Capítulo XVI

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(Pov Tom)

Saio do camarim de Cora e vou atrás de meu irmão, que ainda conversava muito com a Emily. Eles riam sem parar e a garota estava total afim, mas do jeito que ele é lerdo, nem vai perceber se eu não der um toque.

— E aí, gente. — Interrompo.

— Oi, Tom. — Emily sorri. — Cadê a Cora?

— Tá lá no camarim. — Respondo. — Vocês estavam falando sobre o quê?

— Sobre a noite de karaokê. — Bill começa. — Emily canta muito bem também.

— Acabei perdi sua apresentação. — Digo. — Mas todos nós poderíamos ir a um karaokê em algum dia.

— Com a turnê fica difícil. — Emily olha para mim. — E você e a Cora, como estão indo?

— Ah, ela ficou chateada pelas fãs e o lance da maquiadora... perguntou se eu já tive algo com ela. — Começo. — Cora se chateou, com razão... Ela te falou sobre isso?

— Por alto, sim.

— Mandei demitirem a maquiadora.

— Mas isso não é o suficiente, Tom. — Emily cruza os braços. — Você tem que fazer ela se sentir segura.

— Mas o que eu posso fazer? — Pergunto.

— Deveria chamar ela para um encontro de verdade. — Meu irmão sugere. — Uma coisa romântica, sem segundas intenções.

— Isso! — Emily concorda. — Você precisa fazer com que ela se sinta especial, se ela realmente for.

— Claro que ela é especial, eu só não sei ser romântico. — Coço a cabeça, confuso. — Eu deveria chamá-la pra fazer o que?

— Um jantar ou ir ao parque, algo assim. — A garota diz pensativa. — Só faça ser especial.

— Está bem. A propósito, Emily, a Cora estava te chamando. — Digo me aproximando de Bill.

Emily diz a Bill que volta já e sorri para ele de um jeito que deixava tudo na cara.

— Você é realmente o meu irmão? — Pergunto.

— Por que?

— Você tá afim dela, né?

— Ela é legal, divertida...

— Tá ou não?

— Você sabe que sim.

— Chega nela, Bill. — Coloco o braço nos ombros do meu irmão. — Ela também tá afim, Confia.

— Pelo menos de um assunto você entende.

— O que quer dizer?

— Nada.


...


No hotel, eu mexia no notebook para ver o que as pessoas estavam falando sobre o nosso show. Tinham muitos comentários positivos e aquilo me alegrou bastante. As pessoas amaram a Cora e a notícia de que ela havia integrado na banda, deu o que falar. Já tinham páginas dedicadas somente a ela com fotos e vídeos do show de hoje. Cora com certeza vai surtar quando ver toda essa repercussão.

Acabei lendo um post que os fãs levantaram uma hashtag com shipp do Bill e da Cora. Isso me incomodou um pouco... pouco não, bastante. Eu sabia que era normal os fãs nos shipparem por aí, mas não queria ver as pessoas torcendo pra minha garota ficar com alguém que não fosse eu.

Não poderiam saber que eu e ela temos uma relação não profissional e isso vai ser difícil. Como sairíamos em público sozinhos sem sermos flagrados? Quero exibir ela, mostrar pra todo mundo que aquela mulher é toda minha e que eu fui foda o suficiente pra merecê-la. Quero que aqueles idiotas que ficaram babando nela hoje saibam que ela me pertence.

Tortura vai ser fingir que não temos nada em público. Ter que manter certa distância nas entrevistas e toda vez que resolvermos sair juntos. Se apaixonar não é fácil, na maioria das vezes a gente só quer aquilo que não podemos ter. Posso tê-la mas ao mesmo tempo não posso... Posso toca-lá mas ao mesmo tempo não posso nem pensar em fazer isso.

Os meus sentimentos pela Cora ainda são confusos, mas eu tenho certeza de que eu farei qualquer coisa se for para ter ela comigo, nem que seja assim, escondido.

Tinham comentários ridículos também, como sempre. Garotas distribuindo ódio gratuito e garotos a assediando... bem, era inevitável. O preço que pagamos por sermos pessoas públicas.


— Posso entrar? — Escuto a voz de Cora.

— Pode.

— Viu que passamos na tv? — Ela abre a porta e eu vejo sua empolgação. — Estamos em quase todos os sites de fofoca!

— Eu vi. — Sorrio para ela. — Estava vendo as redes sociais, você tem até fã clube.

— O quê? — Cora corre até mim. — Mas já?!

— Todo mundo ama você.

— Aí, que sonho! — A garota da pulos de alegria.

— Vem, senta aqui. — Puxo ela pelo braço. — Conseguiu descansar?

— Um pouco, mas estou bem. — Diz enquanto mexe no meu notebook. — Humm, olha só.

— O quê?

— "Guitarrista gostoso de Tokio Hotel sem camisa". — Ela lê o post. — Parece que você deixou as fãs loucas hoje.

— Você deixou todos loucos, já viu os comentários dos idiotas?

— Não. — Cora ri. — Nem quero ver. Suas fãs são malucas, por Deus.

— O que estão falando?

— Querem te dar, é o que dizem. — Ela lê mais comentários.

— Para de ler essas coisas. — Fecho o notebook.

— Você se importa, Tom?

— Me importo com?

— Não transarmos...

— Claro que não. — Olho para ela. — Tira essas coisas da sua cabeça.

— Sei lá, a gente tem um ritmo diferente. Somos bem opostos em algumas coisas.

— Você ainda não está pronta e eu respeito o seu tempo. Não quero apressar nada e nem te fazer se sentir desconfortável... Quando for o momento e se sentir preparada, vai rolar sem pressão.

— E se esse momento demorar muito, não vai cansar de esperar?

— Eu já te disse que não te quero só por sexo. Que demore o tempo que precisar, Cora.

— Bem que dizem que os opostos se atraem. — Ela sorri e me dá um selinho.

— Não, amor. Os dispostos se atraem.

*notinha da autora*

oi besties!! como que vcs estão nessa sabadinho, em??

capítulo tá saindo bem cedo hj pq a adm vai estar muito bêbada mais tarde para postar :)

bom sábado e torçam pra eu não ligar pro ex!!

amo vcs e até amanhã <3

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora