Capítulo XXI

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(Pov Cora)

Minha cabeça doía como se eu tivesse levado uma pancada. Meu corpo todo estava dolorido e a claridade incomodava meus olhos muito mais do que o normal.

Olhei em volta e estava no meu quarto de hotel, que tava um pouco bagunçado.

— Já acordou. — Tom aparece. — Eu trouxe pra você. — Ele vem até mim com uma bandeja de café da manhã. — Precisa comer.

— O que aconteceu? — Me esforço pra poder sentar na cama. — Eu lembro de ir ao bar com o Ash... lembro de você brigando com ele e eu estar mal.

— Ele colocou alguma coisa na sua bebida. — Tom se senta ao meu lado. — Não sei direito o que foi, mas te deixou mal.

— É até difícil de acreditar numa coisa dessas. — Bebo um gole de suco, sentindo a tristeza de saber que um grande amigo meu fez algo assim. — Obrigada por me defender e ter cuidado de mim, Kaulitz. Não sei como te agradecer.

— Não precisa me agradecer. — Ele sorri pra mim. — Está chateada?

— Tem muita coisa acontecendo. — Suspiro. — Mas não quero que isso me abale, estou vivendo o melhor momento da minha vida. Vou superar tudo.

— Eu sei que vai. — Tom faz carinho no meu ombro. — Podemos... conversar? Acho que chegou a hora. Mas se não se sentir bem, deixo pra depois.

— Não, quero ouvir o quê você tem a dizer.

— Aquela mulher no meu quarto era uma fã.

— Uma fã? Vai me dizer que ela estava pedindo autógrafos de luz apagada?

— Cora, ela estava vestida de camareira. Ouvi um barulho no corredor e quando cheguei lá, ela estava caída com o carrinho de limpeza em cima dela.

— Deixa eu adivinhar... — Cruzo os braços. — E você foi ajudar?

— É, a mulher disse que não conseguia andar então eu ajudei ela a se sentar na cama enquanto eu chamava ajuda. Fui no banheiro pegar uma toalha pra ela e quando vi, era só fingimento.

— Conta outra.

— Eu te juro, Cora. — Ele segura minha mão. — Era só mais uma fã maluca. Ela queria me forçar praticamente.

— Tom...

— Pergunte ao Bill, se quiser. Ele sabe quando estou mentindo e jamais me acobertaria nisso.

Podia sentir que ele estava falando a verdade, minha intuição não falhava nisso. Tom segurou a minha mão e continuou a me olhar com aqueles olhos, com aquele olhar que só ele tem. Meu coração acelerou e em instantes eu me senti péssima pela maneira que agi.

Soltei a mão dele e voltei a comer, como se nada tivesse acontecido. Eu estava ciente de que ele não estava mentindo, meu coração gritava isso. Mas eu estava frustrada, toda essa confusão aconteceu por eu não ter parado para ouvi-lo.

— Você não vai falar nada? — Tom pergunta. — Porra, não acredita em mim?

— Acredito. — Respondo baixo.

— E então? — Segura meu queixo, fazendo com que eu olhe para ele.

— Tom... — Desvio o olhar. — Perdão por ter agido daquela maneira, eu deveria ter te escutado.

— Vamos esquecer esse assunto. Prometo passar uma borracha nisso se me disser uma coisa.

— Que coisa?

— Que volta. Eu não aguento mais ficar sem você.

— Eu...

— Diz.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora