Capítulo 6

22 12 0
                                        

Luiza

Confesso que estava amando essa nova rotina, meu padrasto e minha mãe fizeram sentir-me em casa. Meu pai estava certo quando disse que ficar com eles ia me fazer bem, estou me sentindo bem melhor.

Estou fazendo amigos, voltei a me reaproximar da Eliza. Não converso tanto com o Carlos, mas aos poucos estamos baixando a guarda, pela Eliza. Já quem virou meu amigo de infância é o Manuel, nós estamos quase sempre juntos, ele já até foi na minha nova casa, conheceu o Elias e minha mãe. Eles não param de me provocar dizendo que nós somos namorados. Enfim, eu não sabia que esse tipo de rotina normal ia me fazer feliz. É uma pena que tudo que é bom acaba.

Deixa te contar como começou aquele dia.

Acordei animada, me higienizei e fui para a sala.

— Bom dia, flor do dia! – diz Elias alegremente.

— Como descansou, meu amor? – pergunta minha mãe assim que me dá um beijo na testa.

— Bem. Estou feliz de estar com vocês. – digo.

— Nós também, você iluminou nossas vidas. – diz Elias.

— Se você quiser, podemos passar os finais de semana juntos. – sugere minha mãe.

— É uma boa ideia. – sorrio.

Alguém bate a porta e o Elias vai abri-lá.

— Bom dia, família! – diz Manuel animado, ao lado da pequena Helena e com uma cesta cheia de coisas gostosas.

— Oh, que gentil! Não precisava, meu filho e ainda trouxe sua linda irmã. – diz minha mãe.

— Diz “oi” para a mãe da Luiza. – diz Manuel.

— Oi, eu sou a Helena. É um prazer conhecer vocês. – diz a pequena.

É a segunda vez que encontro a Helena, mas parece que a conheço tão bem, pois ele fala muito sobre a irmã.

— Você é muito fofa, o prazer é todo nosso. – diz minha mãe e pega na mãozinha dela enquanto conversa com a pequena.

— Você sempre surpreendendo, por que não faz isso para paquerar a moça que gosta? – pergunto.

— Porque você é minha namorada, lembra? – sussurra Manuel.

— Vamos comer, crianças. – nos chama meu padrasto.

Comemos em um ambiente animado e alegre. Todos dias aqui são incríveis, mas hoje está especialmente mais gostoso que os outros. Eu sinto falta de provocar meu irmão e de ver meu pai, mas estou me sentindo em casa aqui e sinceramente, não queria ter que ir embora.

...

Depois de matabicharmos, fui passear com Manuel e Helena. Levamos ela para brincar nos brinquedos do Jardim, comer algodão doce... Enfim, passamos um bom tempo brincando com a Helena.

— Eu gosto de você, Luiza. – diz Helena.

— Eu também gosto de você. – digo.

— Meu irmão tem bons olhos, com certeza quer namorar contigo. E eu apoio totalmente, ele é meio bobo mas tem um bom coração. – diz Helena.

Rio.

— Eu não sou bobo. – uma notificação apita no celular do Manuel. – O Adriano está vindo te buscar.

— Que bom. – diz a Helena.

— Não gostou do passeio? – pergunto.

— Não é isso, só que... Assim podem ficar sozinhos. – diz Helena sorridente.

Amor puro Onde histórias criam vida. Descubra agora