorri para mim enquanto canta.

— Ele canta muito bem. – diz Manuel.

Volto meus olhos para Manuel.

— É verdade, já sei que música vamos cantar. – digo.

— Qual? – pergunta Manuel.

— Dream about you de Selena Gomez com participação do Zayn.

Essa música é perfeita para cantar como me sinto em relação a ele.

— Amei a ideia.

Assim que Carlos terminou de cantar, subimos no palco. Eu estava nervosa, então Manuel começou a cantar e nossos olhares ficaram imersos um no outro. Era como se não houvesse ninguém naquele lugar, só nós dois. Assim como na música, iniciei a cantar na parte da Selena Gomez e nossas vozes se misturaram numa harmonia perfeita para nós dois, para o momento.

No último verso, ele olhou para mim, segurou minha mão. Parecia querer me dizer algo quando de repente saiu correndo do palco. Desci assim que outras pessoas subiram.

— Vocês foram incríveis. – diz Carlos sorridente. – Até pareciam um casal.

— Obrigada. Eu só não entendi porque ele fugiu. – digo.

— Deve ter lembrado de algo. Quer sentar-se comigo? – convida Carlos.

— Quero sim.

Carlos

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