Capítulo XIV

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Eu estava pingando suor e com energia para correr uma maratona. O ensaio havia acabado e eu e os meninos tínhamos terminado a última música.

— É isso aí, tá perfeito! — Bill grita.

— Estou cansada. — Digo limpando o suor da testa.

— Temos umas horas de descanso ainda. — Tom me entrega uma garrafa de água. — Vamos pro camarim tomar um banho e comer algo?

— Sim, vamos.

Tom segura minha mão e eu não posso evitar o sorriso. Nós estávamos agindo como um casal e aquilo era fofo e ao mesmo tempo engraçado pois ele não sabia agir direito.

Fomos até os nossos camarins que eram um do lado do outro. Tom entrou no meu junto comigo e foi logo para mesa que estava cheia de comida, pegando um morango.

— Deveria tomar banho antes de comer. — Digo enquanto prendo meu cabelo.

— Você parece a minha mãe. — Ele revira os olhos. — Chata.

— Porco.

Vou até o banheiro do camarim e tomo um banho rápido e refrescante. Visto o roupão e enrolo a toalha na cabeça, pronta para comer alguma coisa. Tom ainda estava lá, sentado me esperando. Logo a maquiadora e o cabeleireiro entram ali e eu me assusto.

— Mas já? — Pergunto.

— Querida, acha que sua maquiagem vai levar quanto tempo? — A mulher pergunta.

— Mas eu nem comi ainda!

— Come enquanto se arruma. — Tom me dá um sanduíche.

— Você não vai tomar banho e se arrumar? — Olho para ele.

— Vou já, é mais rápido para mim.

— Quanto tempo, Tom Kaulitz. — A maquiadora abre um sorriso gigante.

Ridícula.

— É, e aí? — Ele cumprimenta ela.

— Você está mais bonito do que da última vez que me lembro. — A maquiadora o abraça, deixando Tom sem jeito. — Está cheiroso também...

Ela não vai nem disfarçar que está dando em cima?

— Vem aqui, como é o seu nome? — Cruzo os braços.

— Elisa. — Ela olha para mim.

— Então, Elisa, Querida! Vamos começar a maquiagem? — Pergunto tentando disfarçar a raiva que eu estava sentindo.

A mulher dá um sorriso irônico enquanto o cabeleireiro não tinha dito uma palavra sequer ainda, mas ele vem para fazer o meu cabelo. Tom murmura um tchau para mim e sai do camarim.


...


Elisa veio com toda má vontade do mundo para me maquiar. Era de propósito o jeito que ela espetava o pincel no meu olho o tempo todo. Eu sabia disso, mas precisava manter a classe e não descer ao nível dela. Elisa parecia demorar mais do que o normal para terminar a droga da maquiagem, pois o meu cabelo já estava pronto.

Nesse meio tempo, eu consegui comer o suficiente para não desmaiar no meio do palco.

— Gatinha, você já tá pronta? — Tom entra no camarim outra vez. — Faltam vinte minutos pra gente entrar.

— Estou esperando a Elisa terminar. Depois vou me vestir, meu bem. — Digo olhando para mulher que aplicava batom em meus lábios. — Vou precisar de ajuda para me vestir.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora