Capítulo XV

5.2K 407 111
                                    



O nome da nossa banda foi anunciado no palco com uma sequência de gritos e aplausos dos fãs.

— Vamo nessa. — Tom me dá um selinho. — Vamo botar pra foder!

— Isso aí! — Os meninos gritam.

Tom, Georg e Gustav entraram primeiro e eu senti que ficaria surda com a vibração do público. Eles começaram a tocar e Bill segurou a minha mão.

— Pronta? — Ele pergunta.

Faço que sim com a cabeça e nós subimos as escadas do palco cantando o refrão da música de abertura juntos. A plateia grita ao nos ver e eu me sinto no céu.

Emily estava na primeira fila, gritando mais do que qualquer um que estivesse ali. Aquilo me confortou e eu consegui ficar mais relaxada.

Bill cantava enquanto dançava comigo e a cada vez que ficávamos próximos demais o público ia a loucura. No momento em que cantei sozinha, pude ver as pessoas gritarem coisas do tipo "maravilhosa" e "gostosa". Era completamente diferente dos shows pequenos que eu estava acostumada a fazer, dessa vez era a realização de um sonho. Por mais que o nervosismo ainda estivesse ali presente, eu sentia que estava no lugar que eu deveria estar. Era como se aquilo ali fosse o motivo de eu ter nascido.

No final da primeira música, os meninos vieram para perto de mim e nós nos abraçamos.

— Temos um anúncio a fazer! — Bill dizia no microfone. — Uma nova era se inicia hoje junto com essa tour! É isso aí, aliens! Deem boas vindas pra Cora Diaz, a nossa nova vocalista!

Aí a plateia pirou de vez. Gritavam meu nome sem parar e aquilo fez com que eu ficasse mais feliz ainda, se é que isso era possível. Aparentemente todos estavam felizes por eu estar ali. Isso fez com que todo o resto de medo e insegurança que ainda existiam dentro de mim fossem embora.

— Obrigada, gente! — Digo agradecendo. — É a realização de um sonho eu estar aqui hoje e eu só tenho a agradecer aos meninos, principalmente a esses gêmeos que me viram cantar num karaokê de uma boate e me trouxeram para esse palco. — Brinco, fazendo as pessoas rirem. — É isso aí, vamos continuar com o show!

— Vamo nessa! — Bill vem para perto de mim.

Vejo Tom voltando para perto de seu microfone com um sorriso no rosto. Nós tínhamos que fingir que nada rolava entre a gente e aquilo era torturante. Entre uma música e outra nós chegávamos perto e brincávamos um com o outro enquanto eu ainda cantava, dançava e ele tocava sua guitarra. Tom conseguia ficar ainda mais atraente tocando um instrumento, eu não achava que isso era possível.

Meu corpo estava enérgico me fazendo dançar sem parar e a cada vez que o movimento ficava um pouco mais ousado, eu ouvia os gritos do público que me faziam rir. Toda vez que eu olhava para Emily, ela jogava beijos e fazia corações com as mãos, dava para ver o orgulho dela.


...

Depois que o show acabou, agradecemos ao público que ainda estava animadíssimo e voltamos para perto dos camarins.

— Foram incríveis, pessoal. — Uma moça da produção nos elogiava.

— Obrigado. — Georg agradece por nós.

Pego uma toalha e limpo o suor do rosto enquanto bebia água a beça. Me sento no sofá, ao lado de Tom que também bebia água.

— Você foi incrível. — Diz após me beijar.

— Você também foi. — Sorrio.

— Vamos pro meet and greet agora. — Ele se levanta.

— Vamos, a Emily vai estar lá.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora