Capítulo 19 - Apego

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Rana encontrava-se aflita, na entrada da mansão. Olhou para Yelena que a acalmou dizendo que a mesa estava posta e o jantar pronto, só aguardando os convidados.

- Vai acabar afundando o chão de tanto andar de um lado para o outro.

Virou-se e viu Sergei, que vestia uma calça jeans, camisa branca, cinto e sapatos marrons. Atrás dele Dimitri, vestindo uma roupa parecida, só que com acessórios em preto.

Sorriu:

- Vocês estão elegantes. Não era necessário que Dimitri saísse da academia só por isso.

Foi abraçada pelo seu marido:

- Era sim. Para que seu ex-chefe saiba que você é parte da nossa família.

O portão foi aberto e os seguranças avisaram que os convidados haviam chegado. Uma van preta parou em frente as escadas. William saiu do carro, seguido por Jimmy e alguns homens que se posicionaram do lado de fora.

Olhou para Rana e a abraçou:

- Filha, está bem?

Ela o apertou:

- Sim.

Logo em seguida foi a vez de Jimmy, que a levantou do chão, arrancando uma risada:

- Flecha!

Os dois homens ficaram sérios ao ver Sergei e Dimitri.

Percebendo o incômodo, Rana se antecipou, fazendo as apresentações:

- William e Jimmy, esses são Sergei, meu marido e Dimitri, meu enteado.

Apertaram as mãos e seguiram para a sala principal. Rana se sentou ao lado de Sergei, no sofá maior, enquanto Dimitri foi pedir para os empregados trazerem as bebidas.

William olhou em volta, se dirigindo à Sergei:

- Sua propriedade é luxuosa e bem vigiada.

Ele segurou a mão de Rana:

- A casa é tão minha quanto de minha esposa – sorriu para ela – na minha ausência e de meu filho, ela é a herdeira.

Viu os dois homens à sua frente ficarem espantados.

William continuou:

- Rana para mim é como uma filha.

Jimmy complementou:

- E para mim, uma irmã.

As criadas entraram trazendo as bebidas. Os dois visitantes se serviram de whisky.

Sergei resolveu puxar conversa:

- Vocês trabalham como mercenários, executando serviços contra as organizações?

Rana fechou os olhos por um instante, preocupada. Ouviu a voz do seu segundo pai:

- Sim, combatemos o tráfico de pessoas e o contrabando de drogas

- Foi uma grande destruição, nos Estados Unidos. Ficamos sabendo por um dos nossos, que estava lá, na época. O grupo americano estava passando dos limites, sequestrando mulheres para prostituição.

William continuou:

- Mas você tem boates, não?

- As garotas trabalham de forma voluntária, nunca foram obrigadas.

Rana interrompeu:

- Sim, é verdade. Eu mesma perguntei para uma delas. Muitas estão passando necessidade nas ruas e vem pedir trabalho.

O acordo (Rana & Sergei) (livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora