— Tom, ela canta muito bem. Sinceramente é a melhor que passou por aqui nesse estúdio.
— Não, Bill. — Me irrito pela milésima vez. — Temos mais um mês para esse teste, eu tenho certeza que a garota certa vai aparecer.
— Acho que é só mais uma desculpa do Tom para ver garotas cantarem e dançarem a tarde toda. — Gustav diz algo depois de horas. — A garota realmente canta bem e por mais que eu odeie concordar com o Tom... ainda temos mais um mês.
— É, temos tempo. — Georg se levanta. — Bom, vou nessa. Vocês já vão?
— Vou sair um pouco, preciso relaxar. — Coloco o telefone no bolso. — Tô pensando em ir naquela boate, Bill. Tá afim?
— Com certeza, também preciso relaxar. — Ele vai para perto da porta. — Vamos nessa!
Vou caminhando atrás de Bill até o nosso carro. O motorista da a partida e nós começamos a olhar o movimento da cidade.
Era sábado à noite, as ruas estavam movimentadas e tinha um leve trânsito na cidade. As pessoas andavam para lá e pra cá com pressa para entrarem nas filas das casas noturnas.
Eu e meu irmão temos uma boate preferida aqui na cidade. Nós somos amigos de um segurança e ele nos deixa entrar pelos fundos, de uma forma mais discreta. Lá dentro é praticamente cem por cento escuro, então nós dois conseguimos curtir uma noite sem chamar atenção.
Depois de procurar pelo segurança e entrar na boate, fui até o balcão pedir um drink. Logo perdi Bill de vista, era sempre assim. A gente só se encontra na hora de irmos embora, gostamos de nos divertir dessa forma.
— E aí, o de sempre? — O barman sorri ao me ver.
— Por favor, capricha na dose. — Respondo.
— Hoje é dia de karaokê, vai cantar?
— Nem fodendo. — Suspiro. — Além de cantar mal, eu quero relaxar um pouco.
— Entendo. — Ele me serve o drink. — Tá na mão.
Bebi mais duas doses e fui para a pista de dança, onde as pessoas estavam animadíssimas. Muitas garotas rebolavam no ritmo da música que tocava mas nenhuma ainda tinha me enchido os olhos para dormir comigo essa noite.
Senti uma mão me puxar para dançar e eu fui, não conseguia ver direito o rosto da garota mas parecia ser gata. Ela segurou minhas duas mãos e começou a me balançar no ritmo dela. Era divertido, por mais que eu não soubesse dançar tão bem quanto ela dançava. Um feixe de luz apareceu sobre o rosto dela e eu vi o quão bonita a garota era. Era loira, tinha os olhos claros e não parava de sorrir para mim.
— Tom Kaulitz? — Ela gritou perto do meu ouvido.
Agradeci pela música estar muito alta.
— Nossa, olha ali. — Aponto pra um lugar aleatório, fazendo a garota olhar.
Sei que foi escroto, mas fugi dela. Eu só queria uma noite normal, sendo alguém normal. Amo todas as minhas fãs e gosto de dar autógrafos e tirar fotos, mas preciso de descanso também.
Me certifiquei de que havia despistado a garota e peguei mais um drink no balcão. Logo a música parou e a luz do palco se acendeu.
— Boa noite galera! — Um homem surge. — Hoje é noite de karaokê! — Ele diz e as pessoas vibram. — A primeira pessoa que vai se apresentar hoje é nossa queridíssima barmeid Cora Diaz! Ela trabalha com a gente há pouco tempo, mas já conquistou a todos com a sua simpatia. Cantando king for a day, aí vem ela!
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Na melodia dos corpos - Tom Kaulitz
أدب الهواةNa procura de uma vocalista para a banda, Tom acaba sendo hipnotizado por uma garota que tinha a voz mais marcante que já ouviu na vida. A paixão que os dois sentem um pelo outro vai acabar sendo inevitável, mas tudo precisa ficar em segredo por con...