Capítulo XIII

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(Pov Cora)

A ansiedade parecia estar me consumindo. Não consegui pregar o olho e aquilo estava me deixando completamente doida. Eu estava com os nervos a flor da pele pensando no show de amanhã.

Bill dormia do meu lado tranquilamente, com cara de serenidade. Para ele era normal, afinal, já estava mais do que acostumado.

Eu pensava em Tom e se ele ainda estaria acordado. Depois do que rolou na piscina, nós não falamos muito. A vontade de bater na porta dele me consumia e eu não conseguia resistir aquilo.

Parada em frente ao seu quarto, criando coragem para bater, a porta se abre. Revelando o olhar surpreso de Tom enquanto fuma.

— Quer entrar? — Ele pergunta.

— É, eu quero. — Passo por ele e então escuto o barulho da porta fechar e a chave ser virada.

— Tá nervosa?

— Dá pra perceber tanto assim?

— É, sim. — Ele traga o cigarro. — Nós ensaiamos nos dias que esteve aqui. Amanhã vai ser demais, você vai se sair incrivelmente bem.

— Acha mesmo?

— Eu teria ido atrás de você como um louco naquela boate se eu não achasse?

— Teria?

— Não, idiota. — Ele sorri.

— E você, tá sem sono?

— Tô. — Ele se senta no sofá da sacada. — Vem para cá.

— Que cheiro de maconha. — Me sento ao lado dele.

— Não quer?

— Eu não fumo, valeu.

— Ajuda na ansiedade. — Ele chega mais perto de mim. — Quer dormir aqui?

— Só dormir? — Pergunto o encarando desconfiada.

— Se quiser dormir, a gente dorme. Se quiser trepar, a gente trepa.

— Você é sem filtro nenhum! — Dou um tapa em seu braço.

— Tô brincando. — Ele solta a fumaça perto do meu rosto. — Nós vamos dormir pois se começarmos, você não ia conseguir nem ficar de pé amanhã.

— Escroto.

— Tu gosta.

Ele me encara por alguns segundos e me puxa pela nuca, me beijando de um modo suave, fazendo com que eu sinta o gosto da erva que ele fumava. Era diferente, não tinha todo aquele fervor que eu estava acostumada quando nos beijávamos. Tinham sentimentos ali, tantos os meus quanto os dele.

Eu senti o carinho quando ele aproximou os nosso corpos sem nenhum tipo de malícia e me abraçou, nos deixando colados um no outro. O beijo era extremamente reconfortante e pareceu acalmar todos os meus nervos que faltavam explodir no momento que entrei nesse quarto. Era simples o jeito que o toque dele me acalmou por inteira.

Tom me apertou ainda mais e finalizou o beijo com um selinho demorado. Ainda estávamos colados um no outro e ele não parava de me olhar com um sorriso idiota no rosto.

Eu quero me deixar levar por ele, quero acreditar que as coisas que ele me diz são verdade. Era complicado confiar em uma pessoa que tinha a maior fama de mulherengo da mídia...

— Que cara é essa? — Pergunto.

— A minha cara, ué. — Ele ri. — Estou começando a ficar com sono.

— Eu tô mais relaxada agora. — Falo. —Vamos deitar e tentar dormir?

— Vamo. — Tom joga o cigarro no cinzeiro e se levanta, me pegando no colo. — Relaxa, dessa vez vou te jogar na cama, não na piscina.

— Romântico... — Digo e ele me arremessa em cima do colchão. — Porra! É assim que você quer me conquistar?

— Foi mal! — Diz em meio as gargalhadas. — Assim é mais emocionante!

— Você é um palhaço, Kaulitz! — Me levanto e dou socos no peito dele que pareciam ser inúteis.

— Vamos dormir, gatinha. — Ele finalmente para de rir e segura meus braços, me parando. — Vem.

Dessa vez, Tom entrelaça minhas pernas em volta de si e me coloca deitada na cama, se debruçando sobre mim e me rouba um selinho.

— Assim eu consigo te conquistar agora? — Me beija outra vez.

— Assim está melhor.

Em um movimento ágil, ele inverte nossas posições e me coloca deitada com a cabeça em seu peito.

— Boa noite. — Tom beija a minha testa e puxa minha perna para cima, me fazendo carinho ali.

— Boa noite. — Beijo seu pescoço.

...


Acordei com o som de batidas na porta e a voz de Gustav nos chamando do outro lado. Abri os olhos com dificuldade, ainda estava cansada. Tom também acorda e ao invés de falar algo, ele simplesmente me abraça forte.

— Gosto de acordar e dar de cara contigo. — Ele diz.

— Eu também gosto de acordar com você. — Sorrio.

— VAMOS LOGO! TEMOS O ÚLTIMO ENSAIO PARA FAZER ANTES DO SHOW! — Gustav grita. — A gente tá esperando no ônibus!

— Droga, ainda estou tão cansada.

—  Eu também tô. — Tom desfaz nosso abraço e se levanta. — Mas vamos conseguir.

— Nós vamos. — Me levanto também. — Vou ao quarto me trocar.

— Tá bem. — Ele me beija.

— E você escove os dentes. — Brinco.

— Vê se usa um enxaguante bucal!

...


Chegando no ônibus, eu me empolgo automaticamente. Dava para literalmente morar ali dentro de tão grande que era.

— Realmente, fizeram melhorias aqui. — Tom analisa o veículo. — Tem até cozinha agora.

— Tá muito bom. — Georg concorda.

— E aí, Cora? — Bill sorri. — Como está se sentindo?

— Eu tô sentindo um misto de euforia com nervosismo... mas eu estou muito feliz, isso é fato! — Me sento ao lado de Tom. — Que dê tudo certo.

— Já deu. — Gustav concorda.

Logo o motorista da a partida no ônibus e nós seguimos até o local que seria o show. Ensaiaríamos e logo depois iríamos nos arrumar.

Ainda estava nervosa, mas não tanto quanto ontem. Minha perna tremia involuntariamente e eu pensava em quanto as coisas iriam ocorrer bem. Tom põe sua mão em cima de minha coxa e da um beijo em meu ombro.

— Precisa relaxar... — Ele diz baixinho. — Você quer beber alguma coisa?

— Não, isso vai passar. — Coloco minha mão em cima da dele e então, entrelaço nossos dedos. — Viu?

— O que?

— Já relaxei.


*notinha da autora*

muito obrigada pelos comentários no último capítulo!! amo vcs e boa noitinha <3

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora