Capítulo XX

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(Pov Tom)

— Onde você foi? — Bill perguntava no telefone. — Não me diga que foi atrás deles!

— É, eu vim.

— Ela só vai ficar mais chateada com você!

— Que seja, quero ver qual é a desse cara. — Desligo a ligação.

Depois de quase ter perdido a Cora e o tal Ash de vista, eu encontro o bar que eles estavam.

Me sentei em uma das mesas mais escondidas que tinham ali, longe o suficiente pra que eles não reparassem em mim mas perto pra ouvi-los. Ash estava sozinho, sentado no balcão perto do barman. Haviam dois drinks... Cora deveria ter ido ao banheiro.

Depois de uns minutos, ela volta e se senta do lado dele. Os dois começam a conversar e o Ash deveria ser algum tipo de palhaço pra fazê-la rir daquele jeito.

— Achei que tivesse voltado pro seu país. — Ela dizia. — Procurei muito por suas redes sociais.

— Ah, não. — Ele coloca a mão em cima da dela. — Não pretendo voltar tão cedo, ainda mais agora.


Mais um tempo se passa e Cora se levanta indo em direção ao banheiro. Ela perde o equilíbrio por alguns segundos e sai andando cambaleando para os lados.

Não é possível que ela esteja bêbada só com um drink.

Logo o barman serve mais duas bebidas no balcão e Ash começa a olhar para os lados como se estivesse fugindo de alguém. Ele pega algo no bolso da calça e coloca dentro da bebida de Cora.

Filho da puta.

Ele olha em volta mais uma vez e começa a agir naturalmente quando a garota aparece de novo. Cora se senta ao seu lado com dificuldade e ele coloca a mão na coxa dela.

A raiva me consome em questão de segundos e eu me levanto indo até os dois.

— Tom, o que... está fazendo aqui? — Cora pergunta com dificuldade. Ela estava grogue.

— Você é doente? — Tiro a mão de Ash da coxa dela.

— Como?

— Eu te vi batizando a bebida, imbecil! — Seguro o homem pela gola da camisa.

— Ele está inventando, Cora! — Se justifica. — Ele só está com ciúmes!

— Eu... — Cora tenta manter os olhos abertos. — Parem...

— Fica longe dela! — Empurro o homem, fazendo com que ele caia no chão.

— E quem você pensa que é? — Ele se levanta e vem pra cima de mim. — Ela me contou as merdas que você fez. Quer vir defendê-la sendo que não consegue nem manter o próprio pau dentro da calça? Americano de merda!

— Eu sou alemão, filho da puta!

A raiva me cega e eu parto pra cima de Ash, enchendo ele de porrada. Eu era um cara estourado, mas dessa vez sei que passei dos limites e passaria de novo se qualquer um mexer com a Cora outra vez. Só de pensar no que ele poderia ter feito com ela caso eu não tivesse vindo, fazia meu sangue ferver mais ainda. A vontade de matar esse filho da puta era imensa, eu simplesmente havia perdido o controle das minhas ações.

Tudo que eu queria era protegê-la de qualquer coisa que pudesse fazer mal para ela. Depois do que acabou de acontecer eu tive a total certeza que faria qualquer coisa pela Cora... Talvez até matar entre nessa lista, mas é só uma hipótese.

— Já chega! — Sinto algum homem me puxar, o que não adiantou muito.

— Parem com isso, já! — Dessa vez, três caras tiveram que me tirar de cima de Ash.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora