(Pov Tom)Eu estava em um estado profundo de frustração. Cora havia corrido e essa não foi a primeira vez, eu tava confuso e indignado. Ela não me deu nem a chance de me explicar, simplesmente saiu irada do quarto sem nem olhar para mim.
Sempre me falaram que eu era um cara egocêntrico, não estava nem aí pra ninguém nunca. Mas ela era diferente, tudo relacionado a ela era diferente. Então, minha cabeça matutava o por quê de ter me apaixonado quando havia prometido a mim mesmo que não precisava disso.
Qual era a dificuldade de esquecê-la? Não deveria ser muito difícil, afinal, Cora quem foi a infantil da história. Não quis ouvir, preferiu apenas acreditar no que viu, e ela estava errada por isso!
De qualquer forma, eu daria o espaço que ela precisava no momento, é o que pretendo... já que ela me faz perder o juízo e esquecer de como eu sou. Só de pensar no que aconteceu, eu já sentia uma vontade incontrolável de ir atrás dela, mas era cedo e não queria piorar as coisas falando algo errado... por mais que eu não tivesse feito nada de errado.
Flashback On
Eu já tinha terminado de arrumar as coisas e estava indo descer pra encontrar o pessoal.
Pronto pra sair e fechar o quarto, ouço um barulho estridente vindo do corredor em sequência de um grito.
— Ei! — Vejo a camareira caída no chão, com o carrinho de limpezas virado em cima dela. — O que houve? Tu tá legal?
— Pode me ajudar? — A mulher geme de dor. — Não consigo me mexer.
Corro até lá e puxo o carrinho, tirando o peso de cima dela. Ajudo ela a levantar, deixando-a apoiada nos meus ombros.
— Tá muito ruim mesmo? — Pergunto. — Consegue andar?
— Aí! — Ela reclama quando tenta dar um passo. — Não consigo.
— O quê aconteceu? — Saio andando com ela ainda apoiada em mim.
— Eu tropecei vindo pro corredor e o carrinho virou em cima de mim...
— Certo. — Respondo. — Se senta um pouco e eu vou chamar alguém pra te ajudar. — Abro a porta do quarto e a deixo sentada na cama. —
— Ah, não. — A moça olha as pernas. — Eu acabei me sujando com produtos de limpeza, não quero sujar a sua cama.
— Tranquilo. Vou ir embora logo. — Caminho até o banheiro. — Vou pegar uma toalha pra você limpar isso.
Pego a toalha pra moça e quando me viro pra
voltar, as luzes estavam apagadas e ela já não estava mais na cama.— Filha da puta mentirosa. — Falo enquanto ela vem andando até mim. — Pelo visto consegue andar muito bem.
— Pra você ver o quanto gosto de você, Tom Kaulitz. — Ela vem andando até mim devagar. — Tive que fingir ser camareira pra poder entrar nesse hotel... sabe há quantos dias venho tentando fazer isso?
— Olha, eu sei que tu não quer só um autógrafo. — Cruzo os braços. — Não vai rolar.
— Ah, você se fazendo de difícil? — Ela ri. — Todo mundo sabe que você vive por sexo.
— Vai se foder. Sai daqui.
— Só saio depois de conseguir o que eu quero. — A mulher me agarra com tudo e eu a empurro, fazendo com que ela caia na cama. — Viu? Eu sabia que você queria.
— Já avisei pra sair daqui! — A minha raiva começava a aparecer.
— Que isso, quanta marra...
— Eu não vou te comer, porra!
— Você fica mais bonito assim...
— Foi mal atrapalhar. — Escuto a voz de Cora e a luz se acende.
Meu corpo entra em desespero automaticamente.
— Cora! — Me viro para ela. — Não é isso, d-d-deixa eu explicar...
Logo eu sinto um medo gigantesco me consumir por inteiro. Obviamente ela não acreditaria em mim de cara desse jeito, eu desconfiaria igual. Por isso, eu sabia que precisava me explicar o mais rápido possível, para ela ver que eu não estava fazendo absolutamente nada.
Ela saiu correndo, sem querer me ouvir e quando eu fui atrás, a mulher maluca tentou me segurar.
— Me larga, caralho! — Seguro os braços dela. — Não toca em mim outra vez!
Pego as minhas coisas e chamo o elevador na maior impaciência do mundo. Eu tremia de nervoso e não conseguia parar quieto nem por um segundo sequer. Eu suava frio e a porra daquele elevador parecia descer os andares feito uma lesma.
Quando a porta finalmente abre, eu corro até Cora que abraça Emily e começa a chorar em seu peito. Ela diz pra que eu não vá até lá e isso só me deixa mais nervoso ainda.
Flashback Off
— Tom. — Bill segura meu braço, quando tento me levantar. — Agora não.
— Eu preciso me explicar. — Uma lágrima escorre do meu olho. — Dói muito ouvir ela chorar.
— Ela precisa de tempo. — Ele me puxa fazendo com que eu me sente ao seu lado de volta. — Deixa a Cora respirar e se acalmar. Você também tá muito nervoso.
— Mas...
— Ela não quer te ouvir agora. — Meu irmão me abraça. — Se conversarem assim, as coisas vão piorar.
— E se ela não quiser mais saber de mim?
— Tom, se acalma. Você me explicou o que aconteceu, as coisas vão se resolver.
Respiro fundo e tento acalmar os ânimos, para não surtar de vez dentro daquele ônibus.
Eu ouvia Cora chorar e aquilo fazia eu sentir como se meu coração coração estivesse sendo esmagado. Vê-la magoada faz meu peito arder.
Queria ir falar com ela, mas Bill tinha razão. Não podia obrigá-la a me ouvir, ela mesma não queria isso. Então em algum momento eu vou me explicar, por mais que eu não tivesse culpa. Passaria por cima do meu orgulho se fosse preciso, não vou perdê-la.
Não tínhamos nada, mas eu quero que tenhamos algo. Quero que ela seja oficialmente minha e eu oficialmente dela, sem mais.
Eu tô diferente, e até que gosto de estar assim.
Espero que as coisas não estejam perdidas entre nós dois.
Depois de um tempo, vejo que meu irmão está dormindo. Georg e Gustav também estavam. Me levantei e olhei o banco de trás, vendo Cora dormir abraçando o próprio corpo. O ar condicionado estava ligado e realmente estava fazendo bastante frio. Pego um cobertor que estava ali e coloco sobre ela, lutando contra a minha vontade de me sentar ali e abraçá-la com toda a minha força.
Caminho até o fundo do ônibus, perto do banheiro e abro as janelas, sentindo o vento no rosto. Acendo um baseado e tento relaxar enquanto solto a fumaça.
É isso que ganho quando ajudo os outros.
*notinha da autora*
oi besties! como ces tão?
gente, mil desculpas pelo horário que eu tô atualizando a fic, sério. como vcs sabem eu faço curso e faculdade, fora outras coisas também, então não tenho muito tempo sobrando.
vou tentar tirar um ou dois dias da semana pra postar mais de um capítulo, ok?
amo vocês, obrigada por todo o carinho <3
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Na melodia dos corpos - Tom Kaulitz
FanfictionNa procura de uma vocalista para a banda, Tom acaba sendo hipnotizado por uma garota que tinha a voz mais marcante que já ouviu na vida. A paixão que os dois sentem um pelo outro vai acabar sendo inevitável, mas tudo precisa ficar em segredo por con...