Capítulo XXIV

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(Pov Cora)

— Tom. — Cutuco ele de leve. — Acorda.

— Tá brava comigo? — Ele me abraça mais forte.

— Não, por que? — Pergunto confusa.

— Tá me chamando de Tom.

— Mas não é seu nome?

— Não. — Ele abre só um olho. — Agora que namoramos, você tem que me chamar de amor.

— Que docinho. — Dou risada. — Então amor, precisamos ir na farmácia comprar pílula.

— Merda, Acabei vacilando ontem.

— Nós. — Dou um selinho nele. — Eu também me esqueci.

— Me desculpa. — Ele se levanta da cama. — Sei que esses remédios fazem mal, não é certo você tomar essas coisas quando foi eu que vacilei.

— Tudo bem, melhor do que ter um mini Tom correndo por aí. — Vou para o banheiro, escovar os dentes.

— Quer eu vá lá na farmácia pra você? — Vem até o banheiro também, colocando pasta de dentes na escova.

— Vamos juntos.

...

Nós terminamos de nos trocar e fomos até o restaurante do hotel tomar café junto com os meninos.

Coloquei bastante comida no meu prato e me sentei junto a eles.

— Bom dia. — Falo.

— Tá com fome, em. — Bill olha pra mim. — Já que os bonitos não abriram a porta pra mim ontem, eu ia avisar que temos uma entrevista num programa de tv mais tarde.

— Jura? — Me empolgo. — Nossa que roupa eu vou usar?

— Qualquer uma vai te deixar mais linda. — Tom sorri pra mim.

— Tá apaixonado mesmo. — Georg olha pra nós dois. — Nunca te vi assim.

— Pois é... agora estamos namorando. — Tom anuncia tranquilamente.

— O QUE? — Gustav, Bill e Georg se entreolham.

— Pois é. — Digo comendo um pedaço de bolo.  — Ele me pediu ontem.

Todos ficaram mega surpresos com a notícia, mas ficaram muito felizes pelo meu namoro com o Tom.

Nós dois terminamos de comer e saímos pra poder ir à farmácia. Como sempre, saindo pela saída de emergência do hotel. Nosso destino não era muito longe, então a caminhada foi rápida e tranquila.

Durante todo o trajeto, eu queria segurar na mão de Tom e abraçá-lo, como casais normais fazem. Foi torturante ter que manter certa distância e não poder mostrar pra todo mundo que ele era o meu namorado.

De todas as formas, eu ainda estava muito feliz. Sei que compliquei muito as coisas pra nós dois no início, mas foi por puro medo de me machucar e estragar o maior sonho da minha vida. De qualquer jeito, Tom esperou por mim e teve quase toda a paciência do mundo só pra me ter.

Eu me sentia nas nuvens, por conta da noite passada. Nunca tinha pensado tanto na minha primeira vez e não imaginava que poderia ser tão incrível como foi. Toda a delicadeza que ele teve comigo, me tratou como uma princesa e isso foi de total importância.

O tempo inteiro me lembrava dos nossos corpos suados e ofegantes completamente entregues um ao outro, era uma conexão que nem em mil vidas eu poderia explicar.

Tom mudou o jeito dele e se apaixonou por mim de verdade... e por mais que ele tenha dito que o seu forte não seja o romantismo, eu não poderia querer um namorado melhor e mais carinhoso do que ele. Vencemos barreiras de orgulho só pra estarmos juntos agora.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora