Capítulo XXIX

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(Pov Cora)

Nós já havíamos entrado na boate que escolhemos ir e eu estava me sentindo desconfortável com o meu vestido. O tempo inteiro tentava me cobrir com meus braços para não aparecer tanto do meu corpo. Sei que Tom disse que eu estou bonita e eu quero acreditar nele, mas fica difícil quando todo mundo diz ao contrário.

— Quer beber alguma coisa? — Meu namorado pergunta.

— Pode ser uma margarita. — Respondo.

Tom vai buscar nossas bebidas enquanto Bill já tinha sumido em meio a multidão na pista de dança.

Eu tentava relaxar e esquecer pelo menos por algumas horas aqueles comentários sobre mim. Queria aproveitar uma noite com o meu namorado que trabalhava tanto quanto eu, nós dois precisávamos disso.

— Pronto. — Tom me entrega o copo.

— Obrigada. — Tomo um gole da bebida que não estava muito forte. — Quer dançar comigo?

— Não quer beber primeiro?

— Ah... — Viro a margarita de uma vez. — Pronto.

— Bom... — Tom faz a mesma coisa com a sua bebida. — Vamo.

Ele me puxa pela mão e nós dois vamos balançando no ritmo da música até a pista de dança. Tom era meio desajeitado, mas sabia me acompanhar bem.

Nós dançávamos como se não houvesse amanhã e eu estava me divertindo bastante. O cansaço já estava começando a aparecer quando um reggaeton começou a tocar. Há muito tempo não escutava uma música latina e aquilo fez com que ignorasse todo o cansaço do meu corpo. Comecei a dançar, a mexer os meus quadris e a rebolar no ritmo da música. Tom segurava minha cintura e não desprendia os olhos de mim. Ele me abraçou por trás e começou a me acompanhar, aquilo era extremamente excitante. Eu sentia a respiração quente dele no meu pescoço, o que me tirava arrepios gostosos.

Tom me beijou e eu senti o gosto da vodka que ele tinha bebido. Nossas línguas dançavam junto com os nossos corpos e a sincronia e química que eu tinha com ele era a coisa mais inexplicável do mundo. Parecia que nós dois éramos ligados de alguma forma, como se soubéssemos até o próximo passo de dança um do outro.

Ele estava mais solto e dançava colado a mim, segurando meu quadril. Eu rebolava e sentia sua mão me apertar a todo tempo.

— Desse jeito vou querer ir pro hotel agora. — Tom sussurrou.

— A gente veio se divertir. — Me viro para ele. — Preciso ir ao banheiro.

— Vamos, te espero na porta.

— Não precisa, amor.

— Duvido que te deixo ir sozinha linda desse jeito.

Vou andando até o banheiro para poder retocar a minha maquiagem. Procuro pelo meu batom na bolsa e passo mais uma vez, pois já estava saindo. Dou mais uma arrumada em meu cabelo e saio, vendo Tom me esperar ali perto.

— Cada vez que te olho você tá mais gata. — Ele me dá um selinho.

— Tom, você outra vez!  — A voz de uma garota nos assusta.

— Merda. — Sussurro. — Vocês se conhecem?

— Dei um autógrafo pra ela quando busquei bebida pra gente. — Tom diz.

— Que bom! — A garota o agarra pelo pescoço e o beija na bochecha. — Podemos aproveitar a noite juntos.

Como é possível existir fãs tão inconvenientes desse jeito?

— Aí! — Ele a puxa pelo braço, tirando a mulher de cima dele. — Eu já estou de saída.

— Entendi... — Ela intercala o olhar entre nós dois. — Então tchau, Tom. — A garota o segura outra vez, roubando um beijo do meu namorado.

— Qual foi, porra? — Sem pensar, puxo seu cabelo até que ela cai para trás. — Você é maluca?

— Louca! — A mulher se levanta. — Sei que estão juntos!

— Cora. — Tom me puxa para trás dele. — Fica aqui.

— Que se foda. — A garota vem para perto de mim outra vez. — Não sei como um cara gato feito o Tom namora uma porca nojenta feito você. — Ela pega o copo de alguém que estava passando e joga a bebida em mim.

— Filha de uma puta. — Tom a segura pelo pulso. — Some daqui antes que eu faça besteira.

— Parem, chega! — Bill aparece, puxando seu irmão. — Vamos embora.


Ouvir aquelas palavras pessoalmente doeram muito mais do que ler em comentários na internet. Pareciam estacas me perfurando por dentro, rasgando tudo em mim sem dó e nem piedade.

Eu sabia que a fama não seria fácil, mas não imaginava que junto com a realização de um sonho tantas coisas ruins assim poderiam acontecer de uma vez. Falta de privacidade, baixa autoestima e passar fome para pararem de falar horrores sobre mim. As pessoas destroem vidas sem nem perceberem.

Ver outra mulher agarrar o meu namorado na minha frente com a maior naturalidade do mundo sem eu poder dizer que ele era meu, doía demais também.

Tom e Bill me olhavam preocupados enquanto eu observava a garota ir embora com um sorriso ridículo no rosto. Eu não queria deixar barato, mas simplesmente não tinha forças. Uma garota assediou o meu namorado e eu não consegui falar ou fazer nada diante dessa situação.

Eu não conseguia mais raciocinar nada. Meu coração estava acelerado e minha visão embaçada. Meus olhos cheios de lágrimas que rolavam mesmo eu tentando segurar o choro. Meu equilíbrio foi embora quando cai no chão, sem conseguir respirar. O barulho a minha volta começou a ficar alto demais e minha cabeça doía enquanto meu ouvido não parava de escutar ruídos altíssimos.

As leds da balada faziam meus olhos arderem e me deixavam mais tonta ainda. Sinto as mãos de Tom me segurarem no colo enquanto ele tentava falar comigo. A voz dele estava baixa ou eu não conseguia escutar direito. Bill dava tapas leves na minha bochecha e eu não conseguia fazer absolutamente nada. Minha boca não se mexia e o ar não entrava nas minhas narinas. Isso já estava me levando ao desespero.

Tentava me manter acordada e fazer com que  eu não perdesse a minha consciência, mas eu não tinha controle da minha ansiedade e nem de nenhuma reação do meu corpo.

...

*notinha da autora*

oi besties, como ces tão? sei que a história tá num rumo triste, mas amanhã tem fanfic nova!!
provavelmente vou postar a noite e espero muito que vocês gostem da nova fic.

atualizações da fofoca!! não, meu professor é feio e deve ter uns 60 anos. aparentemente n deu e nem vai dar em nada, oq é nojento pq ele vive dando em cima das alunas. enfim, muita doideira.

amo vocês!!

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora