Capítulo 47

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Manuel

Acordo com braços me envolvendo num abraço, quando vejo o rosto de quem me abraça, me afasto assustado, fazendo a pessoa ao meu lado abrir os olhos e me observar pensativa.

— O que nós fizemos? – pergunto colocando a mão na cabeça, percebendo o que deve ter acontecido.

Eliza suspira e se senta, cubrindo-se com um lençol.

— Você não lembra? – pergunta.

Aos poucos lembro do que aconteceu, eu e a Eliza estavamos bebendo, quando ela se declarou para mim e me beijou. E... eu retribui, meu Deus! Eu estraguei tudo, minha família está acabada.

— Isso foi o pior erro que já cometi na minha vida. – digo.

— Para mim não foi um erro, não serei hipócrita. Foi especial e mesmo sabendo que foi errado, não me arrependo. – olho para Eliza incrédulo do que ouvi.

— Eu acho melhor esquecer o que aconteceu entre nós. Não faz mais sentido ficar aqui. – pego minha roupa e visto-me rapidamente – Você tinha razão, era melhor não ter voltado para nossas vidas.

Saio dali me amaldiçoando mentalmente por ser o maior idiota de todos, além de trair a Luiza, destruí a minha amizade com a Eliza.

Como pude ser tão idiota? Como poderei encarar a Luiza depois disso?

Preciso encontrar uma solução para a confusão que criei.

...

Contei tudo o que aconteceu para o Carlos e pedi para ficar em sua casa por um tempo.

— Eu não acredito que você fez isso com a Luiza e o pior, mais uma vez magouo a Eliza. – diz Carlos indignado.

— Eu fui um idiota, estraguei tudo e tenho certeza que a Luiza não irá me perdoar por isso. – digo desesperado.

— Pode ficar aqui por um tempo, depois conversa com a Luiza e seja sincero com ela. – diz Carlos.

— Eu não sei se sou tão corajoso. – Carlos coloca a mão no meu ombro como consolo.

— Aconteça o que acontecer, ainda me terá aqui. – diz ele.

De repente a porta abre e por entram a esposa do Carlos, Andra e a Luiza.

Luiza

...

— Bom dia, pai! – digo ao entrar na minha antiga casa.

— Bom dia, minha herdeira. – diz meu pai com um sorriso.

— Eu prefiro que me chame de filha. Onde está o Ruan? – pergunto.

— Na fábrica, você anda distante dos nossos negócios, o que aconteceu? – pergunta meu pai.

— Problemas que em breve irei resolver. – digo.

— Soube de seus problemas, eu te avisei que isso ia acontecer algum dia. O Manuel não é o parceiro certo para ti. – diz meu pai.

— Nós já falamos sobre isso, eu o amo e essa é uma escolha minha. – digo.

— Está certo, tudo que desejo é que seja feliz.

— E a tia Eugénia? Como está? – pergunto.

— Por que a preocupação com ela?

— Ela é minha tia, apesar de tudo, me preocupo com ela.

— Não se preocupe com ela, está melhor do que antes, com certeza.

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