Rana continuava na UTI, sem sinais de melhora.
Após o segundo dia, Sergei teve um acesso de fúria. Desconfiado que a organização asiática estava por trás do ataque, comunicou à Kravan que se ela não sobrevivesse, ele deveria se render ou enfrentaria parte de seu exército somado ao de Letizia, declarando guerra entre as facções.
Kravan por sua vez, sabendo que não teria como resistir à ameaça russa, principalmente por parte de Letizia, deixou claro que não tinha nenhum envolvimento com o que havia acontecido, oferecendo seus melhores homens para auxiliá-lo a achar os culpados, solicitando que o acordo de paz fosse agilizado.
Bóris entrou rapidamente no escritório, com um envelope em mãos:
- Aqui está, assinado por Kravan!
Observou a expressão cansada de seu amigo e líder.
Sergei não dormia desde que Rana havia sido atingida, se dividindo entre o hospital e os negócios.
Pegou o papel e assinou no local indicado:
- Pelo menos Dimitri estará seguro.
Ouviu o toque do celular, atendendo rapidamente. Saiu apressado, os médicos o estavam chamando no hospital. Entrou no carro, dizendo para o motorista acelerar. Ao chegar na recepção foi orientado a subir direto na UTI.
Com medo das notícias, sentiu o coração bater descompassado.Se lembrou do antigo treinamento e fechou os olhos dentro do elevador, tentando manter as emoções longe, mas de nada adiantou.
Foi recebido na entrada da unidade por um médico mais jovem do que os demais:
- Sr. Sergei...
Não deixou que terminasse a frase:
- O que aconteceu?
O jovem olhou para ele, fazendo com que entrasse:
- Vou deixar que veja por si mesmo.
Não conseguia respirar direito. E se não houvesse jeito?
Apoiou uma das mãos no corredor, se abaixando e tentando puxar o ar pela boca. Foi socorrido por Dimitri, que havia acabado de sair do quarto e o fez sentar em uma das cadeiras do lado de fora da acomodação:
- Pai, está passando mal?
Olhou para o filho:
- Ela piorou?
Dimitri entrou e abriu as cortinas. Rana estava sentada na cama, sendo alimentada por uma das enfermeiras. Continuava pálida, mas ao levantar os olhos o enxergou pelo vidro e sorriu.
Sergei passou as mãos pelos olhos, como se não acreditasse. Ao constatar que era verdade, colocou a mão sobre o peito, levantando e caminhando até a cama.
Rana pediu para a enfermeira sair, assim como Dimitri. Tentou se mexer, mas estava fraca.
Estendeu as mãos para ele, que a abraçou com força.
Ela riu, baixo:
- Devagar, eu ainda estou me recuperando.
Ainda sem acreditar, Sergei passou as mãos pelo rosto delicado, prestando atenção nos olhos amendoados, que tinham vida novamente:
- Pensei que ia perder você. Estava preparado para começar uma guerra contra Kravan.
Os olhos de Rana brilharam:
- Ele assinou o acordo?
- Sim.
Ela reclinou, encostando o rosto no travesseiro, ficando de lado para poder olhá-lo, segurando sua mão.
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O acordo (Rana & Sergei) (livro 3)
General Fiction"Ficou um pouco assustada. Sua irmã tinha apenas 20 anos. O homem à sua frente devia ter em torno de 45 ou 50 anos. Não deixava de ser interessante, embora um tanto rústico para o seu gosto, mas pensar em unir Aika à ele era um absurdo. Notou que el...
