Temporada 2 - Capítulo IX

3.1K 246 61
                                    

(Pov Tom)

Depois que voltamos para dentro, Cora parecia ter se acalmado pelo menos um pouco, mas ainda estava visivelmente nervosa.

Oscar e ela conversaram por mais algum tempo e os dois tinham diversas perguntas para fazer um para o outro. Eles choravam em meio toda a conversa enquanto eu segurava a mão da mulher que estava ao meu lado.

Já era noite, então o homem decidiu dar tempo para Cora digerir tudo e poder pensar mais um pouco, afinal, era muita informação. Ele disse que estava hospedado num hotel por perto e  peguei o telefone dele, caso fosse necessário.

Voltamos para a casa de meu irmão, onde todos estavam preocupados e loucos para saber o que estava acontecendo. Cora e Emily foram para algum cômodo juntas, para poder conversar sobre e eu fiquei na sala junto com os rapazes.

Expliquei por partes e assim como eu, eles desconfiaram de toda aquela história também. Falei sobre as cartas com a letra da mãe dela, a pulseira e as semelhanças físicas que eram provas eficazes. De toda forma, só iríamos ter cem por cento de certeza quando Cora e Oscar fizessem o teste de DNA.

Estávamos preocupados, pois aquilo era um baque na vida de qualquer pessoa. Eu simplesmente não saberia o que fazer se isso acontecesse comigo.

— Amor? — Cora apareceu. — Já esta tarde, quero ir para casa. Você poderia dormir comigo hoje...

— Sim, claro. — Concordei.

Fui até o quarto e coloquei umas roupas na mochila para poder passar a noite. Nos despedimos de todo mundo e fomos indo em direção ao carro de Cora e ela dirigiu até o apartamento dela.

A mulher estava calada e pensativa. Não havia dito muita coisa e eu estava respeitando o seu espaço, afinal isso era completamente necessário no momento. Entramos em casa e ela decidiu ir tomar banho, enquanto eu pedia algo para nós dois comermos. Tomei um banho também e em seguida fomos jantar.

Cora mexia com o garfo a comida em seu prato, mas nada de comer. Ela encarava um ponto fixo há minutos.

— Isso fez vc perder a fome? — Perguntei.

— É... — A mulher bebeu um gole de suco.

— Quer conversar sobre como está se sentindo?

— Eu não sei. — Ela inspirou. — Tô com raiva e também tô triste, minha mãe não deveria ter feito isso.

— Não deveria, mas não sabemos os motivos dela. — Acariciei seu rosto. — Vai saber como ela se sentia, amor?

— Por isso me pergunto, será que o Oscar é um bom homem?

— Acho que isso vamos descobrir com o tempo se claro, você quiser proximidade dele caso o teste dê positivo.

— Eu sei que vai dar positivo, tenho certeza.

— Cora, eu sei que é bastante informação, mas desse jeito você vai pirar.

— Vou mesmo. — Ela escondeu o rosto com as mãos.

— Vamos ver um filme, a gente pode ver diário de uma paixão se estiver afim.

— Ainda lembra disso? — Cora ri.

— Assisti várias vezes para lembrar você.

— Só você mesmo, Kaulitz.

Terminamos de comer e depois fomos para o quarto. Coloquei o filme na tv e Cora se deitou no meu peito.

Essa sensação de tê-la em meus braços era parecida com a de voltar para casa depois de muito tempo longe. Finalmente eu podia abraçar a mulher que eu amo outra vez e jamais abriria mão disso novamente.

Me sentia da mesma forma que me sentia há dois anos atrás, o amor era o mesmo. Toda a intensidade, desejo, paixão... tudo ainda estava ali. Cora realmente é o amor da minha vida e eu não tinha mais a menor dúvida quanto a isso. Eu parecia um adolescente apaixonado, nós somos o primeiro amor um do outro.

Se eu contasse ao Tom de dezesseis anos que no futuro estaríamos perdidamente apaixonados por uma mulher, ele não acreditaria nunca nisso. No meu pensamento, não ia namorar ou casar tão cedo, isso nem estava nos meus planos para falar a verdade... mas ainda bem que aconteceu.

Eu era o homem mais feliz do mundo inteiro e faria de tudo para que Cora fosse a mulher mais feliz ao meu lado também.

...

Depois do dia já amanhecer, acordo com uma ligação de Bill dizendo que minha mãe e meu padrasto iriam voltar para Alemanha hoje a noite. Logo disse que eu não iria, pois Cora estava passando por um momento complicado e não cometeria o mesmo erro com ela duas vezes. De qualquer forma, minha mãe queria jantar com todos nós antes de irmos.

Cora dormia no meu peito serenamente, pois acabamos ficando acordados até duas da manhã. Me sentia o cara mais sortudo só por essa mulher ser minha novamente, mas acho que ela nunca deixou de me pertencer.

Mais um tempo depois, cochilei e nós dois acordamos juntos.

— Que sono. — Ela se espreguiçou. — Acho que já tá tarde.

— Um pouco. — Respondi. — Mas vamos levantar, preguiçosa. Minha mãe volta para a Alemanha hoje.

— Mas já? — A mulher se decepciona.

— Sim, meu padrasto precisa voltar ao trabalho.

— E você... vai?

— Não, claro que não. — Respondi. — Não vou mais a lugar nenhum sem você.

— Tom, não tem que ficar se não quiser.

— Quem disse que não quero, Cora? Ficar ao seu lado é a melhor opção entre todas as outras.

— As vezes me pergunto se você é real de tão perfeito. — Ela me abraça.

Nós trocamos de roupa e Cora parecia estar melhor que ontem. Conseguiu tomar o café da manhã e falava comigo normalmente. Eu sabia que era questão de tempo, tudo iria se ajeitar conforme os dias forem passando.

— Sabe o que eu estava pensando? — Ela olhou para mim.

— O quê?

— Em fazer logo esse teste, para arrancar logo essa dúvida... apesar de eu ter quase certeza.

— Eu também acho uma boa ideia. Quanto mais rápido, melhor.

— Você se lembra o nome do hotel que o Oscar está hospedado? — Cora perguntou.

— Eu peguei o número de telefone dele, esqueci de te avisar. — Entreguei meu aparelho para ela.

— Melhor ainda, então.


*notinha da autora*

besties, perdoem n ter aparecido ontem!! arrumei um trampo pra fazer e era durante a madrugada, cheguei morta em casa.

eu ia atualizar vcs mais tarde, mas enrolei aqui no curso e vim do lado de fora fumar um cigarro e postar o capítulo KKKKKKKKKK

amo vcs e jaja leio os comentários

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora