(Pov Cora)Depois de horas e horas na estrada, o dia já havia amanhecido, com a claridade incomodando os meus olhos. Puxo as cortinas da janela e bocejo me espreguiçando. Levanto indo até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Depois disso, procuro qualquer coisa pra comer e vejo que Bill já estava acordado.
— Bom dia. — Ele sorri. — Tem café.
— Bom dia. Vou beber um pouco.
— Está melhor?
— Vou ficar bem. — Bebo um gole do café. — Pra qual cidade estamos indo mesmo?
— Seattle. Nós chegaremos em algumas horas.
— Jura? Era lá que eu morava depois de vir da Colômbia. — Me empolgo. — Espero que meus amigos ainda morem no mesmo lugar.
— Que legal! Da pra visita-los. — Bill come seu cereal.
— É o que pretendo.
...
Depois de um tempo, nós chegamos em Seattle. Ao chegarmos no hotel, fomos recebidos por vários fãs que aguardavam o nosso ônibus. Aquilo me fez ficar feliz novamente.
Quando o veículo parou, eu esperei os meninos descerem na frente pra não ter risco de acabar me esbarrando com o Tom. Quando eles colocaram o pé pra fora, escutei os gritos eufóricos dos fãs. Desci do ônibus e gritaram mais ainda.
— Cora! — Uma garota gritava. — Por favor, tira uma foto comigo!
— Claro. — Me aproximo e ela tira a foto.
— Você é linda! — Um garoto me puxa pela minha roupa, enquanto vou passando. — Completamente maravilhosa!
— Obrigada... mas você pode me soltar, por favor? — Peço e ele me puxa outra vez.
— Ela mandou soltar. — Escuto a voz de Tom atrás de mim e vejo a mão dele segurar o braço do garoto, fazendo com que ele me solte.
— É isso aí, pessoal. — O segurança toma a frente. — Abram o caminho.
Com muita dificuldade, nós conseguimos entrar no hotel. Fazemos o check-in e em seguida cada um vai pro seu quarto.
Toda vez que eu estava perto demais de Tom, ficava nervosa. Ele me olhava como se quisesse vir falar comigo, mas Bill percebia o tempo todo e puxava assunto, desviando o foco dele de mim.
Já no meu quarto, eu tomo um banho e começo a me preparar pra podermos ir ao local que aconteceria o show. Hoje as coisas seriam mais corridas e eu não podia deixar a tristeza e a decepção acabarem comigo.
...
Eu já estava maquiada e pronta no camarim. Dessa vez o maquiador era muito amigável e nós conversamos sobre diversas coisas, o quê me distraiu um pouco.
Apesar disso, eu ainda pensava em Tom a cada segundo e isso me torturava demais. Tudo aquilo me machucava muito e eu só queria parar de ter sentimentos por ele, como um simples passo de mágica.
Eu tentava evitar pensar nele, mas eu sempre me pegava lembrando dos nossos momentos juntos e lembrando das coisas bonitas que ele disse pra mim. Meu peito ardia e me dava vontade de chorar toda vez que escutava a sua voz.
— Cora. — Georg bate na porta do camarim. — Dois minutos, vamos.
— Estou indo.
Me vejo no espelho mais uma vez, seco meus olhos lacrimejados com um lenço e então, vou ao encontro dos meninos.
Tom sorri fraco ao me ver, me olhando de cima abaixo como sempre fazia. Tento ignorar os seus olhares enquanto pego o meu microfone.
A nossa banda é anunciada e então Georg, Gustav e Tom entram no palco primeiro. Quando Tom passa por mim, sua mão acabou tocando na minha, me desestabilizando por alguns segundos.
De propósito, eu sei.
— Vamo nessa. — Bill vem ao meu lado.
Nós entramos no palco vendo toda aquela animação reconfortante do público. Em instantes, eu senti a calmaria no corpo outra vez. Era só o meu segundo show, mas aquilo ali parecia a minha casa.
...
Nós já estávamos na última música e eu estava bebendo água enquanto Bill cantava. Logo, vejo os seguranças barrarem alguém de subir ao palco e a pessoa parecia ser extremamente conhecida.
Cheguei mais perto e vi que era o meu amigo de infância, Ash.
— Deixem, deixem ele! — Digo. — Ele pode passar!
— Cora! — Ele vem até mim e me abraça forte. — Puta merda!
— Eu nem acredito! — Abraço ele de volta. — Espera só eu terminar o show.
Bill vem pra perto de mim confuso, mas nós terminamos a música.
— Obrigado por tudo pessoal! — Bill agradece.
— Vocês são fodas! — Aceno para o público.
Depois que o show acabou, nós fomos tirar fotos e dar autógrafos aos fãs. Dessa vez foi muito mais leve e tranquilo, sem aquelas fãs loucas dos meninos.
Quando o meet and greet acabou, Ash, que estava me esperando vem para tirarmos fotos todos juntos.
— Sou muito fã de vocês, pessoal! — Meu amigo fica empolgado após batermos a foto. — E agora além de amigo, seu fã também, Cora. — Ele me abraça outra vez.
— Tô muito feliz de ter te reencontrado! — Sorrio. — Temos muito o que conversar.
— É o baterista da sua banda na escola? — Tom me pergunta, fazendo com que meu sorriso saia do rosto.
— Você falou de mim pra eles? — Ash pergunta. — Que demais!
— Não disse nada importante. — Tom olha pra ele com desdém.
— Como te deu a louca de subir no palco? — Gustav se vira pra Ash.
— Eu nem iria vir a esse show, mas acabei gastando minhas economias pra vir. — Responde. — Assim que soube que a Cora era a nova vocalista, claro. Eu fiquei doido! Há anos que não nos falávamos e eu não podia perder um show dela. Está ainda mais linda...
— Nós precisamos voltar ao hotel. — Tom interrompe. — Estamos só de passagem por aqui. Vamos embora amanhã.
— Ah, entendo. — Ash lamenta.
— Mas... — Digo ainda abraçada com ele. — Vamos sair essa noite, naquele bar que costumávamos ir escondido. Depois volto pro hotel.
— Claro, com certeza! — Ele concorda. — Os rapazes não querem ir com a gente?
— Na verdade, eu quero... — Tom começa a falar.
— Não! — Interrompo. — Eles estão cansados. Vamos só eu e você.
Olho pra Tom com desaprovação enquanto ele está nitidamente com ciúme... e é bom que esteja mesmo, pois ele merece!
Saio com Ash e pegamos um táxi até o bar que frequentávamos quando éramos mais novos. Ele me emprestou seu boné para que eu não chamasse tanta atenção e logo nós dois chegamos no local, pedindo uma bebida.
*notinha da autora*
oi besties, como ces tão?
quem amou a nova capa da fic?? a swkers que fez!! obrigada best!!
amo vocês!!
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Na melodia dos corpos - Tom Kaulitz
FanfictionNa procura de uma vocalista para a banda, Tom acaba sendo hipnotizado por uma garota que tinha a voz mais marcante que já ouviu na vida. A paixão que os dois sentem um pelo outro vai acabar sendo inevitável, mas tudo precisa ficar em segredo por con...