Temporada 2 - Capítulo IV

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(Pov Cora)

Dias depois...

Tom não saia da minha cabeça. Todas as coisas que nós dois tínhamos conversado naquele dia ficavam martelando os meus pensamentos o tempo inteiro, sem parar.

Saber que ele estava na cidade e muito próximo a mim, era torturante. Eu evitava qualquer evento que eu pudesse vê-lo ocasionalmente e fugia dele quando não podia evitar. De toda forma, eu iria precisar lidar com a presença dele sem pirar pois vamos trabalhar juntos em algum momento novamente.

Georg e Gustav chegariam da Alemanha hoje para discutirmos o futuro da banda. Iríamos nos encontrar onde era o nosso antigo estúdio aqui na cidade mais tarde.

— Odeio te ver assim. — Emily me desperta dos meus pensamentos.

— Meio difícil não ficar assim.

— O Tom tá do mesmo jeito lá em casa. — Ela para de mexer no celular. — Ele te ama, Cora.

— Eu também o amo, mas não consigo perdoar. Foi um dos piores momentos da minha vida desde que perdi a minha mãe... Eu precisava dele.

— Eu sei.

— Não é rancor, sabe? É só que ninguém passou o que passei.

— Justamente por isso. — Emily diz devagar. — Tom não entendia, só fez o que achou melhor. No início, achei ele um babaca e realmente foi... mas ele só fez o que achou que fosse fazer bem para você.

— Até você? — Reviro os olhos.

— Cora, as pessoas literalmente mandaram você se matar por namorá-lo, como acha que o Tom iria se sentir? — Ela fica indignada. — Você é muito complicada, as coisas não precisam ser assim. Sei que tudo foi muito difícil, mas ele nunca errou contigo além disso.

— Emily...

— Você sofre com a ausência dele, chora todos os dias antes de dormir que eu sei e ainda prefere continuar mal sabendo que ele faria de tudo por você?

— Aí, eu odeio quando você tem razão! — Digo e a mulher joga uma almofada na minha cara.

— Eu sou a dona da razão, Cora.

...

Estava quase na hora de encontrar os meninos, então eu ia andando até o meu carro para poder dirigir até o estúdio. Emily já tinha ido para casa, pois iria junto com o Bill.

— Cora, espera! — Escuto a voz de Liam vindo em minha direção.

— Ah, oi. — Sorri para ele.

— Para onde vai?

— Tenho um compromisso com a galera da banda, por que?

— Vi pelos sites que ele está aqui. — O homem para em minha frente.

— Está. — Abro a porta do meu carro. — Precisa de alguma coisa?

— Quando vamos sair outra vez?

— Liam, já falamos sobre isso. — Entrei no veículo. — Disse para sermos só amigos.

— É, eu sei...

— Preciso ir. — Girei a chave e comecei a dirigir para fora do estacionamento.

Liam era o meu vizinho e também o cara que eu fiquei algumas vezes há uns dois meses atrás. Ele começou a querer ter algo mais sério enquanto eu só queria esquecer o Tom de uma vez por todas. Percebi que estava fazendo uma coisa terrível e resolvi terminar tudo, antes que ele começasse a gostar mais de mim.

De início, ele ficou muito chateado e não falou comigo por alguns dias. Depois, eu expliquei sobre o Tom e acho que Liam se esforçou para entender o meu lado, então viramos amigos... Por mais que ele ainda não tenha desistido de mim completamente.

Por algum milagre, não tinha muito trânsito na cidade hoje então consegui chegar ao estúdio bem a tempo. Estacionei o meu carro e peguei a minha bolsa, procurando pelas chaves já que aparentemente eu tinha sido a primeira a chegar.

Abri a porta e entrei no local, tendo uma nostalgia incrível da primeira vez que pisei ali. Me lembrava do nervosismo de quando fiz o primeiro teste e de quando conheci todos os meninos.

— Aeeeee! — Georg e Gustav gritam ao mesmo tempo.

— Porra! — Me assusto quase tropeçando no meu próprio pé. — Puta que pariu!

Corri até eles e os abracei com toda a força. Era estranho não tê-los por perto tirando a minha paciência todos os dias, nesses últimos anos eu não via eles com tanta frequência.

Eu sentia falta da minha família reunida.

— Que saudade de vocês. — Sorri animada.

— Estávamos com saudades também. — Gustav desfez o abraço.

— Vimos o seu último desfile, você agora faz tudo? — Georg perguntou.

— Ainda me falta ser atriz. — Respondi brincando.

— Chegamos. — Bill apareceu junto a Tom e sua esposa.

Os meninos fizeram uma baderna quando viram Gustav e Georg, agiram como crianças bobas e felizes. O sentimento de nostalgia estava altíssimo, parece que não importa quanto tempo passe... eles sempre seriam os mesmos bobões.

Eu e Emily observávamos a cena com um sorriso no rosto, era bom ter todo mundo junto outra vez. Tom acenou para mim e eu fiz a mesma coisa, tentando não olhar muito para ele.

Começamos a falar sobre como as coisas iriam ser daqui para frente. Decepcionamos alguns fãs com a pausa na turnê e pretendíamos continuar de onde paramos. Lógico que tinha toda a parte burocrática, mas iríamos resolver tudo.

Eu tinha escrito diversas músicas enquanto ainda estava na clínica no meu tempo livre. Bill também tinha escrito e nós discutimos com os outros rapazes sobre a possibilidade de álbuns e novas faixas. Mesmo com o hiatus da banda, as pessoas não tinham esquecido da gente. Nossas redes sociais eram lotadas de comentários pedindo a volta dos shows e sabíamos que iríamos parar tudo quando anunciássemos que estaríamos de volta em breve.

Bill sentia a dificuldade mais do que qualquer um, pois agora era casado e não fazia muito tempo que a sua esposa teve Julie. Combinamos que faríamos pequenas pausas entre tempos da turnê para que viéssemos para a cidade novamente, pois era cansativo para Emily e a bebê viajarem tanto assim. Seria difícil, mas valeria a pena.

Os meninos saíram para buscar comida e eu fiquei com Emily no estúdio enquanto ela me encarava com uma cara de quem estava aprontando.

— Tá, fala logo.

— Falar o que? — Ela tentou disfarçar.

— O que você tá aprontando?

— Amanhã é aniversário dos meninos.

— Eu sei, e?

— Me ajuda a fazer uma festa surpresa?

— Pelo Bill eu com certeza faria.

— E pelo Tom também! — Ela pula empolgada. — Vai, por favor!

— Tá, eu ajudo.



*notinha da autora*

oi besties tô coringando pq meu ex não para de perturbar a minha vida querendo q eu vá morar com elekkkkkkkkkkkk socorro

amo vcs!!

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora