Na melodia dos corpos - Tom Kaulitz

Capítulo V

Dias depois...

Acordei sentindo meu corpo inteiro cansado, parecia que um caminhão havia passado por cima de mim ontem. Eu cheguei tão tarde em casa e dormi praticamente o dia inteiro.

Estava tudo uma bagunça e eu tinha uma pilha de contas em cima da estante para poder pagar.

Respiro fundo e vejo o retrato de minha mãe. Ela estava linda naquela foto... me lembro do quanto ela me apoiava nos meus sonhos. Com certeza ela estaria orgulhosa de mim agora.

Como eu queria que ela estivesse aqui.

Tiro toda a minha roupa e vou direto para o banho, pois precisava trabalhar essa noite ainda. Estava um pouco cedo, mas assim eu poderia me arrumar com calma. Depois de tomar meu banho, procuro pela roupa que vou usar no trabalho e me visto.

Vou até o espelho e faço uma maquiagem para disfarçar minha cara de exaustão. Depois arrumo o meu cabelo e calço os meus sapatos.

Lavo a louça e organizo algumas coisas enquanto pego uma fatia de pizza que estava na geladeira e como gelada do jeito que estava.

Nesse tempo, meu telefone toca e eu vejo que é o Tom. Penso em não atender, mas poderia ser algo importante, então atendo.

— Oi. — Digo ao atender o telefone.

— Gostei de ver, me obedecendo.

— Ligou para me encher o saco?

— Liguei para dizer que você esqueceu sua bolsa no estúdio.

— Ah, nossa! — Respiro fundo. — Você pode guardar para mim? Amanhã eu busco.

— Por que não hoje?

— Porque estou saindo para trabalhar daqui a alguns minutos. — Digo.

— Eu levo a bolsa aí, relaxa.

— Não dá tempo, você sabe.

— Claro que dá, estou aqui na porta.

— Não tá não!

Vou caminhando até a minha porta, destrancando e abrindo a mesma, dando de cara com Tom que tinha um sorriso sacana no rosto.

— E aí? — Ele desliga a ligação.

— Você é impossível, não é? — Cruzo os braços.

— Não vai me convidar para entrar?

— Não!

— Então eu me convido sozinho. — Ele passa por mim com a minha bolsa pendurada em seu braço.

— Alguém já te falou que você é muito folgado? — Fecho a porta.

— Para falar a verdade, várias pessoas. — Tom se senta no sofá. — Por que vai trabalhar?

— Eu tenho contas para pagar, né? Preciso trabalhar.

— Mas você tá na banda agora, logo menos vai precisar largar o emprego.