Amor puro

Capítulo 16

Manuel

Estava muito animado com o encontro, finalmente iria me declarar para a moça que amo.

— Vai ter um encontro? – pergunta Helena.

— Sim. – respondo.

— Finalmente chamou a Luiza para um encontro! Já me vejo levando as alianças ao altar e a pequena Helena, minha sobrinha  a chorar. – diz minha irmãzinha, sonhadora.

— Não é com a Luiza, é com a Eliza, você conheceu ela. – digo.

Helena fica com a expressão desanimada.

— Boa sorte. – Helena sai do meu quarto.

— Ela ficou triste comigo. – digo.

— Normal, ela adora a Luiza, mas irá entender que você será feliz assim. – diz Adriano e sai.

...

Ver a Eliza como uma princesa na minha frente, fez um sorriso se formar em meu rosto.

— Você está linda. – digo.

— Obrigada. – diz Eliza.

— Comprei esta caixa de bonbons para ti. – entrego a caixas.

Eu confesso que não sabia muito bem o que dar para ela, mas a Luiza me deu a ideia de comprar chocolate.

Óbvio que ela ia dar a ideia de algo comestível.

...

Levei ela até uma lanchonete e me veio a ideia de comer com a vista do mar. Essa é a mesma baía para a qual Luiza me trouxe, na noite que fugi da Eliza por quase beijar ela.

— Eu amo o mar, ele é tão calmo e lindo. – diz Eliza.

— Na verdade, ele é traiçoeiro, pode formar uma tempestade de repente. – digo.

Isso me lembrou da Luiza, eu não sei o porquê.

— Estou amando passar um tempo contigo. – diz ela.

— Eu também. – digo.

Em minha imaginação, nosso encontro seria algo tão mágico e eu saberia o que dizer. Estou totalmente perdido no que falar.

— O que você quer me contar? – pergunta.

— Depois, agora vamos nos divertir um pouco. Me segue.

Está quase na hora de eu contar sobre meus sentimentos, mas de repente um medo cresceu aqui dentro. Como se não tivesse mais certeza disso.

— Espera!

Eliza corre atrás de mim.

Vejo um jardim, não há melhor lugar para contar o que sinto.

Lembro de quando a conheci, meu coração bateu mais forte pela primeira vez, eu tinha certeza que era ela.

Compro algodão doce para nós dois, talvez açucar ajude-me a ficar mais calmo.

Por que logo agora tenho tantas dúvidas?

— Obrigada. – diz ela ao receber o algodão doce.

— Você perdeu na corrida, tem que pagar um castigo. – digo.

— Não é justo, você é traiçoeiro como o mar. – diz ela sorridente.

— Não é tão difícil o castigo que terá que pagar. – digo sorridente.

— Qual é o castigo? – pergunta.

— Advinhar o que eu quero te contar. – digo

— Eu não faço a mínima ideia. – diz Eliza