Assim que o carro parou em frente ao prédio, Rana ficou maravilhada com a arquitetura. Olhou para cima, observando os detalhes das janelas, pequenas esculturas nas paredes.
Subiram pelo elevador. Só então se deu conta que o restaurante ficava no último andar, com um teto de vidro que permitia ver as luzes da cidade.
Uma mulher loira, de olhos verdes, magra e alta se aproximou de Sergei, sorridente:
- Um prazer revê-lo após tanto tempo. Está sozinho?
Ele olhou para trás, Rana estava do outro lado, em cima de um pequeno degrau da parede, olhando através do vidro para o lado de fora.
Respondeu:
- Não, estou com a minha noiva - apontou - gostaria de uma mesa com a melhor vista da cidade.
A mulher ficou surpresa:
- Claro, vou pedir que providenciem agora mesmo.
Sergei andou até ela, tocando de leve no seu ombro:
- Vamos, vai ter a melhor vista do lugar.
Ela olhou para sua mão estendida e a segurou. Ele a guiou por entre as mesas e algumas pessoas cochichavam, olhando para o casal.
A mesa reservada para eles ficava em uma espécie de terraço, onde parte da parede também era de vidro. Rana se sentou e pegou o cardápio oferecido pelo garçom. Olhou rapidamente, até que se fixou em um determinado ponto. Levantou os olhos e viu que Sergei a observava, atentamente. Estava curioso para saber qual prato havia chamado sua atenção.
Ela se antecipou:
- Margret de canard. Não vou querer nenhuma entrada.
Ele fez sinal para o garçom:
Margret de canard para ela, bacalhau com aspargos e uma garrafa de Sauvignon branco, para mim.
Ela sorriu, sem graça:
- Água com gás e bastante gelo, por favor.
Assim que ficaram sozinhos, ele comentou:
- O prato que pediu também tem a ver com o ex-namorado francês.
- Sim, nós ficamos juntos por algum tempo, até ele insistir em conhecer a minha família.
Sergei levantou uma das sobrancelhas:
- Hum.
Pegou a cigarreira, sendo advertido:
- Você deveria tentar fumar menos. Pela sua saúde.
- Incomoda você?
- Um pouco, o cheiro é forte e você pode ficar doente.
Ele desistiu de fumar, guardando o estojo de prata no bolso do paletó.
Rana colocou um dos cotovelos sobre a mesa, segurando o queixo:
- Qual é o seu ramo de negócios?
- Entorpecentes e boates.
Ela respirou fundo:
- É um modo chique de se referir ao submundo. Nada de armas?
Sergei sentia falta do cigarro e agradeceu, aliviado, quando o garçom apareceu com a garrafa de vinho já aberta, o servindo em seguida.
Tomou um gole:
- Toda a parte de armamentos é administrada por Letizia.
Rana bebeu um pouco de água, franzindo o nariz por causa do gás, que formava pequenas bolhas, fazendo cócegas. Continuou:
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O acordo (Rana & Sergei) (livro 3)
Ficção Geral"Ficou um pouco assustada. Sua irmã tinha apenas 20 anos. O homem à sua frente devia ter em torno de 45 ou 50 anos. Não deixava de ser interessante, embora um tanto rústico para o seu gosto, mas pensar em unir Aika à ele era um absurdo. Notou que el...