Capítulo 49

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Carlos

...

Ao entrar em minha casa, vejo Angelica com os pés e mãos amarrados, sua boca fechada por um pano.

— Meu amor, o que fizeram contigo? – a abraço e sinto suas lágrimas molharem meu ombro.

Me afasto e tiro sua amordaça.

— Eu fiquei com muito medo, quem eram aqueles homens? – pergunta Angelica em meio a lágrimas.

A desamarro.

— Não tenho tempo para explicar, precisamos ir embora. – digo.

— Por quê? O que está a acontecer?

— Você precisa confiar em mim, eu prometo que explico tudo depois.

Rapidamente pegamos nossas coisas e saímos de nossa casa.

Entramos no carro e seguimos para um lugar que tenho certeza que ninguém irá nos procurar.

— Essa é casa do Adriano e de minha prima. – diz Angelica.

— Era, eu a comprei. Vamos ficar aqui por enquanto. – digo.

Angelica me abraça.

— Estou com muito medo.

— Não se preocupe, eu vou cuidar de nos manter seguros. – digo acariciando a cabeça de Angelica.

— Eu estou sentindo uma dor forte no estômago, me leva para o hospital. – pede ela.

— Teremos que tomar cuidado, não quero que aquelas pessoas nos encontrem. Mas eu te levo até lá.

...

Depois de algum tempo, após ter examinado minha esposa, o médico retorna.

— O que eu tenho, doutor? – pergunta Angelica.

— Bom, tudo indica que você está grávida, mas temos que fazer um exame para ter certeza. – diz ele.

Angelica sorri.

— Eu vou ser mãe, ouviu isso, amor?

— Sim, mas vamos esperar o exame para confirmar. – digo.

— Não precisa, eu sinto que é verdade.

Agora mais do que nunca, tenho que cuidar de minha família e ir para longe de tudo isso.

Eu sentirei falta de meus amigos, da minha sobrinha esperta e de tudo que construí aqui.

Quando ia sair do hospital, cruzei com Marco no corredor.

— Soube o que aconteceu com vocês, vou vos ajudar a sair do país. – diz ele.

— Não preciso de sua ajuda e não confio em ti.

— Eu não me importo com isso, apesar de praticamente ter apunhalado a Luiza pelas costas, sei que ela não iria querer seu mal, por isso quero ajudar.

— Não é como se eu tivesse muita escolha. – digo ao lado de Angelica que segura forte minha mão.

— Venham comigo. – diz Marco.

Luiza

...

— Eu deveria fazer uma joia para sua filha, algo feito especialmente para ela. – diz André.

— Não sei se será uma menina ou um menino, André. – digo olhando para as joias na pratileira.

— Tem que ser uma princesa, linda como a mãe, não um menino, feio como o pai. – diz André.

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