Temporada 2 - Capítulo VII

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(Pov Cora)

Eu e Tom acordamos praticamente ao mesmo tempo. Dormimos no sofá mesmo depois de transar praticamente pela casa inteira a noite toda. Nós tomamos um banho juntos que foi a abertura para nos saciarmos outra vez, se é que era possível.

Eu tinha me esquecido de como é bom acordar ao seu lado, de sentir o cheiro dele pela manhã enquanto a gente lutava contra a preguiça para levantar.

Tomamos café juntos e depois fomos para casa de Bill e Emily, pois acabamos indo embora ontem sem dar tchau ou falar com ninguém. A casa dos dois estava parecendo um hotel de tantas pessoas que estavam hospedadas lá. Quando Bill abriu a porta, sorriu malicioso enquanto eu e Tom entramos no local. Os meninos e Emily estavam na sala, então nos sentamos ali com eles.

— Foi mal não ter me despedido ontem. — Eu disse. — Eu e Tom saímos para conversar.

Todo mundo se entreolhou e começou a dar risadas por alguns minutos sem parar.

— Conversar? — Emily limpou as lágrimas dos olhos enquanto tentava parar de rir.

— Conversar. — Tom se apoiou no sofá.

— Nem fodendo. — Georg disse entre as gargalhadas. — Vocês transaram, tá escrito "sexo" nas suas testas.

— Georg cala a boca! — Tentei disfarçar.

— É cara, se eles disseram que estavam conversando é porque estavam. — Gustav falou sarcástico.

— Então vocês voltaram? — Bill perguntou.

— A gente vai conversar sobre isso. — Dei um selinho em Tom.

— Achei que já tivessem conversado... — Emily desviou o olhar.

— Puta que pariu! — Joguei uma almofada nela.

Passamos a última parte da manhã e à tarde toda rindo e conversando. Almoçamos todos juntos e nos divertimos bastante durante esse tempo. Minha família toda estava reunida ali e eu não poderia estar mais feliz.

Minha felicidade maior era ter Tom comigo outra vez. Passamos por várias desavenças desde o primeiro dia que começamos a nos envolver até hoje. Me decepcionei, ele também se decepcionou mas nós dois nos amávamos incondicionalmente e qualquer pessoa era capaz de enxergar isso apenas por olhar a gente.

Com tudo, mesmo que os dias tenham passado e nós tenhamos conhecido outras pessoas... nada foi capaz de mudar os nossos sentimentos. Meu coração batia por ele é apenas para ele, Tom sabia muito bem o efeito que tinha sobre mim.

Foi insuportável a dor de não tê-lo por perto nos últimos anos, mas talvez a gente tenha precisado desse tempo longe. Eu amadureci e precisava cuidar de mim mesma antes de poder me doar completamente para ele. Hoje em dia, críticas e ódio não me afetam mais como antigamente... o tratamento me fez ser melhor. Precisei aprender a me curar sozinha para não me machucar e nem machucar mais ninguém a minha volta com uma outra overdose. A dor de não ter o homem que eu amo por perto era imensa, mas ele estava aqui comigo outra vez. É clichê, mas o que é para ser seu sempre volta... né?

Dessa vez, fã nenhuma e nem ninguém vai me separar do amor da minha vida. Nenhum comentário vai me destruir e também não vou deixar destruir as pessoas ao meu redor. Todos nós merecemos a felicidade.

Lembrar da minha mãe sempre ajudou em muita coisa, mas ultimamente lembro mais dela do que o de costume. Adoraria que ela tivesse a oportunidade de conhecer a minha nova família e ver que mesmo com dificuldades, consegui realizar o maior sonho da minha vida. Sempre serei eternamente grata a mulher que me criou e batalhou por mim até o seu último suspiro.

...

Após um tempo, eu e Tom fomos no quarto de Julie que tinha começado a chorar. Eu peguei a bebê no colo e me sentei na poltrona que ficava perto do berço, pegando a mamadeira dela.

— Quando vai ser o nosso? — Tom se sentou no braço da poltrona.

— O que?

— Nosso filho.

— Acho que estamos novos ainda...

— Eu sei, mas quero te ver grávida de um filho meu um dia.

— Por enquanto prefiro manter o meu anticoncepcional em dia. — Eu ri para ele. — Mas quem sabe no futuro não tem um mini Tom brincando com a sua coleção de guitarras?

— Claro. — Ele se empolgou. — Vou ensinar tudo e nosso filho vai aprender a tocar guitarra bem cedo, se for uma garota também... quem sabe ela não herda a sua voz?

— Já pensou uma geração futura de Tokio Hotel? Já temos a Julie. — Olhei para a menininha que estava em meus braços. — Ela provavelmente vai cantar bem, vai puxar o talento dos pais.

— É... — Tom sorriu para mim e beijou a minha testa.

Fiquei ali ninando a neném no meu colo até ela pegar no sono novamente. A coloquei de volta no berço e voltei para sala junto com Tom.

— Valeu, amiga. — Emily agradeceu. — Vocês me ajudam muito.

— Não foi nada. — Respondi. — Somos padrinhos dela, precisamos ajudar e em breve mimar muito.

— Todos nós vamos mimar ela. — Gustav disse empolgado.

— E vou ensiná-la a tocar baixo. — Georg concordou.

Ficamos mais um tempo jogando conversa fora até a mãe e o padrasto de Tom e Bill chegarem de onde quer que tenham ido. Ficaram muito felizes por saber que eu e Tom estávamos juntos novamente e Simone me tratou muito bem. Ela assistia os meus desfiles, me via nas entrevistas e também via os shows da banda. Tom havia me contado que ela me admirava muito, isso me deixou muito feliz e me senti mais próxima dela. Simone convidou eu e Emily para passarmos o dia juntas e nós duas aceitamos, nunca imaginaríamos ter a mesma sogra... mas era incrível de qualquer forma. Estávamos mais ligadas assim do que nunca.

— Vou atender. — Bill se levantou após a campainha tocar uma única vez.

— O dia passou muito rápido hoje. — Tom bocejou, como se estivesse com sono.

— Pior que é verdade. — Respirei fundo. — Mas acho que todo mundo aqui precisava desse tempo juntos.

— Cora. — O gêmeo mais novo me chamou. — É para você.

— Para mim? — Perguntei confusa. — Que estranho... deveriam procurar por mim na minha casa.

Todos me encararam confusos e me acompanharam com o olhar até eu me levantar e ir até a porta.

— Oi? — Falei ao ver um homem mais velho parado em minha frente.

— Cora Diaz, não é?

— Isso... Quem é você?

— Seu pai.



*notinha da autora*

larguei a bomba e corri
amo vcs!!

Na melodia dos corpos - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora