Capítulo 31

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Carlos

Eu não sou o tipo de pessoa que gosta de festas nocturnas, mas o Lauro insistiu tanto que fui.

Felizmente consegui sair, agora deve estar com sua crush. Espero que ele aproveite.

Caminhando pela rua até a paragem, para pegar o autocarro, uma moça que pedalava de forma descoordenada cai.

Me aproximo dela.

— Está tudo bem? – pergunto.

Ela sorri sem jeito e se levanta.

— Sim, obrigada por se preocupar. – diz ela.

— Tem certeza? Não precisa de ajuda? – pergunto.

— Qual é o seu nome? – pergunta ela.

— Carlos e o seu?

— Angelica, foi um prazer conhecer você, eu tenho que ir. – diz ela e se afasta.

Bom, eu pego meu transporte e sigo para casa.

Marco

Aqueles três, Manuel, Eliza e Carlos me avisaram de última hora da surpresa da Luiza.

Eu não tenho ideia do que dar para ela, fiquei de comprar um presente com a Luana.

— É hoje o aniversário dela, não é? – pergunta Diana.

— Não acho que se importa com isso, a não ser que queira arruinar o dia dela. – digo.

— Não me importo mesmo, só queria saber de você. O que faria você não desconfiar de minhas intenções? – pergunta ela.

— Você não ser a inimiga da Luiza. Eu sei que a odeia, que quer a magoar, por isso não posso confiar em ti. – digo.

— Mas e o que te contei? Meus pais me matariam, se soubessem o que fiz, mas ainda assim confiei em você e te contei. – diz ela olhando no fundo de meus olhos.

Por um momento, parecia apenas uma moça sensível abrindo seu coração, mas não posso deixar isso me afectar.

— Por que é tão importante para ti, eu acreditar em ti? – pergunto.

— Eu gosto de você.

— Marco, vamos logo comprar um presente para Luiza. – grita Luana do lado de fora.

— Eu preciso ir.

Saio dali ainda perturbado com a  confissão da Diana. Ela é conhecida por ser traiçoeira, tudo isso deve ser algum tipo de armadilha, ela não tem sentimentos por ninguém.

— Demorou, vamos logo.

Carlos

Acordei bem cedo, preparei os ingredientes para fazer o presente da Luiza e desta vez tenho uma ajuda especial.

A Eliza decidiu vir me ajudar a fazer a sobremesa mais deliciosa para Luiza.

— Imagina como a Luiza vai ficar, assim que ver esses cupcakes de chocolate com calda de morango. – diz Eliza pensativa e sorridente.

Faz tempo que não ficava a sós com a Eliza, isso me faz perceber que essa distância ajudou a lidar com a realidade de um amor não correspondido. Eu sou feliz por ser seu amigo, alguém com quem pode contar, mesmo que nunca saiba o que sinto por ela.

— Por que está olhando assim para mim? – pergunta Eliza me tirando de meus pensamentos.

— Nada, vamos começar a fazer os cupcakes.

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