Capítulo XI

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Dias depois...

Bill estava dividindo o quarto dele comigo no hotel durante esses últimos dias. Decidi não continuar pagando o aluguel da minha casa, então vendi algumas coisas e outras guardei na casa de Emily.

Ajudei Bill a compor a última faixa do álbum e eu estava muito feliz com isso. Na realidade, eu compus a música em um dia e mostrei para ele, que amou e decidiu até descartar suas ideias. A música foi escrita enquanto eu pensava no Tom... não estava tão óbvio mas era para ele.

Iríamos para gravadora mais tarde, para finalizar a gravação da música pois amanhã era o grande dia. O dia do primeiro show da nossa turnê mundial, dá para acreditar?

E eu e Tom não nos falávamos direito desde o dia que gravamos o clipe. Conversávamos o básico e o necessário para nossa convivência. Aquilo estava me matando e eu não sabia o que fazer para mudar a situação. Pensava muito em suas palavras, quando ele falou sobre sentimentos e sobre não querer apenas transar comigo. Poderia ser apenas um jogo? Poderia, eu tinha medo de me arriscar.

— Cora, quer ir para piscina? — Bill me desperta dos meus pensamentos. — Tá bem quente aqui é os rapazes já estão lá.

— É uma boa ideia. — Me levanto da cama. — Vou me trocar.

— Te espero no corredor. — Ele sai do quarto e fecha a porta.

Vou até a minha mala e procuro por algum biquíni. Achei um biquíni preto que eu nunca tinha usado na vida, ainda estava com a etiqueta pois Emily me fez comprar em uma promoção. Peguei também um vestido para usar por cima e me troquei em alguns instantes.

Depois de descer o elevador com Bill, nós caminhamos até a área da piscina, onde os meninos brincavam como crianças. Acenei para eles e logo vi o sorriso de Tom se formar ao me ver. Ele estava sentado na borda, com os dreads presos para frente e usava apenas um short de banho deixando aquele físico irresistível a mostra.

Bill tirou a camisa e pulou na piscina para se juntar com aqueles homens que pareciam pirralhos. Tirei o meu vestido e deitei numa espreguiçadeira para aproveitar um pouco do sol.

— Sempre quis ver essa sua tatuagem. — Sinto respingos de água em mim enquanto escuto a voz de Tom. — Adiccion? O que significa?

— Você tá tapando o meu sol. — Abro os olhos.

— O que é? Vou ter que adivinhar a tradução também?

— Vai.

Fecho os olhos outra vez e então sinto as mãos de Tom me pegarem no colo.

— TOM! — Grito. — Me põe no chão!

— Nem pensar. — Ele começa a correr.

— Me larga!

Em segundos, ele pula na piscina comigo em seus braços. Nós afundamos e voltamos juntos para a superfície da água. Os meninos riam de mim e eu não podia evitar a raiva.

— Mas que droga, eu pedi pra parar! — Falei.

— Foi só uma brincadeira! — Tom joga água em mim.

— Ah é? — Vou até ele e tento afoga-lo de brincadeira.

— Ôh caralho! — Ele cospe água. — Tá fodida!

Tom vem atrás de mim e eu tento nadar para longe dele. Nós cinco passamos toda a tarde brincando juntos na piscina e eu estava muito feliz. Era um tipo de felicidade que não sentia desde a morte da minha mãe. Eu podia ver que eles gostavam mesmo de mim e me queriam por perto. Além de Emily, agora eu tinha os meninos.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora