Capítulo 12

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Eliza

Com os preparativos para o baile, a escola estava mais animada e eu mais disposta.

Agora estavamos todos juntos, eu, Luiza, Carlos e Manuel. Nosso laço de amizade está se fortalecendo, espero que dure por muito tempo.

— Todos parecem animados para o baile. – comenta Carlos.

— Menos a Luiza, parece que está em outra dimensão. – diz Manuel.

— Eu estou bem aqui, ao vosso lado. Só que... – o celular dela toca – Eu já volto.

Luiza se afasta.

— Eu acho que tem algo a incomodá-la. – diz Manuel.

— Ela parece preocupada com algo, mas tenho certeza que não irá compartilhar. – digo.

Ana se aproxima de nossa mesa.

— Eu posso me sentar aqui? – diz ela toda envergonhada.

— Pessoal, eu tenho que ir... – Luiza interrompe sua fala.

— Me desculpem, não queria incomodar. – diz Ana se virando para ir embora.

Luiza suspira.

— Para mim, tanto faz. Se vocês quiserem, podem deixar ela sentar. Eu já vou. – sai apressada, sem que possamos questionar algo.

— Eu lembrei de algo que tenho que fazer, até mais. – Manuel praticamente foge.

— Senta. – digo.

— Obrigada. – diz Ana com um sorriso.

Carlos também estava pensando em alguma desculpa para fugir, tenho certeza.

— Você já tem par para o baile? – pergunto.

— Não, nem sei se vou. – diz ela.

— Vai ser divertido, tens que ir, prima. – digo a animando.

— Eu vou para a biblioteca, depois nos falamos. – Carlos finalmente foge como todos.

Sei que eles não gostam dela, Manuel tem seus motivos, Luiza também e o Carlos por ela ter me acusado de roubo. Não contamos para ele sobre o sequestro.

— Tem falado com o Rodrigo? – pergunto.

— Não... Eu não falei mais com ele, estou tentando tirar ele da minha mente... Afinal de contas, ele não sente nada por mim. – diz Ana cabisbaixa.

— Não se preocupe, estou aqui contigo. Vai passar. – digo com um sorriso.

...

Manuel

Eu sei que tem algo incomodando a Luiza, também sei que ela não irá me contar. Então decidi segui-la.

Ela entrou num prédio, depois saiu com a Luana.

As duas pegaram um carro, que foi até um shopping center. Compraram várias roupas, almoçaram e até cantaram karaokê. Eu até agora não acredito, que a Luiza perderia aula para isso.

Persisti na minha investigação, até que de repente a perdi de vista. A procurei, mas não encontrei.

Estava indo embora, quando me deparo com a Luiza, com a expressão de irritação.

— Por que está a me seguir? – pergunta.

— Eu não... – ela me interrompe.

— Não gosto que se metam na minha vida, se quiser ser meu amigo, respeite meu espaço. – diz se virando para ir embora.

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