Amor puro

Capítulo 25

Luiza

Dois anos atrás...

Passar um tempo com a Helena é a melhor coisa que existe, meio que sou como sua irmã mais velha e ela minha mais nova.

Hoje teremos nossa noite das meninas, com certeza vamos comer muito doce e maratonar desenhos animados.

— Tem certeza que vai ficar bem sozinha? – pergunta Manuel enquanto entro pela porta.

— Ela não vai ficar sozinha. – digo.

Helena corre em minha direcção e me abraça.

— Minha irmã de coração. – diz a pequena.

— Parece que a Luiza roubou sua irmã. – diz Eliza sorridente.

Depois de toda aquela tensão, voltamos a ser como antes, amigas.

— Bom, eu deixo-a contigo. – diz Manuel.

— Não se preocupe, vamos nos divertir muito. – digo.

...

Como previsto, a bagunça foi completa. Desde guerra de travisseiro, brincar de desfile de moda, karaokê, maratona de desenhos animados e o último item comer vários doces.

Só teve um pequeno problema, os que fizemos acabaram queimando.

— Nossa noite está arruinada, eu queria tanto comer aqueles doces. – diz a pequena triste.

Suspiro.

— Eu também queria, mas não tem nenhum aqui e somos um desastre na cozinha. – digo.

— Eu tive uma ideia, podemos ir comprar na pastelaria. – sugere Helena.

— Óptima ideia, mas não precisamos ir juntas, você pode ficar a ver desenhos. Eu volto já. – digo.

— Está bem, não demora. – diz a pequena.

...

Acabei demorando um pouco para voltar, pois a pastelaria mais próxima estava fechada, no caminho de volta recebi uma ligação.

— Alô! – atendo.

— Você é uma menina muito má e rancorosa.

Reconheci a voz da vadia da Diana assim que falou a primeira palavra.

— O que você quer? – pergunto de forma grosseira.

— Retribuir o que fez com minha família. Minha prima tem crises de pânico até hoje por causa daqueles insectos que infestaram minha casa e vários dos meus homens morreram por causa daqueles escorpiões. – diz Diana.

— Eu não me importo, devia ter pensado nisso antes de me enganar. – digo.

— Se fosse um pouco mais empática, quem sabe eu deixaria a Helene viver?!– diz Diana irônica.

—  Não chega perto dela. – digo com raiva e no fundo medo.

— Eu não, mas as chamas com certeza irão. – diz Diana e desliga o celular.

Nunca corri tanto na minha vida, não me perdoaria se ela se ferisse por minha causa.

A Diana não pode ser tão cruel assim...