Capitulo XXII

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(Pov Cora)


Com algumas horas de viagem, nós fazemos uma parada em um posto de gasolina. Eu me levanto e vou em direção ao banheiro, pois estava apertada pra fazer xixi.

Depois que voltei, vi Liz, que trabalhava na equipe de produção da banda, na porta do ônibus conversando com Tom. Quando ele me viu, se aproximou dela e a mulher começou a sorrir.

— Oi, Liz. — Digo, inventando e interrompendo de propósito. — Você tem algum absorvente por aí?

— Tenho sim. — Ela me oferece um sorriso amigável. — Vou pegar na minha bolsa.

— A gente continua a nossa conversa depois. — Tom mexe no cabelo dela.

Não hesito em olhar pra ele com uma cara feia sem nem disfarçar. Ele me olha com indiferença e vai pra perto dos meninos.

Liz me trás o absorvente e eu finjo ir ao banheiro mais uma vez. Quando termino, entro no ônibus e sento no meu lugar também não disfarçando a minha raiva.

Tom entra sorrindo no ônibus e se senta também, enquanto come algum doce.

— Você é rápido. — Olho pra ele.

— Não te devo satisfação. — Responde enquanto coloca os pés na cadeira e põe os
fones de ouvido.

— Babaca.

Bill entra no ônibus e se senta ao meu lado, me oferecendo salgadinhos.

— Obrigada. — Digo.

— Que bicho te mordeu?

— O seu irmão.

— Literalmente?

— Claro que não, né! — Olho pra ele.

— É do Tom que estamos falando, não seria impossível. — Bill dá uma risada. — Mas o que foi dessa vez?

— Ele estava dando em cima da Liz.

— Da Liz? — Bill cai na gargalhada.

— Será que dá pra disfarçar? — Dou um tapa no braço dele.

— Foi mal. — Ele tenta parar de rir.

— Qual o motivo da graça? — Cruzo os meus braços.

— A Liz é lésbica, todo mundo sabe disso. Tom só quer te fazer ciúmes.

— Cretino. — Respondo indignada. — Pior que conseguiu.

— Vamos distrair a sua mente, hoje é sábado!— Bill se levanta animado. — Festa no ônibus!

— Festa no ônibus! — Georg liga uma led e põe música pra tocar.

— Vocês piraram? — Pergunto.

— Vem, vem, vem! — Bill puxa minha mão. — Vem dançar!

— Tem bebida aqui! — Gustav abre o frigobar.

Me deixo levar pelo embalo dos meninos e começo a dançar junto com eles. Nós começamos a nos divertir, beber e a dançar todo tipo de música.

Tom me olhava de canto, enquanto bebia whisky e fumava. Não sabia se era a bebida no meu sangue mexendo comigo ou se ele realmente ficava muito sexy tragando e soltando aquela fumaça... talvez as duas opções.

Tom saiu em direção ao banheiro e apagou seu cigarro ainda quase inteiro, deixando em cima de mesa. A curiosidade tomou conta de mim e eu acendi o cigarro dele de volta. Tossi um pouco na primeira, mas foi melhorando a cada tragada.

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora