Capítulo XXVIII

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(Pov Tom)

Eu já tinha me vestido e estava esperando Cora terminar de se trocar, que sempre atrasava por mais que começasse a se arrumar primeiro. Ela saiu do banheiro com uma de minhas camisas que obviamente ficavam gigantes nela.

— Tá pronta ladra de camisas?

— São mais confortáveis. — Ela sorri.

— Pode usar quando quiser, gatinha. — Pego em sua mão. — Agora vamos, estou morrendo de fome.

Nós pegamos o elevador e fomos até o restaurante do Hotel, onde Bill nos esperava.

— Cadê o Georg e Gustav? — Me sento na mesa.

— Os dois tiveram um encontro. — Meu irmão diz empolgado.

— Juntos?! — Pergunto incrédulo.

— Claro que não, Tom! Georg saiu com uma garota e fez o Gustav sair com a amiga dela.

— Ótimo, achei que o Georg estava me traindo. — Digo.

— Como? — Cora me olha rindo.

— Que foi? — Rio de volta. — Torg pra sempre.

— Gays. — A garota se levanta. — Já volto.

Bill e eu olhamos Cora se levantar e ir andando. Ficamos alguns minutos em silêncio nos encarando e eu não sabia nem o que dizer.

Cora estava diferente, estranha e eu não sabia se era coisa da minha cabeça. Não quis forçar a barra, pois eu já tinha perguntado uma vez e ela me disse que estava tudo bem.

— Você percebeu também?

— Percebi. — Meu irmão responde. — Não sei dizer, mas ela tá estranha de algum jeito.

— É o que acho.

— Perguntou o motivo?

— Perguntei. — Suspiro. — Ela me disse que estava normal.

— E você acreditou?

— Não quis ficar forçando a barra, sabe? Mas eu tô bolado com isso.

— Bem, é melhor não forçar mesmo. — Meu irmão tenta me tranquilizar. — Não deve ser algo grave, acredito que ela te conte. Talvez seja saudades de casa?

— Não acho que seja isso, mas vou tentar falar com ela depois.

Cora vem andando até a mesa novamente e se senta ao meu lado, começando a olhar o cardápio. Eu e meu irmão observávamos cada movimento dela.

— Olá, já sabem o que pedir? — O garçom perguntava.

— Vou querer hambúrguer e batata frita, com suco de laranja. — Bill responde.

— Eu a mesma coisa. E você, amor? — Olho para Cora.

— Uma salada pequena e água, por favor. — Ela diz sem olhar pra nenhum de nós.

— Amor, só? — Fico confuso. — Não comemos nada.

— Estou sem fome. — Minha namorada força um sorriso.

O garçom anota os nossos pedidos e se retira. Cora cruzou os braços e ficou observando eu e Bill observarmos ela.

Um tempo passou e nós começamos a conversar sobre detalhes do próximo show que iríamos fazer amanhã. Também falamos mais sobre quando viajaríamos para a Europa, teríamos o dobro de shows para fazer quando mudássemos de continente. Passaríamos pela Alemanha e eu estava ansioso por isso, pois iria ver a minha mãe e o meu padrasto, mesmo que fosse por apenas alguns dias. Estava louco para apresentar Cora para eles. Bill também estava empolgado, fazia meses que não colocávamos os pés em casa e vivíamos em um hotel diferente a cada noite. Sentíamos falta de nossa mãe.

Quando a comida chegou, eu vi o tão pouco que Cora iria comer. Me assustei pois ela nunca come pouco desse jeito, sempre comeu tão bem quanto nós.

— Que foi? — Ela diz bebendo um gole da água.

— Fala sério que você não está com fome? — Pergunto. — Não tem nada nesse prato. Você está se sentindo bem?

— Sim, Tom. — Cora segura a minha mão. — Eu só não estou com tanta vontade de comer, é normal.

— Bem, até o show de amanhã a sua vontade precisa aparecer. — Bill olha para ela indignado. — Se não, vai desmaiar no meio do palco. 

— Isso não vai acontecer. — Ela revira os olhos. — É sério, gente, eu tô legal!

Percebi que Cora estava começando a ficar nervosa então não insisti no assunto, não queria ser invasivo e Bill entendeu. Nós comemos e ficamos ali conversando mais um pouco sobre Emily e Bill. Meu irmão realmente gostava dela e sempre comentava com a gente o quanto sentia falta da garota. Era fofo, ele sempre foi mais romântico do que eu e dessa vez nós dois estávamos apaixonados, coisa que nem dá para acreditar.

Óbvio, eu ainda tinha muito a aprender pois até uns dias atrás eu tive que mudar meu número de telefone por conta dos meus antigos rolos. Agora, isso não interessava, eu queria apenas a Cora e nenhuma outra mulher seria capaz de mudar isso. Eu a amava por inteira, dos pés a cabeça. Ela era extremamente perfeita e eu não enxergava nenhum defeito nela sequer, isso era incrível.

Eu a amo pela sua personalidade forte, pelo talento, pelas qualidades... Não era só uma coisa física, apesar dela ser maravilhosa também. Cada detalhe dela era extremamente sexy, seu corpo é a coisa mais perfeita do mundo inteiro. O jeitinho que os olhinhos dela fecham quando da risada era uma das minhas coisas preferidas nela. As caretas de quando está brava e o jeito que grita quando algo não sai da maneira que ela espera, me faz rir também.

— Sabe, eu preciso fazer as unhas. — Cora diz olhando para as suas mãos.

— Eu também. — Bill concorda. — Tô com esse esmalte preto há dias. Vamos procurar por uma manicure depois.

— Querem fazer alguma coisa? — Pergunto. — Sei lá, ir a uma festa ou algo do tipo.

— Faz tempo que a gente não vai numa balada. — Meu irmão se anima. — Vamos, Cora?

— Claro. — Ela dá um sorriso.


...

Eu e Cora vamos até o nosso quarto e eu só coloco o meu boné de sempre e calço meus tênis.

O tempo passava e Cora estava demorando mais do que o normal para se arrumar dessa vez. Ela odeia que a apressem, mas já havia se passado bastante tempo e até Bill já estava pronto esperando comigo.

— Amor, você ainda não tá pronta? — Chamo ela que ainda estava no banheiro.

— Não tenho roupa! — Ela diz com voz de choro.

— Como não? Você comprou roupas um dia desses. — Caminho até a porta.

— Mas nenhuma presta!

— Vida, como não? Tem roupa na etiqueta! — Empurro a porta que estava encostada.

Ela estava com um vestido decotado que a deixava perfeita.

— Você está linda assim. — Digo.

— Eu estou ridícula

— Gatinha? — Chego perto dela. — Como assim ridícula?

— Não tá vendo?

— Claro que não. — Seguro o seu queixo, fazendo a olhar para mim. — Você é a garota mais linda que eu já vi.

— Para.

— Não paro. — Dou um selinho nela. — Você tá perfeita, acredita em mim.

— Você promete?

— Até juro. — Dou a mão para ela. — Vamos?

— É... — Cora respira fundo, se olhando no espelho mais uma vez. — Vamos.

*notinha da autora*

eai besties, como ces tão?
ainda n revisei o capítulo, perdoem se tiver algum erro aí.
fofoca quente da faculdade pra vcs em!! acreditam que meu professor tava pegando DUAS alunas??? pois é, eu achei q tava louca qnd ele deu em cima de mim mas eu nao tava!!

amo vocês!!

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora