Capítulo XXXI

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(Pov Cora)

O público gritava durante todo o show e eu pude até esquecer que em meio aquela multidão de gente, tinham pessoas que me odiavam pelo simples fato de suspeitarem que sou a namorada de Tom.

Fui até o suporte e encaixei meu microfone ali quando os meninos começaram a tocar a música que eu compus. Comecei a cantar junto com Bill e as pessoas cantavam junto comigo, o que aqueceu o meu coração.

Por alguns instantes ignorei toda a fraqueza e a tontura que eu estava sentindo, aquilo era extremamente reconfortante por mais que tivesse os lados ruins.

Quando a música acabou, Tom veio andando até mim com um sorriso no rosto. Ele me abraçou, me deixando surpresa e me beijou na frente de todas aquelas pessoas que começaram a gritar como eu nunca tinha visto antes. Eu fiquei confusa, mas o abracei de volta e não questionei.

— Não dá mais pra esconder, essa música é sobre nós dois. — Tom segurou meu microfone. — Cora e eu estamos juntos e eu sou louco por essa mulher.

Não pude evitar sorrir ao ver os olhos dele brilharem enquanto falava isso. Os meninos batiam palmas junto com a plateia enquanto Bill veio para perto de nós também.

— Eu te amo. — Ele me agarra mais uma vez. — Agora todo mundo sabe que eu sou o cara mais apaixonado do mundo.

— Eu te amo. — Digo olhando em seus olhos.

Tom me beija mais uma vez e isso fez eu sentir que ia ficar surda com tantos gritos, mas eu estava feliz.

...


O show já havia acabado e eu estava esperando os meninos, pois daríamos uma entrevista para uma revista teen.

Tom voltava com um de seus casacos, me entregando, pois eu sentia frio por conta do ar condicionado. Logo, os meninos também chegaram no camarim e um fotógrafo junto a uma moça entraram também para nos entrevistar.

— E aí, pessoal? — A mulher diz sorrindo. — Eu sou a Ana e esse é o Melvin. — Ela aponta para o fotógrafo.

— Oi, podem se sentar aí. — Bill diz sorrindo.

— Então, tenho poucas perguntas e depois a gente pode tirar fotos de vocês? Para a capa da revista. — Ana pergunta.

— Claro. — Respondo.

— Então, Tom acabou de confirmar os rumores em cima do palco, em? — Ela olhava para o meu namorado. — Há quanto tempo estão juntos e como isso começou?

— Olha, eu já tive interesse na Cora desde o primeiro dia. — Tom iniciou. — Eu corria atrás dela o tempo todo e sempre era rejeitado.

— Não é verdade. — Dou risada. — Eu queria manter as coisas no profissionalismo, mas não consegui. Nos primeiros dias já não vivíamos sem o outro.

— Isso é lindo, espero que sejam felizes. — Ela diz. — Bem, e como você tem lidado com as últimas matérias sobre você, Cora?

— Matérias? — Tom me olha confuso. — Quais matérias?

— Nos últimos dias Cora foi vítima de ataques na internet sobre o seu corpo. — Ana comprime os lábios. — Não sabiam sobre?

— Você sabia? — Meu namorado me pergunta.

— Sabia... — Abaixo a cabeça.

— E não contou para gente? — Bill cruza os braços.

— Cora, nós precisamos falar sobre essas coisas. — Georg começa também.

— Acho melhor encerrarmos a entrevista, se entenderem. — Gustav diz a Ana, sem jeito.

— Tudo bem. — Ela e Melvin saem dali sem questionar, fechando a porta do camarim.

Um silêncio constrangedor se instala e os meninos começam a me olhar sem parar. Não estavam bravos ou algo do tipo, dava pra ver no rosto de cada um a preocupação que estavam sentindo.

Abaixei a cabeça mais uma vez e tentei evitar o contato visual com todos eles, pois eu simplesmente não sabia o que falar. Eles sempre estavam ali comigo e eu sei que deveria ter contado sobre isso logo no início, pois não é algo que se esconde.

Tom levantou meu queixo fazendo eu olhar para ele e segurou a minha mão. Eu o encarava sem dizer nenhuma palavra sequer.

— Por que não contou nada? — Ele respirava fundo.

— Não sei... — Solto a mão dele. — Achei que fosse idiotice. Não queria causar preocupação.

— Cora, isso é muito sério. — Bill para na minha frente. — Não é uma idiotice, de jeito nenhum.

— Agora sei o porquê de você não querer comer esses últimos dias. — Tom cobre o rosto com as mãos. — Merda, eu sabia que alguma coisa tinha acontecido.

— Me desculpem por não ter contado... — Meus olhos se enchem de lágrimas. — Eu...

— Calma. — Tom me abraça. — Não precisa se justificar, tá tudo bem... vai ficar tudo bem.

— Nós estamos aqui. — Gustav diz ao me abraçar junto com os meninos.

— Somos uma família e amamos você. — Bill tem a voz de quase choro.

— Você é como se fosse nossa irmã mais nova. — Ouço a voz de Georg.

Desfazemos aquele abraço coletivo e os meninos ficam perto de mim, me olhando com um sorriso no rosto. Jamais imaginei que iria encontrar uma família tão diferente quanto essa, mas eu os amava e isso bastava independente de qualquer coisa.

— Tu é linda. — Tom me beija. — Tu é gostosa pra caralho, toda perfeita. Aqueles comentários são por pura inveja de você.

— Você é muito bobo. — Digo vendo ele rir pra mim.

— Tô falando a verdade. — Ele se levanta, pegando em minha mão. — Agora vamos embora e eu vou sair daqui de mãos dadas contigo já que todo mundo sabe que você é minha namorada.

— E aí a gente vai tomar um champanhe no ônibus pra brindar a sua beleza! — Bill dizia empolgado.

— E também pra mandar os haters tomarem no cu. — Gustav concorda.

— Só vocês mesmo. — Sorrio. — Amo vocês, sério. Obrigada por tudo.

— Deixa de ser gay! — Georg dá um tapa na minha cabeça.

— Gay é você querendo roubar o meu namorado!

— Desculpa, amor... — Tom vai pra perto dele. — A única pessoa por quem eu te trocaria é o Georg. — Eles fazem biquinho um para o outro.

— Traição na minha cara? — Brinco.

— É o destino, não podemos fazer nada. — Bill vai andando na frente. — Vamos logo!

*notinha da autora*

oi besties, me perdoem pela demora!! eu tô atolada até o pescoço de trabalhos pra fazer e hoje eu mal respirei tentando adiantar tudo.

besties, a fic tá perto de acabar :((
mas não se desesperem, vou fazer uma segunda temporada, ok?? tenham calma KKKKKKKK

já foram na fic nova? não? então vao la!

amo vcs 💖

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora