Capítulo 29

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Luiza

Depois da aula, Diana foi falar comigo.

— Uma cobra? É sério isso? – indaga Diana com um sorriso irônico.

Sabia que era actuação, aquilo de moça assustada.

— É sua familiar, não gostou? – pergunto irônica.

— Eu pensei que soubesse jogar, mas pelos vistos tudo o que falam é mentira, você nem consegue se controlar ao me ver e ainda acha que uma cobra irá me assustar. Você é patética. – diz Diana.

— Eu não queria te assustar, foi só um presente de boas vindas. Se eu realmente quisesse brincar, envolveria fogo. – digo firme.

— Então, pretende que eu seja a primeira que irá matar? – indaga Diana com um sorriso irônico.

— Eu não vou sujar minhas mãos contigo. – digo.

Diana ri.

— Um dia não irá poder fugir e terá que matar, todos do nosso ramo sujam as mãos. – ela se aproxima de mim – Eu ia amar ter seu sangue nas minhas mãos, é melhor tomar cuidado.

Diana sai com um sorriso vitorioso.

Eu tenho noção de que um dia serei obrigada a matar alguém, mas não quero que seja por vontade própria e sim por defesa, como o último recurso.

Agora tenho que ficar atenta à essa assassina, sei que não estava a falar por falar. Eu realmente terei que tomar mais cuidado, principalmente amanhã que é meu aniversário. E não vou passar em casa, me recuso.

Carlos

...

— Luiza anda muito estressada, não sei se irá aproveitar nossa surpresa. – diz Eliza.

— Acho que ela vai gostar, vai fazer ela esquecer os problemas e o tal de André está a pagar tudo, podemos organizar algo com tudo que ela merece. – digo.

— Verdade, nossa amiga merece o melhor. – diz Eliza com um sorriso no rosto.

Fico feliz que apesar de tudo o que aconteceu, ela esteja feliz. Também como não estar, isso a aproximou do Manuel e sei que está com as esperanças renovadas. Se esse é o caminho para sua felicidade, espero que dê tudo certo entre eles.

Luiza se senta à mesa conosco.

— Está mais calma? – pergunta Eliza.

— Nunca estive nervosa, só não estou me sentindo muito bem. – diz Luiza com a expressão de incômodo.

— O que você sente? – pergunto.

— Não sei, eu estava bem antes. Eu falei com a Diana por um tempo, depois vim para cá e de repente  senti uma tontura. – diz Luiza.

— Você comeu? – pergunto à Luiza.

— Não, estava com pressa de manhã. – responde ela.

— Vou procurar algo para você comer. – digo.

— Não precisa, eu mesma vou. – Luiza se levanta.

Nesse momento Manuel aparece do nada.

— Olá, pessoal. – diz ele.

Luiza desmaia.

Corremos para a socorrer.

— O que aconteceu com ela? – pergunta Manuel.

— É o que acontece quando a Luiza decide não se alimentar bem. – digo.

A colocamos na cadeira.

— Vou levar ela à enfermaria, depois volto para aqui. – diz Manuel a colocando em seus braços.

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