Capítulo 21

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Eliza

Durante esses 4 anos que passaram, muita coisa mudou.
Eu não sou mais a moça de antes, até porque seria estranho ter o mesmo comportamento de uma menina de 13 com 17 anos.

Agora eu sou um pouco diferente de antes, a primeira diferença é que esta hora estaria dormindo, não curtindo a noite. Conheci um novo mundo que não conhecia, como dizia a Luiza diferente do meu “mundo cor de rosa” e agora acho que é violeta.

Falando na Luiza, ela não está mais tão presente nas nossas vidas, nem as aulas ela frequenta como antes.

— Dizem que depois desta tem outra festa. – diz Ana.

— Eu acho que vou ficar por aqui, pedi ao Manuel para me buscar. – digo.

— Seu namoradinho! – diz Ana sorridente.

— Nós não somos namorados, infelizmente. – digo com um sorriso, para disfarçar a tristeza.

Nós tentamos ter algo há algum tempo atrás, mas ele disse que estava confuso sobre seus sentimentos e que podiamos voltar a ser amigos. Bom, é só isso que posso ter dele, enquanto o amo de longe.

— Devia tentar conquistar ele novamente. – diz Ana.

— Eu prefiro não estragar a linda amizade que temos. – digo.

Ana tem sido uma boa amiga, com o tempo mudou bastante sua atitude. Só uma coisa que não mudou, ela ainda é apaixonada pelo Rodrigo.

— Está bem, adeus! – diz Ana.

Uma notificação entra no meu celular: já estou aqui fora.

...

Ao sair do clube nocturno, vejo ele parado ao lado de seu carro e vou até lá.

— Oi. – digo sorridente.

Ver ele sempre alegra meu dia.

— Oi, pronta para ir?

— Sim.

Entramos no carro, ele começa a derigir e fico observando o céu estrelado. As vezes queria que o mito fosse verdade e que as estrelas atendessem desejos.

— Como vão a Luiza e o Carlos? Não tenho falado com eles. – diz Manuel.

Manuel já terminou o ensino secundário, agora está em uma academia de polícia, isso o faz ter menos interações conosco e chega a ficar distante de nós.

— O Carlos está a se preparar para concorrer para a universidade e a Luiza desaparece e aparece de vez em quando. Até as aulas ela não assiste, a sorte dela é que seu QI é além da média e pega toda a matéria rápido. – digo.

— E você? – pergunta ele.

— Bom, aproveito a vida o quanto posso e vou as aulas durante a semana. Minha vida não é interessante. – digo bem humorada.

— Um dia desses poderíamos marcar de animar sua vida e juntar nosso grupo novamente. – diz Manuel.

...

Manuel

Depois de tanto tempo, ainda sinto falta dela. Seu jeito doce, sua risada e alegria.

Não importa o quanto eu tente, nunca vou me acostumar a chegar em casa e não receber seu abraço.

É só abrir a porta que ouço seus risos, a vejo correr para me abraçar. Agora é tudo tão solitário, sem a pequena Helena aqui.

— Como foi o teu dia? – pergunta  Aurora.

— Bom, acabo de deixar uma amiga em casa. – digo.

— A Eliza? – pergunta ela.

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