Capítulo 11

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Luiza

Eu fiz o que podia para que tudo fosse pacífico, assim que Eliza saiu dali chorando, não perguntei nada e pedi para que se escondesse em um lugar que fosse um pouco distante daquele área da fábrica.

Assim que ela se afastou, fiz um sinal com a mão para que meus homens e o Marco saissem de onde estavam.

— O que quer que façamos? – pergunta Marco.

— Quero que deêm um susto na Ana e que punam o idiota do Rodrigo, para que nenhum dos dois volte a fazer isso.

Entramos na fábrica.

— Ela é perigosa. – ouço o Rodrigo dizer.

Prefiro pular a parte em que falo, acredite, a acção é melhor. Aqueles dois correm assim mando meus homens os pegarem.

— Marco, cuida do Manuel para mim. Vou atrás deles também. – digo.

— Está bem, vou levar ele para o hospital. Se cuida. – diz Marco.

Corro para alcançar meus homens, aqueles dois continuam fugindo de nós.

No processo a Ana cai, vejo a Eliza escondida ali perto e mando meus homens pararem.

— Vocês podem recuar, eu cuido disso. – digo.

Não quero que a Eliza descubra minha outra forma de ser, pela segurança da minha família e dela também. Quem eu sou só poucas pessoas sabem.

Ana

Estava com muito medo, enquanto corria daquelas pessoas. Tudo só piorou quando caí.

— Rodrigo... Me ajuda. – peço com dor no pé.

Ele olha para trás e pára olhando para mim.

— Eu sinto muito, Ana. Talvez esteja na hora de me esquecer, adeus. – ele correu para longe.

Eu chorei muito ao ver ele se afastar e não me ajudar, não quero mais o amar, eu odeio ele.

— Ana, você está bem? – pergunta Eliza preocupada.

Vejo a Luiza se aproximar, fico assustada, até porque ela é uma criminosa.

— O Rodrigo é um idiota. – Eliza me abraça.

— Estou aqui contigo. – diz ela.

— Pedi para virem nos buscar, o carro deve estar a caminho. – diz Luiza.

Não sei como ela consegue ser sínica, nem parece que é a mesma pessoa que apontou uma arma para mim e para o Rodrigo.

— E o Manuel? – pergunta Eliza.

— Ele foi levado ao hospital, vai ficar bem. – diz Luiza.

...

Fomos ao hospital para ver a lesão no meu pé, enquanto a Eliza foi ver como o Manuel estava, Luiza foi falar comigo.

— Você vai me matar? – indago assustada.

— Não, você é só uma vítima desse idiota. Conheço o Rodrigo há mais tempo que você, ele gosta do que faz e não se importa com ninguém, além de si mesmo. – diz Luiza num tom calmo.

— O que quer dizer com tudo isso? – pergunto.

— Fique longe do Rodrigo, ele é psicopata. Não vale a pena desperdiçar seus sentimentos com ele, eu até queria te dar um susto, mas o que Rodrigo fez já é o suficiente. – ela se vira para ir embora.

Porém, já na porta se vira novamente.

— Guarda meu segredinho que guardo o seu. – diz ela.

— Não tenho segredos. – digo.

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