Eu estava no camarim sentada enquanto duas pessoas faziam meu cabelo e um maquiador a minha maquiagem. Já estava quase pronta enquanto Bill estava do meu lado terminando a produção e os meninos esperavam impacientes.— É pra hoje? — Tom pergunta.
— Vocês são muito apressados. — Digo após ficar pronta, caminhando até ele.
— Parando para pensar agora... se for para ver você nessa saia e bonita desse jeito, eu esperaria bem mais.
— Você é muito bobo. — Sorrio.
— Vamos pessoal! — O diretor chama. — Vamos começar as gravações.
Eu e os meninos vamos andando até a o cenário. Eu e Bill já tínhamos ensaiado várias vezes então já sabíamos o que fazer. A música se chamava "Fetisch", que significava fetiche em alemão. Ela falava sobre uma garota que atraia a todos, enfeitiçando os garotos e os deixando depois.
Na primeira cena, os meninos estariam sentados numa mesa de bar, quando eu entro e todos atraem o olhar para mim.
— Em 3... 2... 1... ação! — O diretor da o primeiro take.
Tentei agir da forma mais natural possível e acho que consegui. Sai andando sem olhar para nenhum deles, mas jogando charme mesmo assim.
— Isso, Cora! — O diretor diz. — Sem olhar, bastante autoconfiança!
Gravamos mais takes e eu confesso que estava adorando tudo aquilo. Iríamos gravar cenas minhas sozinha com cada um dos meninos, nas quais eu apareceria para eles como uma ilusão.
Gravei com Georg, depois Gustav e foi muito divertido e engraçado pois eles não eram atores tão bons assim. Eu pude sentir o olhar de Tom fuzilar os meninos toda vez que eu e eles ficávamos próximos demais. Ele estava observando do canto, com os braços cruzados e uma cara que entregava a raiva dele.
Com Bill foi demais. Nós estávamos em uma sincronia incrível enquanto cantávamos a música e dançávamos juntos.
— Estão indo muito bem, pessoal! — O produtor elogia.
— Agora, Cora e Tom... podemos fazer algo diferente? — O diretor sugere e nós concordamos. — Tom ficará sentado nessa poltrona e Cora vai meio que seduzi-lo. Não precisa de muita coisa, só alguns jogos de olhares e toques.
— Por mim tudo bem. — Tom sorri.
— Por mim também. — Concordo.
Tom se senta na poltrona e as luzes são apagadas. Logo os flashes começam a aparecer e eu me aproximo dele por trás. Passo as minhas mãos pelo seu peito, nos ombros e mordo a orelha arrancando um risinho dele. Existia uma tensão muito grande ali e eu acreditava que todos haviam percebido.
Fui para frente e me sentei no braço da poltrona enquanto senti a sua mão na minha coxa exposta. Quando os flashes iluminavam o cenário, eu conseguia ver o rosto com uma expressão safada. Deixo minha boca perto da boca dele e ameaço beija-lo, mas afasto quando ele se aproxima. Tom brincava com seu piercing enquanto me comia com os olhos.
Ele estava muito sexy.
A tensão estava cada vez pior. Eu fervia de desejo e tudo que eu queria era senti-lo outra vez. O mundo parecia ter parado e tudo que eu enxergava era só nós dois.
Depois de levantar dali e começar a caminhar para fora do cenário, Tom vinha atrás de mim e me procurava por todos os lugares após eu ter "sumido".
— E... corta! — O diretor para a gravação. — Isso foi incrível! Vocês dois exalam química! Foi muito natural, não parecia atuação mesmo.
Da minha parte não era.
— Tem certeza? Não vamos precisar refazer? — Tom pergunta com uma ponta de decepção.
— Não ouviu? Somos bons atores. — Respondo.
— É isso aí pessoal, encerramos por hoje. — O produtor diz.
Respiro de alívio e volto para o camarim para poder trocar de roupa. Não sabia que gravar clipes era tão cansativo, minhas pernas doíam e meus olhos ardiam de cansaço.
Tiro os sapatos e a minha saia enquanto prendo os meus cabelos. Tento soltar o corselet atrás para poder tirar, mas eu não conseguia de jeito nenhum.
Ótimo.
— Bill? — Pergunto ao outro lado da porta. — Tem alguém aí?
— Rolou algo? — Ouço a voz de Tom.
— Pode chamar o seu irmão, por favor? Tô precisando de ajuda para tirar essa roupa.
— Eu não posso ajudar?
— Se você for realmente me ajudar, pode. — Abro a porta e ele me olha com um sorriso ladino. — Sem malícia.
— Tá legal. — Ele entra.
— Precisa desabotoar e desamarrar aí atrás, tá muito apertado. — Viro de costas para ele.
— Como você tava respirando? — Ele pergunta.
— Também tô me perguntando isso.
Quando a mão dele toca em minha pele, sinto um arrepio gostoso percorrer o meu corpo. Tom solta os botões do meu corselet um a um, mais devagar do que o normal. Quando ele desfaz o laço que ainda segurava a roupa, o tecido cai no chão. Sinto o vento gelado bater em minhas costas e tapo os seios com as mãos ainda virada para ele.— Obrigada. — Digo. — Agora vai, preciso me vestir.
Tom não diz nada, mas eu tinha certeza de que ele estava me olhando enquanto estou usando apenas uma calcinha. Sinto a mão dele no meu pescoço e meu corpo treme com o toque. O dedo indicador dele passa por cima da minha garganta enquanto o dedão acariciava a minha nuca. Em instantes, sinto a boca quente de Tom em contraste com o gelado do piercing encostar no meu ombro. Ele beija, chupa a minha pele e minha respiração começa a ficar falha. A mão livre dele vai para minha cintura e ele me puxa para trás, encostando minha bunda em seu membro fazendo com que minhas pernas fraquejem. Ele sobe a mão até a minha, que ainda tapava meus peitos.
— Mostra para mim? — Ele sussurra no meu ouvido.
A voz rouca dele me fez perder todos os sentidos e a noção de tudo. Tirei as minhas mãos e me deixei exposta. Tom me virou de frente e deu um sorriso safado.
— São lindos. — Ele diz. — Você é toda linda.
— Que vergonha. — Minha noção parece voltar ao meu corpo, então pego o roupão e me visto enquanto ele ainda me olha sorrindo. — Precisamos parar.
— Com o que?
— Com isso... isso que acabou de rolar. — Procuro pelas minhas roupas.
— Nós dois, você quer dizer?
— Não existe nós dois, Tom.
— Você é muito bipolar, sabia disso? — Ele se aproxima de mim novamente.
— Mas agora já chega, vou por um ponto final nessa história. — Respiro fundo. — Não podemos continuar.
— Quem você pensa que é? — Tom me olha sem expressão.
— Como?
— Quem você pensa que é para brincar assim com meus sentimentos, porra! — Ele me prensa na parede. — Você sabe que eu te quero para caralho e fica nesse joguinho de me dispensar o tempo todo!
— Tom...
— O que eu tenho que fazer para você entender que eu preciso te ter, Cora?
— Não fode. — Olho para cima, vendo o rosto dele. — Você só quer me comer.
— Não é só isso.
— Então o que é?
— Eu... eu não sei, merda.
— Quando você souber, você me procura. — O empurro de leve, para sair da parede. — Agora se me der licença, eu preciso me vestir.
— Vai se foder! — Tom sai do camarim.
— Babaca!
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Na melodia dos corpos - Tom Kaulitz
FanficNa procura de uma vocalista para a banda, Tom acaba sendo hipnotizado por uma garota que tinha a voz mais marcante que já ouviu na vida. A paixão que os dois sentem um pelo outro vai acabar sendo inevitável, mas tudo precisa ficar em segredo por con...