Capítulo 42

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Eliza

...

Passei pelos luagares que me trazem lindas lembranças, o jardim onde conheci meus amigos, minha antiga escola onde passei bons momentos com os três amigos e onde conheci a Luiza. Quem diria que aquela moça desconfiada ia se tornar minha amiga?! E depois, vim a descobrir que temos o mesmo sangue. Não poderia pedir melhor irmã no mundo, ela é a única coisa boa da minha família de sangue.

E por fim, acabei indo para o bar que tem karaokê. Esse lugar me dá muitas boas lembranças, principalmente das vezes que cantei com o Manuel.

Sinto falta de todos, mas me afastar foi a melhor escolha que tomei, pelo menos sei que estão bem e felizes. Sua felicidade me consola de todo o resto.

Fico sentada na bancada bebendo minha bebida e refletindo por um bom tempo, até que uma mão toca meu ombro.

Me viro e vejo ele.

Mesmo depois de tanto tempo, é como se nada tivesse mudado, ainda tinha o mesmo olhar de sempre.

— Manuel. – o abraço – Que saudades!

Manuel

...

— Eu queria ter ficado mais um pouco. – reclama minha filha.

— Logo logo, você vai visitar ele de novo, mas enquanto isso vai ficar com o pai e a mãe. – digo.

A pequena Andra boceja.

— Acho que alguém ainda está com sono. – diz Luiza olhando para Andra com ternura.

— Só um pouquinho. – diz Andra sonolenta.

— Dá um abraço no seu pai e vou te colocar para dormir. – diz Luiza.

A pequena vem até mim e a carrego, recebendo seu abraço assim que me ponho de pé.

— Boa noite, pai. – diz a pequena.

— Boa noite, filha. – beijo sua testa e a coloco no chão.

As duas vão até o quarto e recebo uma ligação.

Era do Inácio, meu colega de trabalho.

— Alô.

— E aí, meu amigo? Tenho um convite para você, o pessoal vai se reunir aqui no bar e você está intimado a vir. – diz Inácio do outro lado da linha.

— Eu não posso sair, não quero deixar a Luiza e minha filha sozinha... – Luiza me surpreende e pega o celular.

— Ele vai. – ela devolve o celular.

— Estamos te esperando. – Inácio desliga.

— Por que respondeu que eu ia? – pergunto.

— Você precisa sair um pouco e se distrair, só trabalha e isso não é bom, tem que relaxar. – diz Luiza.

— Olha quem fala! – me aproximo dela e toco seu rosto – Vem comigo então.

— É um programa de amigos, não é uma boa ideia. Noutro dia nós podemos sair juntos, agora vai encontrar com eles. – diz ela.

— Tenho certeza que não se importariam, mas tudo bem. Não vou demorar muito lá. – a beijo com paixão.

É engraçado, que mesmo que os anos passem, meu amor por ela só cresce. Não consigo me imaginar sem ela e nossa filha, é como se eu fosse deixar de existir.

A amo com toda minha alma e desejo passar toda a minha vida ao seu lado.

Ela se afasta com um sorriso.

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