Luiza
— Que saudades, filha. – diz minha mãe me abraçando.
— Também senti sua falta. – digo após desfazer o abraço.
— Pronta para passar um bom tempo conosco? – pergunta meu padrasto sorridente, o Elias.
— Com minha mãe, sim. – digo sincera.
— Vamos guardar suas coisas. – diz minha mãe.
Elias leva minhas coisas para dentro de casa.
— Me conta as novidades, filha. – diz minha mãe.
— Bom, eu acho que fiz uma nova amiga. – digo.
— Isso é muito bom, ela é da escola? – pergunta ela.
— Sim. – respondo.
— Ela é filha de alguém do ramo de seu pai? – pergunta.
Suspiro.
— Não. Algum problema com o que meu pai faz? – indago começando a ficar irritada.
— Bem... – Elias nos interrompe.
— Devem estar com fome, fiz um lanche para nós. – diz ele.
— Não tenho apetite. – digo.
Sigo para o quarto que sempre fico aqui. Eu sei o que minha mãe pensa do que meu pai faz da vida, mas ela tentar de certa forma me afastar dele me irrita. Eu cresci ouvindo que eu seria herdeira de todo aquele império.
Meu pai trabalha com armas, ele as fornece para muitas pessoas, não importa quem e tem outro negócio, esse é ilícito, ele vende pedras preciosas. Bom, eu estou ciente de que ele é um criminoso de certa forma, mas eu não quero ter uma vida mediocre, quero ter o mesmo poder que meu pai tem e fazer ele se orgulhar de mim.
...
No dia seguinte, minha mãe e o Elias me levam para a escola. Até parece que somos uma família, como se eles fossem os dois meus pais.
— Está entregue, meu amor. – diz minhas mãe.
— Estude muito. – diz Elias.
— Obrigada.
Desço do carro e sigo para meu novo refúgio. No meio do caminho, encontro com a Eliza.
— Oi. – diz ela.
— Oi. – digo e continuo a andar.
Eliza me pára.
— Vocês está diferente, aconteceu algo? – pergunta.
— Não, eu só estou preferindo ficar sozinha ultimamente. – digo.
— Eu entendo. As vezes sinto o mesmo. Não vou mais te incomodar. – diz Eliza seguindo seu caminho.
Deixo ela dar alguns passos e me apresso para a alcançar.
— Está com fome? – pergunto.
— Sim, por quê? – pergunta ela.
Sorrio.
...
— Esse lanche é muito bom. – diz Eliza.
A trouxe para uma lanchonete, acho que se já a considero uma amiga, devo pelo menos ficar ao lado dela nesse momento doloroso.
— Eu amo os lanches daqui. – digo sorridente.
— Podemos vir mais vezes. – diz ela.
— Eliza, está na hora de ir embora. – diz Ana, a prima da Eliza.

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Amor puro
RomansaEliza é uma moça que passa por várias dificuldades na vida, mas sempre busca ser gentil e cuidar dos outros. Apesar de carregar uma grande dor, é positiva e enxerga o mundo com os olhos do amor. Seus pontos fortes são o altruísmo e a amizade. Luiza...