Temporada 2 - Capítulo X

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(Pov Cora)

Já tinha me encontrado com Oscar no laboratório e tínhamos feito o exame. Ele estava ansioso e nervoso também, mas eu me sentia da mesma maneira.

Nós dois tínhamos certeza de que o exame iria dar positivo, Só estávamos fazendo porque era necessário.

— O seu namorado vem te buscar? — Oscar perguntou.

— Ele foi numa loja de instrumentos. — Respondi. — Fica aqui perto, Tom deve voltar já.

— Esse rapaz gosta mesmo de você.

— É. — Sorri. — Ele é incrível.

— Olha o que eu trouxe... — Oscar pegou algo no bolso. — Comprei esse colar para dar a sua mãe depois que fui embora... — Ele me entrega o objeto.

— É lindo. — Digo ao segurar o colar prata, com um pingente de uma rosa. Atrás estava escrito "te quiero para siempre, mi amor". Também tinha uma data... quinze de novembro de mil novecentos e noventa. — Poucos dias depois que nasci...

— Fica para você. — Ele sorriu. — Você é lembrança mais viva que tenho da sua mãe.

— Obrigada. — Segurei o pingente perto do meu coração.

— Cora?

— Sim?

— Posso te abraçar?

— Pode, claro.

Oscar veio até mim e me abraçou, fazendo os meus olhos inundarem. Ouvi ele chorar também enquanto pousou a mão no meu cabelo. Jamais imaginei essa situação, nunca pensei em encontrar o meu pai... sempre senti raiva dele por achar que tinha sumido, mas ele estava aqui.

Depois de chorar bastante e desfazer o abraço, nós riamos feito bobos com a cara inchada enquanto saiamos do laboratório. Alguns minutos depois, Tom chegou e estranhou nossas expressões de choro, mas riu com a gente depois.

— Vamo? — Tom segurou minha mão.

— O resultado vai demorar um tempinho para sair. — Olhei para Oscar. — Vai continuar na cidade?

— Bem sim, depois planejo voltar a Colômbia.

— Mas acabamos de nos conhecer. — Senti uma ponta de tristeza.

— Mas é lá que moro. — Ele disse triste. — Não consigo manter o hotel por muito tempo.

— Não se preocupe com isso, está bem? — Respondi. — Deveríamos passar mais tempo
juntos, temos tanto para conversar.

— Claro, quando quiser. — Oscar sorriu.

— O que acha de almoçarmos juntos amanhã? — Sugeri. — Tenho alguns compromissos, mas posso dar um jeito.

— Se for tudo bem para você, para mim também. — Ele concordou.

— Então tá. — O abracei mais uma vez. — Até amanhã.


...

Eu e Tom fomos até a minha casa novamente, pois eu precisava me trocar para o jantar. Me arrumei e coloquei um vestido simples, mas ainda sim muito bonito.

Tom como sempre, me cobriu de elogios e isso sempre me deixava feliz. Ele elogiava cada pedacinho meu, até partes que não gostava muito em mim. Me perguntava como aqueles comentários do passado me abalaram tanto, se Tom fazia de tudo para que eu enxergasse o quão bonita eu sou?

Gostaria que toda mulher tivesse a oportunidade de conhecer alguém como ele. Realmente, o meu homem era um príncipe. Nunca imaginei que conheceria alguém tão perfeito e que fosse capaz de me fazer tão bem quanto ele me faz.

Eu o amava de verdade, e sempre fui convicta disso. Nunca mais o deixaria ir embora, e nem eu iria também.

...

Fomos para a casa de Bill e Emily, pois já estava quase na hora do jantar. Tom foi ao quarto se trocar e nós nos sentamos a mesa após isso.

Começamos a conversar sobre Oscar, pois Simone ainda não sabia muito da história. Contei sobre o colar que ganhei e do quanto eu achava nós dois parecidos. Eu estava feliz por tê-lo encontrado, apesar de tudo ter acontecido rápido demais... não queria ser uma desesperada que acredita na primeira pessoa que aparece alegando ser o seu pai.

Falamos também sobre Georg que tinha arrumado uma namorada e até Gustav também estava com alguém. Não passou muito tempo, mas amadurecemos muito em vários aspectos das nossas vidas. Não éramos mais recém maiores de idade com cabeças de vento, agora sim demos conta de que crescemos e precisávamos tomar juízo.

Simone contou dos planos de vir morar por aqui, para ficar mais perto dos seus filhos e também da sua neta. Todos nós achamos a ideia ótima, afinal, era muito bom ter ela por perto. Nós duas nos dávamos muito bem e eu tinha certeza que viraríamos grandes amigas se passarmos mais tempo juntas. Ela dizia o tempo inteiro que Tom deveria me pedir logo em casamento, o que fazia ele ficar vermelho de vergonha e isso era extremamente fofo.

Emily e eu já havíamos conversado sobre isso, não que eu estivesse com pressa... na verdade estava sim. Óbvio que esperaria o pedido vir dele, mas eu me perguntava quando isso iria acontecer. De qualquer jeito, ainda éramos jovens e tínhamos todo tempo do mundo... estávamos juntos novamente, isso era o que importava para mim.

Depois do jantar, fomos todos juntos até o aeroporto pois estava quase na hora do voo da mãe dos meninos e de seu marido. Ela chorava por ter que partir, principalmente quando teve que se despedir de Julie. Bill também chorou, era mais emotivo que seu irmão, mas também vi Tom limpar uma lágrima ou outra.

Todos se despediram e eu também. Simone pediu meu número de telefone e fez eu prometer que sempre ligaria para falar sobre os desfiles, pois queria ser a primeira a saber já que disse se considerar uma segunda mãe para mim. Pediu foto dos meus ensaios também e para que eu desse notícias de Tom, porque que ele era um saco para atender o telefone ou ligar de volta.

— A sua mãe é maravilhosa. — Falei para o meu namorado. — Nunca imaginei que ia gostar tanto da minha sogra.

— E ela gosta muito de você também. — Ele me abraçou. — Agora vamos? Não curto muito aeroportos.

— Por que? — Perguntei rindo.

— Calada. — Tom respondeu rindo de volta. — Vamo logo, gente! — O rapaz chamou os outros que ainda estavam parados.


*notinha da autora*

oi delícias, como vcs tão?
feriado graças a cristo!!!

amo vcs

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora