Capítulo 27

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Marco

Meus pais me meteram na maior confusão, eles concordaram em trazer a maior inimiga da Luiza para casa e eu, bom, não tenho escolha a não ser aceitar.

Tenho certeza que quando a Luiza souber disso, nossa amizade acaba. Eu entendo ela, pois por culpa da Diana, a pequena que ela amava morreu.

— Eu sei que você é amigo da Luiza, deve ser difícil olhar para a face da maior inimiga dela todos dias. – diz Diana.

— Meus pais estão a te receber aqui e eu não tenho muita escolha. – digo.

— Vou te confessar uma coisa, eu invejo a Luiza. – diz Diana.

— Por quê? – pergunto.

— Tem tantas pessoas que a amam ao redor dela, pessoas como você. – diz Diana olhando para meus olhos.

— Você também deve ter amigos. – digo.

— Só inimigos, gostaria de ser meu amigo? – pergunta ela.

— É muito estranho ser amigo da maior inimiga da minha amiga. – digo.

— E namorada? – indaga.

— O quê?

Uma assassina como namorada, não podia querer algo melhor que isso!

— Estou a brincar, vamos passar um tempo juntos, pelo menos podemos ser bons colegas de quarto. – diz Diana e se afasta.

O quanto de distância puder manter da Diana, melhor para mim. Sou obrigado a viver com ela, mas não preciso ser amiguinho dela.

Espero que vá para bem longe de mim.

Luana

É uma pena que minha amiga não possa sair para se divertir por enquanto, devido à essa guerra. Não entendo porque o senhor Rogério insiste em envolver a Luiza nisso, meu pai nem sequer fala de negócios comigo, meu irmão que carrega a responsabilidade, já eu posso fazer o que quiser.

Por isso estou neste clube nocturno, curtindo a noite.

— Luana, que surpresa te encontrar aqui. – diz Eliza ao lado do Lauro.

Conheço ele por vista, tenho a impressão que ele sempre foge de mim.

— Estava a precisar me divertir um pouco. – digo.

— Aproveita a noite, eu vou falar com minha prima e já volto. – diz Eliza.

— Quer beber algo? – pergunto ao Lauro.

— E-e-eu acho que sim, posso ir pegar para nós. – diz ele.

Seguro sua mão, o impedindo.

— Por que eu sinto que está sempre fingindo de mim? – indago.

— Eu não fujo de ti, só coinscide de eu estar de saída e você chegar. – diz Lauro.

— Eu ainda estou convencida. – me aproximo dele, que acaba por tropeçar ao recuar.

Eu rio da cena.

Sempre o via na biblioteca da escola, a ajudar os colegas com a matéria e as vezes a conversar com o Carlos e até com a Luiza.

— Segura minha mão, vamos beber um pouco para você se soltar. – digo ao ajudá-lo a se levantar.

...

Depois de alguns copos juntos, fomos dançar com os outros, o Lauro dança de um jeito desajeitado e isso me arrancou vários risos.

— Eu sempre quis fazer isso. – grita Lauro animado.

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